𝟐𝟎 • 𝐌𝐚𝐝𝐫𝐮𝐠𝐚𝐝𝐚 𝐒𝐢𝐥𝐞𝐧𝐜𝐢𝐨𝐬𝐚

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𝓑𝓸𝓫𝓫𝔂 𝓝𝓪𝓼𝓱

Já é madrugada de sábado, quase 2:00 da manhã. Não consigo dormir, o meu corpo continua acostumado com os turnos de 24 horas.

Eu estou assistindo um filme no celular com os meus AirPods para não acordar Athena, que está dormindo sobre o meu braço com a mão e a perna em cima de mim — ela me faz de travesseiro toda noite e eu adoro.

O tempo passa e percebo Athena inquieta, rolando de um lado a outro na cama a cada instante.

— Amor — me chamou com um tom manhoso, agarrando o meu bíceps.

Desliguei a tela do celular e tirei o fone, lhe dando atenção.

— Eu estou com fome, faz um lanche pra mim?

Soltei um ar de riso antes de responder.

— Já são três horas da manhã — ri.

— Mas eu tô com fome, eu e a sua filha... foi ela que me acordou! Faz aquela panqueca pra mim? Hein?

Não tem como negar nada pra ela, é óbvio que eu vou fazer.

— Eu faço — dei um curto beijo nos seus lábios. — Só a panqueca?

— Aham.

Às vezes ela me responde igual a uma criança, é impossível não me divertir com ela.

— Te amo! — mencionou sutilmente ao me ver levantando da cama.

Eu apenas vesti o short para não desfilar pela casa de cueca e saí em direção à cozinha com um sorriso bobo estampado no rosto.

O que eu não faço por essa mulher? — suspirei. — Só Athena mesmo, pra me fazer cozinhar de madrugada.

Peguei os ingredientes na geladeira e no armário. Bati no liquidificador uma receita com ovos, trigo, leite e uma pitada de sal. Vou fazer uma panqueca simples do jeito que ela gosta. Com mel e framboesa. Não tem erro. Bastam algumas panquecas e alguns beijos lentos no final para acalmar a fera.

Enquanto uma das massas estava na frigideira, terminei de espremer 4 laranjas e fiz um suco rápido pra gente. Coloquei no congelador para ficar bem gelado do jeito que ela gosta e voltei a minha atenção para as panquecas.

Estava quase terminando com as massas quando escutei bem de longe alguns passos sorrateiros vindo até a cozinha. O sorriso preso entre os meus lábios é inevitável. Não consigo ficar normal sabendo que ela está vindo pra cá.

Athena tem o poder de me desestabilizar e quebrar a minha cara de sério toda vez que vem até mim.

Os seus passos ficam mais altos. Tenho a impressão de que ela não quer esconder a sua presença aqui, e eu agradeço, amo tê-la por perto.

Sinto o seu corpo quente atrás de mim, me abraçando. As suas mãos apertam a minha cintura, me fazendo suspirar. Ela passa a palma da mão pequena e delicada pelo meu abdômen e se apossa do meu peito depois que os seus braços passaram por debaixo dos meus. Minha pele arrepia com o seu contato, o meu corpo reage instantaneamente ao seu toque.

— O cheiro está bom! — menciona baixo, declinando o seu rosto nas minhas costas largas e expostas.

— Tem certeza de que você só está com fome? — perguntei desconfiado, olhando por cima do ombro, depois de sentir o modo como ela me tocou.

— Sim... por quê? — pressionou moderadamente o meu peito.

Isso foi um flerte? Ela está flertando ou só querendo me provocar?

ℭ𝔥𝔞𝔪𝔞𝔰 𝔇𝔬 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 Onde histórias criam vida. Descubra agora