𝟏𝟑 • 𝐎 𝐅𝐢𝐥𝐦𝐞 𝐝𝐨 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐀𝐦𝐨𝐫 • 𝟐/𝟐

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𝓑𝓸𝓫𝓫𝔂 𝓝𝓪𝓼𝓱

Eram quase 13:00 da tarde. Athena estava no banheiro terminando de fazer o cabelo e a maquiagem no espelho, enquanto eu me arrumava no quarto, terminando de abotoar a minha camisa social.

Hoje é um dia muito especial para a gente, daqui a pouco teremos uma consulta para saber o sexo do bebê. Essa é a quinta vez que tentamos descobrir durante os últimos dois meses. Confesso que isso estava me deixando agoniado de não conseguir saber se é de fato uma menina ou se fomos presenteados com um menininho.

A minha ansiedade chegou cedo, não consegui mais dormir desde às 7:00 da manhã, de tanto nervosismo, ao contrário de Athena, que dormiu a manhã inteira, feito uma pedra, enquanto eu tentava me ocupar com alguma coisa para não enlouquecer de vez antes das 14:00.

— Não é possível! — parou em frente à porta do banheiro com as mãos na cintura, me encarando de cima a baixo, segurando o riso.

— O que foi? — Desviei o meu olhar do espelho para ela, tentando entender o porquê do riso.

— Eu não acredito que você vai pra consulta com uma camisa rosa pink!

Por que eu não iria? Sendo que essa camisa ficou linda demais com essa calça e as botas de couro pretas. É a combinação perfeita!

— E qual é o problema? — Fui em sua direção. — É para dar sorte pra minha pequena Ariel! — envolvi a lateral da sua barriga com a palma da minha mão e dei um beijo no topo da sua cabeça.

Ela me analisou brevemente com um olhar sereno e com as mãos sobre meu peitoral.

— Você é fofo, sabia? Quem te olha assim de longe pensa que é bravo, mas, na verdade, tem um cara doce e gentil escondido nessa armadura de músculos.

Dei um sorriso singelo ao sentir o carinho da sua mão na minha face.

— Sou bobo por ser tão sentimental assim? Ter essa aparência meio bruta, mas, na verdade, não ser nada disso?

— De jeito nenhum! Você é do jeitinho que eu sempre sonhei! Eu implico com você apenas por diversão, filhote de Golden!... Ficou lindo com essa camisa — expressou, arrumando o colarinho da minha camisa.

— Bom, podemos dizer que já é o modo pai babão em ação!... Espera, o quê foi isso?

— Amor, o bebê chutou, reconheceu você!

Nossos olhos se encheram de água. Eu fiquei radiante sem ter a menor noção do que fazer, essa é a primeira vez que o bebê chuta. Aguardamos tanto por esse momento, valeu a pena às 25 semanas de espera.

— Sério?

— Sim, é ele! Acho que vai chutar de novo. Põe aqui — me guiou para sentir mais um pouco.

— Senti mexer de novo! — Algumas lágrimas de felicidade teimam em escapar.

— Reconheceu você! Dar bom dia pra ele todos os dias fez efeito, só foi você encostar que ele mexeu!

A sensação de sentir o meu filho ainda no forninho é prazerosa demais. É um misto de emoções, na hora vem a felicidade, o choro e no final tudo o que eu mais quero é poder segurá-lo nos meus braços, olhar os olhinhos dele e saber que nele tem uma parte de nós dois, que ele é a materialização do nosso amor.

[...]

Terminei de me arrumar e logo me prontifiquei para ajudar Athena a fechar o zíper do seu macacão e também a sua sandália. O início do sétimo mês de gestação não está colaborando muito para que ela consiga fazer tudo totalmente sozinha.

ℭ𝔥𝔞𝔪𝔞𝔰 𝔇𝔬 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬Onde histórias criam vida. Descubra agora