02 | Azarações

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- Azarações -

2nd Year

◆ ◆ ◆「 NARRADORA 」

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◆ ◆ ◆
NARRADORA

O primeiro ano foi um verdadeiro inferno, mas de alguma forma, passou.

Uma nascida-trouxa na Sonserina? Ela era motivo de chacota constante. A maior paz que Amber sentiu foi no Natal, quando ficou praticamente sozinha no castelo.

Preferiu assim, pois sua mãe estava terminando um curso na faculdade e não teria tempo para ela. Elas trocavam cartas através de uma coruja da escola.

Ficou sabendo por meio de rumores sobre alguns problemas de seus ex-amigos, que agora eram conhecidos como o "Trio de Ouro" por ganharem a Taça das Casas no final do ano. Amber havia tentado se reaproximar, mas eles sempre a evitavam.

Às vezes, estudava com Hermione, a única que ainda falava com ela naquela maldita escola.

Até mesmo os membros da Lufa-Lufa riam dela pelos corredores.

"Por quê?" era a pergunta que mais se repetia em sua mente.

Mas o seu maior pesadelo tinha nome e sobrenome: Draco Malfoy.

Seus grandes olhos esverdeados marejavam e suas pequenas mãos tremiam assim que Amber avistava o garoto à distância.

No primeiro ano, Draco Malfoy costumava agarrar seu cabelo, que, ao contrário dos seus fios brancos, era um loiro quente. Draco, com sua crueldade habitual, apelidou o tom de "cor de xixi". Amber até tentou cortar seu cabelo até os ombros, mas no dia seguinte, ele já estava de volta à cintura.

Malfoy vivia implicando com ela, nao de um jeito saudável. Ele fez com que a garota desenvolvesse depressão com apenas 11 anos de idade e parecia se orgulhar disso.

Draco se mostrava uma pessoa extremamente arrogante. Seus olhos azuis acinzentados olhavam com superioridade para todos.

Quando alguém tentava se defender, ele o desdenhava com um olhar de diversão, como se achasse graça a própria capacidade de provocar e intimidar. Seu jeito de se comportar era quase metódico: ele sabia exatamente como encontrar suas fraquezas e explorá-las.

Até mesmo os professores se perguntavam como uma criança podia fazer tanto mal a outra, ao ponto de deixar uma garota de sua idade com depressão.

Mas, obviamente, ninguém se intrometia, afinal, ele era um Malfoy.

Amber implorava para que sua mãe a transferisse de escola, mas, sendo uma trouxa, sua mãe não sabia com quem falar ou para onde ir para resolver o problema.

Então, ela não tinha outra opção a não ser voltar para Hogwarts.

Este ano, o bullying não foi muito diferente. Malfoy e os outros continuaram com a zombaria, porém, Amber começou a tomar antidepressivos. Ela se isolou completamente.

Na realidade, Amber não sabia se aguentaria sem os medicamentos. Ela era jovem, mas sua mente estava cheia de informações sobre como se suicidar, embora não tivesse coragem. Era, afinal, uma criança.

Por outro lado, Draco se divertia ao ver as lágrimas escorrendo de seus olhos.

As pessoas de seu ano haviam aprendido a lançar azarações, e a garota era a cobaia preferida dos alunos.

◆ ◆ ◆
AMBER

– O que faz aí em cima? – perguntou Draco ao me erguer de cabeça para baixo com sua varinha.

Risos ecoaram pela comunal.

– Me tire daqui agora. – exigi, com o pouco de coragem que me restava.

– Quem você pensa que é para falar assim comigo? – disse sério. – Quer saber? Se quer descer, desça!

E me soltou no chão. Caí de costas e os risos aumentaram.

– Cuidado, se fizer ela sangrar, o chão vai ficar podre. – comentou Pansy Parkinson, uma garota da Sonserina, sempre ao lado de Draco e sua turma composta por Crabbe, Goyle, Blaise, Astoria e Theodore Nott. Este era seu grupo de seguidores que riam e aplaudiam suas ações, como se sua crueldade fosse algo digno de admiração.

Era assim que me chamavam, Sangue Podre, apelido criado diretamente pelo platinado.

Subi a escada espiral e corri para o meu dormitório, onde minha gata deitava confortavelmente em cima da cama. Ela estava sempre comigo.

Pela primeira vez em algum tempo, devido às pílulas, senti as lágrimas rolarem. Sentei-me na janela com as pernas para o lado de fora, sentindo a brisa fria bater em meu rosto molhado.

Nas últimas semanas, passei horas nessa posição, apenas observando a distância.

Porém, hoje, reparei em algo que nunca havia notado antes. Ao olhar para o lado direito da janela, vi uma escada estreita. Minha curiosidade falou mais alto.

Com cuidado, segurei com as mãos na escada e logo pus os pés. Subi a escada, que parecia ser feita de barras de ferro.

A escada me levou para uma das torres do castelo. Não era a Torre de Astronomia, pois esta ficava de frente para a que eu estava.

Ali passou a ser meu ponto de refúgio. Sempre que podia, eu estava lá, evitando ao máximo esbarrar com outras pessoas.

Passava horas ali, contemplando a paisagem e tentando encontrar um pouco de paz em meio ao caos que era minha vida em Hogwarts.


Passava horas ali, contemplando a paisagem e tentando encontrar um pouco de paz em meio ao caos que era minha vida em Hogwarts

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- Cap pequeno porque é um resumo do segundo ano !

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In your hands, MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora