18.

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Thiago - Th

- Levem esse filho da puta para a salinha, eu mesmo lido com ele - Digo, fechando a porta atrás de mim.

Já tinham passado algumas horas que o Davi estava no hospital, não pude ir lá nenhuma vez, já que tive que resolver os bagulho com o pai dele e também, é muito arriscado sair daqui para o asfalto.

Luan me ligou hoje mais cedo, disse que já estava lá e que amanhã eu poderia visitar, porque, aparentemente, no primeiro dia é só a família.

Abro a porta de casa sentindo o cheiro de merda, esqueci completamente que o cachorro do Kaká tinha ficado aqui.

Vou em direção a cozinha abrindo o armário, tiro de lá a ração e ponho no potinho, a ração de antes já estava acabando. Renovo a água que tinha diversos grãos da ração dentro.

Enquanto isso, o cachorro ficou me rodeando com a língua para a fora. Termino de fazer tudo fazendo carinho em sua cabeça.

- Chama a dona Nelza,quero uma faxina aqui em casa - Falo no radinho, tirando a blusa.

- O patrão, posso colar aí? Deixa que eu limpo - Biel pergunta, estranho a situação, já que ele nunca fez isso.

- ainda. Vem agora -

Fico pensativo sobre o que ele queria falar comigo, mas o cachorro sorridente me encarando parecia mais atentador.

Fico brincando com ele até o Biel chegar, ele bate na porta e eu mando ele entrar. Ele chegou meio apreensivo, com uma cara meio abatida.

- Qual foi? Quem morreu? - Pergunto, fazendo massagem na barriga do dog - Por falar nisso, qual o nome desse cachorro, em?

- K2 - Respondeu rápido, olhando em volta - Ele queria botar Kaká ponto 2, mas o neto ficou maiando o cara, aí ele trocou

- Que mal gosto da porra - faço careta,olhando com pena para o cachorro. - O neto te salvou, parceiro

- Parece que um furacão passou aqui, papo reto - Disse, se sentando no sofá.

- Deixa de papo furado, fala logo o que tu quer - Digo, me levantando e me sento em frente a ele.

Ele ficou encarando o chão por um tempo, sem falar nada e eu apenas fiquei esperando ele falar.

- Não vai me julgar, não é? - Perguntou, levanto uma sobrancelha. O que ele fez, em?

- Vamo meu filho, não tenho direito de julgar ninguém - Suspirou aliviado.

- Transei com o Kaká - Arregalei os olhos tampando a boca, puta merda. - Meio que a gente bebeu e usou muito, só lembro de ir pra casa dele e de acordar lá.

- Como sabe que fizeram algo? Não se lembra, certo? - Tento segurar a risada, que casal mais inesperado.

- Deve ser porque acordei pelado, melado e ele na mesma situação, mas com dor na bunda - Não aguentei e cai na gargalhada, isso fica cada vez melhor, puta que pariu!

- Caralho! Isso é muito, muito, muito chocante - Ele me olhava feio, me esperando parar de rir - Kaká e Biel, que casal foda! E o Kaká ainda é o que dá - Sussurro a última parte para mim mesmo.

- Não deveria ter te contado, esquece - Disse, se levantando.

- Espera, porra! Senta aqui e me explica o problema disso - E assim ele fez, de sentou mexendo os dedos.

- Tá muito desconfortável ficar perto dele. Não conversamos e o clima tá esquisito. Não sei o que fazer - Encosto minha cabeça na palma da minha mão, fito seus olhos que estavam nebulosos.

Um Romance Criminoso Onde histórias criam vida. Descubra agora