·˚ ༘ Amber Lazsara Therlisyn , sujeita de sangue-ruim, ou melhor, sangue-podre, como Draco a apelidou.
O quanto ela sofreu nas mãos de Malfoy, sem nem saber o motivo. Ela passou pelas piores situações em sua vida devido ao garoto.
Seu sobrenome nã...
A noite havia caído, e eu passei a tarde mergulhada em livros, estudando sobre as diferentes bolas de quadribol. Com a noite, a fome começou a surgir, e fui em direção ao Salão Principal.
Sentei-me na mesa da Sonserina, onde acabei conversando com Adrian. Ele mencionou que após o Natal, fariam uma seleção para novos membros na equipe. Uma coisa era certa: nessas férias, não sairia de cima da vassoura.
Surpreendentemente, as pessoas ao meu redor estavam sendo gentis, talvez por causa do meu aniversário. Não sabia ao certo se esse era o motivo, mas esperava que essa gentileza durasse.
Quando a comida começou a desaparecer da mesa, terminei meu jantar, levantei-me e fui para o dormitório, onde entrei direto no banho.
Ao sair do banho, envolta na toalha, notei algo sobre a pia: o moletom de Draco.
Lembrei-me da instrução que ele havia me dado mais cedo
"Passe no meu dormitório depois para devolver"
Peguei o moletom e instintivamente levei-o ao nariz. O cheiro é intenso e forte.
Vesti uma blusa branca de botão, sem nada por baixo, já que planejava apenas entregar o casaco rapidamente e voltar.
Coloquei um short preto e com o moletom em mãos saí do meu quarto, dirigindo-me ao corredor oposto, onde ficava o dormitório dos meninos.
Eu nunca havia estado ali antes e a confusão de portas me deixou um pouco perdida.
Logo avistei uma porta semiaberta. Me aproximei e olhei pela fresta.
Draco estava lá, deitado na cama, vestindo apenas uma calça de moletom cinza. Seus cabelos estavam desarrumados caindo sobre a testa de uma maneira despreocupada.
Fingi que não o tinha visto e bati na porta. Ele se levantou e veio ao meu encontro.
Quando abriu a porta, seu olhar encontrou o meu de imediato.
- Draco, eu trouxe o seu moletom como pediu. - falei um pouco receosa.
- Ah, sim. Pode entrar. - respondeu me dando passagem.
Passei por ele tentando ignorar o fato de estar sem blusa.
Meus olhos começaram a percorrer o quarto do garoto. Era muito maior e tinha muitos mais móveis do que o meu.
- Bonito, não é? - ele perguntou atrás de mim - Meu pai disse que eu não deveria ser tratado como os outros. Eu mesmo mandei os elfos mobiliarem.
As paredes eram de um tom verde escuro e no meio estava sua cama, com lençóis de seda completamente alinhados, como eu imaginava. Então, avistei um copo de uísque na cabeceira da cama e fiquei encarando-o.
- Você bebe? - perguntei.
- Você é cega? - respondeu ele.
Revirei os olhos e me virei em direção da porta para sair. A arrogancia de sempre estava lá.
Fui impedida quando ele se pôs na minha frente.
- Quer experimentar?
Antes que eu pudesse responder, ele foi em direção a cabceira, pegou a garrafa e me serviu um copo.
- Aqui, pegue. - sorriu me estendendo o copo.
- Sabe quantos anos eu tenho? - rebati.
- Oh, pequena, você já fez muitas coisas que não são para sua idade, não acha? - falou provocativo e segurou em meu queixo.
Virei minha cabeça com força para me afastar de seu toque, apenas para o ver sorrindo de canto. Peguei o copo estendido e dei um gole de uma vez, fazendo uma careta logo em seguida.
- Vai com calma aí. - falou me encarando
- Está aqui o seu casaco. - estendi a mão a fim de sair logo do quarto.
Em vez de o pegar, o garoto continuou a falar.
- Não recebeu muitos presentes hoje não é, Amber? - perguntou.
- Na realidade, só a pulseira que Snape pediu para você entregar.. - murmurei
Ele soltou uma risada fraca.
- E não acha pouco? - falou se aproximando.
- É suficiente. - respondi, tentando parecer firme.
- E o que você acha de ter dois presentes? - seu tom de voz diminuiu.
A resposta não saiu de minha boca.
Ele começou a andar em minha direção. Dei passos para trás até sentir a parede em minhas costas.
- O que você está fazendo? - minha voz saiu baixa, quase um sussurro.
Ele olhou diretamente nos meus olhos, com uma intensidade que fez meu coração disparar.
- Porque veio me entregar o moletom sem nada por baixo da blusa, hm? - Draco perguntou, sua voz carregada de malícia. - Achou que eu não ia reparar?
Senti meu rosto queimar de vergonha. Ele notou e riu baixo.
- Eu não tinha percebido... - falei, tentando justificar, mas minha voz soava fraca.
Ele segurou meu queixo com firmeza, levantando minha cabeça para que eu o encarasse. Então, começou a descer a sua mão lentamente.
A raiva acabou tomando conta do meu corpo e, num impulso de defesa, eu segurei firmemente o copo de uísque da minha mão e joguei o líquido diretamente nele.
O liquido encharcou parte de seu rosto e o seu abdômen por completo. Sua feição se misturou em um odio que eu nunca tinha visto antes.
- Está ficando mais atrevida do que o seu sangue te permite, sujeitinha de sangue-ruim. - jorrou as palavras. - Sabia que nem com um ano trabalhando sua mãe conseguiria pagar um uísque desse, não é?
Permaneci calada, ainda sem medo da consequência de meu ato.
Draco se afastou e foi em direção a porta, pegando uma chave do bolso e a trancando.
- Fique aí enquanto eu me lavo. - falou por fim e entrou no banheiro.
- Ei! Não pode me deixar trancada aqui! - gritei, mas ele não respondeu.
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- Um extra curtinho para vocês, prometo que o próximo capítulo sai essa semana.
