~Gustavo's point of view~
Confesso que depois que saí do quarto e vi que ela ainda estava chorando, meu coração se apertou mais um pouquinho, mas entendo que ela precisa de espaço e não vou forçar ela a conversar e nem a me dar uma segunda chance, se é que é possível.
Deixei algumas lágrimas cair no banho, mas logo fui dormir, na sala, já que acho que é o certo a se fazer.
No meio da noite, acordo com alguém gritando, falando que precisava de ajuda. Era uma voz feminina, agora se era Giana, Gabi ou Ana, não consigo reconhecer, porém subo até o outro andar pra ver quem era.
Passo pela porta do quarto de Giana e não, depois pela de Gabi, também não. Só resta aquela porta, a do nosso quarto. Abro a porta e vejo a Ana chorando de olhos fechados, e gritando, mas ainda deitada. Ela estava tendo um sonho.
Será que a nossa "briga" não pode ser um sonho também?
Vou até ela e sento na beradinha da cama, e tento chama-la:
-Ana, acorda, você tá tendo um pesadelo. -Digo enquanto dava uma saculejada nela. Ela acorda e por algum motivo, continua chorando. -Você tá bem? -Pergunto a olhando com dó.
-Foi só um sonho né? Fala que foi Gustavo!? -Ela pergunta e me abraça muito forte.
-Foi, foi só um sonho, se acalma. -Abraço ela também e faço carinho em seu cabelo.
-Eles estão bem né? -Ela diz enquanto sai do abraço e me olha com os olhinhos saindo lágrimas ainda e eu me pergunto, eles quem?
-Eles quem prin---? -Ia falar princesa, mas acho melhor evitar.
-Meu pais, eles não morreram não?! -Ela volta a chorar enquanto fala.
-Não Ana, está tudo bem, você só sonhou mesmo. -Termino de falar e vejo um alívio aparecer em seus olhos. Ela suspira relaxada. -Quer que eu busque uma água pra você? -Eu digo e ela concorda com a cabeça, tentando se acalmar, provavelmente.
Saio do quarto e vou até a cozinha buscar a água e fico impressionado como as pessoas não acordaram? Esse povo dorme em, misericórdia.
Levo a água pra ela e nem me sento, porque estou caindo de sono, então vou voltar pra sala para dormir.
-Obrigada Gustavo. -Ela diz bem mais calma colocando o copo no criado mudo e puxando o cobertor de novo, e vejo que as camas ainda estão juntas.
-De nada, boa noite, dorme bem. -Digo e vou saindo do quarto.
-Dorme aqui, amanhã a gente conversa, acho que peguei pesado com você também. -Ela diz e eu paro na porta pra ouvir.
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A mudança da minha vida.
Hayran Kurgu•Onde Ana Flávia recebe uma proposta de emprego esplêndida, na capital do estado de São Paulo, e lembra-se de uma velha amizade que mora na mesma, então resolve perguntar se conhece algum lugar onde possa morar. E sua amiga, convida ela para morar c...