𝓑𝓸𝓫𝓫𝔂 𝓝𝓪𝓼𝓱
Estou dirigindo no sentido da rodovia, inserido em um formigueiro de carros que cruzam todos os cantos da cidade e a única coisa que se passa na minha cabeça é a cena que aconteceu há 1 hora atrás. Não consigo evitar o sorriso ao rebobinar na minha mente, as ações e as emoções que senti com Athena.
Mesmo longe de casa não consigo tirar ela da cabeça.
Algum dia eu consegui? Claro que não!
Saí de casa deixando Athena na cama enrolada no edredom. Acho que dessa vez eu exagerei, mas ela pediu e me provocou bastante. Os meus hormônios estavam no ápice, não estava raciocinando direito. Ela me faz perder completamente o controle.
Tento desviar os meus pensamentos dela, repassando o roteiro da tonelada de coisas que terei que fazer hoje. Vou para a central realizar uma supervisão burocrática dos protocolos de atendimento dos despachantes, verificar se tudo o que fazem segue o padrão de orientação dos primeiros socorros que deve ser transmitido às vítimas enquanto o resgate não chega.
Eu sinceramente não entendo o porquê disso, todos os despachantes recebem treinamentos para lidar com qualquer tipo de situação.
Eles pedem para verificar diversas chamadas e julgar se o procedimento foi feito corretamente. Isso leva o dia inteiro e ninguém gosta de fazer esse trabalho, não é à toa que fazem um sorteio para escolher qual será o capitão que vai supervisionar um grupo de 10 bombeiros civis que executam essas análises.
É uma coisa chata, e eu detesto.
Essa já é a segunda vez que sou escolhido durante 3 anos.
A única coisa boa de ir para a central é que eu consigo ficar perto da May, é a primeira vez que "trabalhamos" juntos. Eu estou empolgado, principalmente para vê-la em ação. Normalmente só escuto a sua voz pelo rádio nos guiando nas ocorrências. É bastante engraçado me comunicar com ela formalmente, ela sempre se refere a mim como "Capitão ou Capitão Nash", sendo que em casa me chama de pai.
Essa menina cresceu rápido demais, nem parece aquela garotinha de 12 anos que eu conheci, agora ela já é uma mulher adulta de 19 anos morando sozinha. Isso me deixa orgulhoso.
Como nós vamos para o mesmo lugar e já tem umas duas semanas que a gente não se vê, ela me chamou para passar na casa dela e tomar um café. Bem estilo pai e filha mesmo.
Acho que eu já estou vivendo algumas experiências adiantadas como pai.
[...]
Saio do elevador e logo me deparo com o seu apartamento, o 603. Esperei apenas um segundo para que ela abrisse a porta e se jogasse nos meus braços apertando o meu tórax.
— Bobby! Estava com saudades! — Me deu um beijo na bochecha.
A sua fala foi tão sincera quanto uma criança de sete anos. Ela é apaixonada por mim.
— Também senti a sua falta! — Soltei ela entrando em casa. — E aí como você está? Só escuto você pelo rádio, a gente só se fala por mensagens... cadê a minha garotinha?
Ela deu uma risada vergonhosa.
— Foi mal, estou muito ocupada com a faculdade e o trabalho. Senta aí, acabei de passar um café.
Cruzei a sala, indo em direção à bancada, quando vi um casaco preto masculino no braço do sofá. Achei estranho, porque Harry e Michael estão na Flórida e o único homem que vem aqui sou eu.
Julgando pelo casaco não faz o estilo do Michael, então apostei no Harry.
— Harry veio te visitar?
![](https://img.wattpad.com/cover/367461512-288-k608771.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
ℭ𝔥𝔞𝔪𝔞𝔰 𝔇𝔬 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬
FanficApós sobreviverem a um naufrágio do seu navio de lua de mel, o casal Bobby Nash e Athena Grant-Nash se veem diante de um novo desafio inesperado: A chegada de uma filha no seu relacionamento. No entanto, a felicidade do casal é totalmente abalada qu...