15 | Borgin & Burkes

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- Borgin & Burkes -

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AMBER

Minha mão já estava na a maçaneta enferrujada da porta. Empurrei-a devagar e o som de um velho sininho acima de mim anunciou minha entrada.

O cheiro de mofo estava no ar como se o tempo tivesse parado ali.

A loja estava vazia, exceto pelos objetos que ocupavam as prateleiras: caixinhas empoeiradas, frascos de líquidos estranhos e artefatos. So pelo visual deles, era nítido o porque de não os ter em Hogwarts.

Comecei a caminhar devagar, passando o dedo por cima de tudo, meus passos ecoando no chão. O ambiente era sombrio, e uma sensação de que eu não deveria estar ali me envolvia cada vez mais.

Quando estava prestes a sair, ouvi o som de uma porta se abrindo atrás do balcão. Meu coração disparou e, sem pensar, me escondi atrás de um armário antigo.

Dois homens entraram. O primeiro reconheci como o dono da loja pela forma confiante com que se movia pelo local. Porém o segundo capturou toda a minha atenção.

Ele era alto, com longos cabelos brancos que desciam por suas costas. Sua presença era imponente e ele caminhava com o nariz empinado, o rosto me parecendo estranhamente familiar.

Não conseguia desviar o olhar, especialmente quando o dono da loja o entregou um livro que parecia antigo. A capa estava desgastada e não tinha um título.

- O senhor pode guardar qualquer informação aqui. - disse o dono da loja em um tom baixo, mas confiante. - Se alguem tentar lê-lo sem sua permissão, as palavras desaparecerão. Não será possível ver absolutamente nada.

O homem de cabelos brancos sorriu levemente, um sorriso frio. Não havia dúvidas de que aquele não era um livro comum, e aqueles homens não eram pessoas comuns. Meu coração batia acelerado, com medo de ser descoberta. O tempo parecia ter parado.

O homem loiro guardou o livro embaixo do manto e em seguida, pegou de lá um saco de tamanho considerável.

- Aqui está oque combinou com nosso senhor. - disse. - Não conte a ninguém que estive aqui em nome dele.

O dono assentiu e fez uma breve reverência, curvando-se minimamente diante do "comprador", que, diferente dele, apenas sorriu e ergueu ainda mais o nariz.

Saiu da loja sem dizer mais nada, o sininho novamente anunciando sua saida. O dono da loja desapareceu pelos fundos, ainda sem notar minha presença.

Aproveitei o momento para sair rapidamente com o coração batendo forte no peito.

Voltei para a rua estreita, agora com alguns bruxos de aparência estranha, e comecei a caminhar sentindo alguns o olhares.

Depois de um tempo, avistei um local mais iluminado e movimentado. Segui para lá, chegando na rua principal.

No caminho passei por uma pequena loja que vendia itens para animais. Foi uma distração bem-vinda. Entrei na loja e comecei a procurar coisas para minha gata.

Depois de observar os produtos, escolhi uma cama nova para Pandora. Era macia, de tecido roxo, perfeita para o inverno. Eu sabia que ela continuaria deitando na minha cama, mas não custa tentar.

Com a cama de Pandora em uma sacola, voltei a caminhar até o bar onde meus amigos me esperavam.

Quando cheguei, vi Hermione acenando para eu os localizar. Me aproximei e notei que a mesa já estava cheia de comida.

- Finalmente. - exclamou Ron exagerado. - Achei que você nunca fosse chegar.

- Estava comprando umas coisas para Pandora. - respondi mostrando a sacola antes de colocá-la no canto da mesa.

In your hands, MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora