𝓑𝓸𝓫𝓫𝔂 𝓝𝓪𝓼𝓱
Consegui retomar a consciência depois de algum tempo desacordado. Não faço a menor ideia se foi rápido ou se demorei muito para voltar, a única certeza que tenho é que apaguei completamente e só acordei agora vendo o rosto desesperado da May, me encarando fixamente enquanto tento colocar o ar de volta nos meus pulmões.
Voltar a respirar após ser enforcado é uma das piores sensações, me arrisco a dizer que é mais do que ficar sem ar, porque é como se o meu pulmão tivesse dado um reset enquanto estava desmaiado. Sem contar que a velocidade de raciocínio fica péssima nos primeiros minutos e você não se recorda de nada.
Apenas me lembro da sensação horrível de ser estrangulado por aquele psicopata e acordar agora. O que aconteceu comigo durante o tempo que fiquei desacordado, não faço a menor ideia.
Após algumas tosses e muita insistência para respirar novamente, consigo me estabilizar apoiando as costas na parede, inspirando e expirando devagar. Assim que May percebe que estou estável, abraça a lateral do meu corpo fortemente.
— Graças a Deus, você está vivo! Eu pensei que você não iria acordar... achei que voltaria sozinho, mas estava demorando muito... eu não desisti de tentar te acordar...
Travei o maxilar, fechando os olhos fortemente ao escutá-la.
Não é possível! Eu não voltei sozinho, foi ela que me socorreu!
Saber que May tentou por diversas vezes colocar o ar de volta nos meus pulmões doeu mais que uma facada lenta na alma.
Eu não deveria ter reagido tanto.
— Por favor, não me assuste de novo... eu não posso ficar sem você!
— Desculpe, querida, sinto muito... eu não vou a lugar nenhum, tá bom? — Engoli o bolo na garganta, tentando acalmá-la e me desculpar por quase morrer na sua frente.
— Promete?
— Sim! — Me virei para ela, segurando o seu rosto em volta das minhas mãos, fixando o meu olhar no dela e o encontrando repleto de água. — Por favor, me desculpe...
— Não peça desculpas! Você só estava me protegendo...
— Ora, ora, ora, olha só, pessoal, quem voltou do mundo dos mortos!
Axel veio caminhando lentamente na nossa direção, proclamando a sua provocação em um tom psicótico e em seus lábios um sorriso coringa estampado.
Imediatamente, cobri May o máximo que consegui com o meu corpo, escondendo-a dos seus olhares malignos.
A tensão que ele transmite através da sua presença me intimida de certa forma, fazendo os meus batimentos cardíacos elevarem alguns níveis, descontrolando a minha respiração de uma maneira significativa.
Percebi o medo que eu estava exalando ao vê-lo se abaixar, se inclinando na minha direção, então comecei a lutar contra os meus sentimentos, buscando me controlar para não demonstrar pânico. Se ele notasse o meu real estado de espírito, não me deixaria em paz o resto do tempo que ficaria aqui.
— Dormiu bem? Espero não ter te machucado muito! Bom, acredito eu que não, estou certo?
Esse cara é um verdadeiro psicopata disfarçado em um rosto simpático, mas que logo muda quando a sua verdadeira personalidade assume.
Agora sei o porquê de May confiar tanto nele.
— Axel... eu não quero problemas...
Axel agarrou no colarinho da minha camisa, me pressionando contra a parede e aproximando o seu rosto do meu, olhando friamente, no fundo dos meus olhos.
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ℭ𝔥𝔞𝔪𝔞𝔰 𝔇𝔬 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬
Фанфикшн(EM PAUSA!) Após sobreviverem a um naufrágio do seu navio de lua de mel, o casal Bobby Nash e Athena Grant-Nash se veem diante de um novo desafio inesperado: A chegada de uma filha no seu relacionamento. No entanto, a felicidade do casal é totalment...
