09.

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Danilo - loló

Sentia-me cansado, como se estivesse correndo a muito tempo. Por um impulso, me viro para trás, o medo enquanto fazia isso me dominava, pensava e repassava naqueles breves segundos, me perguntando se realmente valia a pena.

Mas, o que poderia estar me esperando?

O clima de repente fica espesso, pesado demais para raciocinar qualquer coisa. Desisto. Me sento no chão escuro, tentando puxar o ar dos meus pulmões, se é que ainda tenho.

Meu coração acelerado batia fortemente contra minha caixa torácica, tenho certeza que ele era responsável pelo má funcionamento da minha respiração.

Sinto um frio na espinha me corroer, fazendo com que meu corpo estremesse-se, olho, novamente, por impulso. Tudo estava vazio.

Mas agora, parece tão silêncioso.

...

Acordo desesperado, passando a mão no rosto, tentando recuperar o fôlego. De novo a porra desse sonho.

Levanto rápido da cama indo em direção ao banheiro, me encaro no reflexo do espelho e, puta merda, estou em uma situação ridícula.

23 anos na cara e acordando assustado por causa de um sonho sem o mínimo sentido, que caralho.

Tomo um banho rápido e faço o resto das minhas higiene básicas, me visto me banhando de perfume e desodorante.

— Nossa — Catarina fala assim que entro na cozinha — O senhor esta realmente cheiroso.

— Tenho uma reunião com alguns cabeças hoje, tenho que tá naquele pique — Falo, me sentando na cadeira.

— Entendo, então passara o dia fora hoje? — Perguntou-me, botando o café na mesa.

— Sim, talvez não volte de noite também, então pode ficar o dia livre — Ela me olhou com brilho nos olhos — Hoje é aniversário do teu filho, não é?

— Simm, vai fazer 6 anos — Falou animada.

— Já? Nossa, está um pivete grande  — Encaro ela — Vou te dar um extra e te liberar agora, beleza? Vai curtir com teu filho.

— Muito obrigado, senhor Danilo! — Falou feliz — Vou poder ir ao shopping com ele — Ela sussurra animada, saindo para pegar suas coisas.

Termino de comer deixando o dinheiro extra de Catarina em cima da mesa, estou atrasado e não posso esperar ela.

Chefe, vieira tá querendo subir, libera? — Biel pergunta no radinho.

Diz pra ele que tô ocupado agora, manda voltar — Falo, saindo de casa.

Ele disse que é urgente — Suspiro pesado, esse puto tá brincando com a minha cara.

Libera, e manda ele me esperar na salinha — Biel confirma, desligando o radinho.

Ligo minha moto subindo na mesma, falo com alguns vapores que estavam fazendo o turno deles em frente de casa.

Hoje o dia vai ser uma merda, tô até vendo. Não tem uma única vez que vou para essas reuniões que eu não me estresse pra cacete.

Thiago - Th

O Patrão saiu pra tal reunião que aqueles velho broxa inventaram, então quer dizer que hoje quem fica a par de tudo sou eu.

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