06 | Drogas

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- Drogas -

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"White lips, pale face
Breathing in snowflakes
Burnt lungs, sour taste
Light's gone, day's end
Struggling to pay rent
Long nights, strange men"

The A Team - Ed Sheeran

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AMBER

Andei direto para o meu dormitório, evitando todo tipo de contato com qualquer outro estudante.

Não senti fome, então o fato de ter perdido o jantar de boas-vindas não foi um problema.

Ao chegar em meu quarto, fui até a janela e subi a escada que encontrava-se à sua direita. Aquela torre, agora enfeitada com algumas estantes de livros e um tapete que eu mesma coloquei, era o único lugar em que eu sabia que estava segura.

Inúmeras vezes ouvi minha porta do dormitório sendo aberta pelos energúmenos da minha casa. Não sei por que me procuravam, mas coisa boa não deveria ser, já que era sempre no meio da madrugada.

Na torre eu também coloquei uma cama para Pandora, que estava deitada confortavelmente quando cheguei. Adaptei a escada para que ela também conseguisse subir.

Cheguei e me sentei no tapete, queria esvaziar a mente.

Lua cheia no céu, iluminando as torres de Hogwarts, eu observava o horizonte, sentindo o vento frio da noite acariciar meu rosto.

Naquela noite, em particular, parecia que o peso que eu sentia estava mais insuportável e sufocante, como se cada parede, cada corredor do castelo estivesse se fechando sobre mim.

Fechei os olhos por um momento, tentando encontrar um resquício de paz no caos da minha mente.

Foi então que me lembrei do presente de Vítor. Em nosso último jantar, ele havia me dado um pequeno saquinho com erva.

"Para emergências." ele disse com um sorriso maroto.

No fundo, eu sabia que esta era a noite para usar aquilo. Se não agora, quando?

Tirei o saquinho de meu bolso e enrolei na seda improvisada. Não era a maneira mais elegante de fumar, mas serviria.

Eu sabia que deveria estar com medo, pois era minha primeira vez fumando; não sabia como meu corpo reagiria. Mas naquele momento, a necessidade de alívio superava qualquer receio.

Acendi o cigarro com um fogo na ponta da varinha e dei a primeira tragada. A fumaça desceu queimando pela minha garganta, e comecei a tossir, o som ecoando pela noite silenciosa.

Depois das primeiras tragadas desajeitadas, senti um calor se espalhar pelo meu corpo, relaxando meus músculos tensos.

Abri os olhos e olhei ao redor. O lago negro brilhava sob a luz da lua e as luzes do castelo piscavam ao longe. Cada detalhe parecia mais nítido, mais bonito. A ansiedade que me consumia começou a derreter, dando lugar a uma sensação de paz que eu não sentia há tempos.

Pensei em Vítor, em como ele sempre sabia o que fazer para me ajudar. Sentia falta dele, das nossas conversas longas e das risadas fáceis. Me perguntava como ele estava se saindo na escola trouxa, longe de toda a magia, mas talvez enfrentando seus próprios desafios.

In your hands, MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora