·˚ ༘ Amber Lazsara Therlisyn , sujeita de sangue-ruim, ou melhor, sangue-podre, como Draco a apelidou.
O quanto ela sofreu nas mãos de Malfoy, sem nem saber o motivo. Ela passou pelas piores situações em sua vida devido ao garoto.
Seu sobrenome nã...
O fim de semana passou rapidamente, Hermione e eu nos tornamos mais unidas do que nunca.
Durante nossas conversas, ela me contou detalhadamente tudo o que havia acontecido no primeiro ano; sobre a Pedra Filosofal e o retorno de Voldemort.
Nunca tinha ouvido falar dele no mundo trouxa, mas sabia que seu nome era temido por todos.
- Onde está Cedric? - perguntei preocupada.
- Já deve ter ido para aula. - respondeu Hermione, dando de ombros, mas eu sentia uma pontada de ansiedade.
Cedric e eu estávamos bem. Comecei a gostar dele de verdade, sua presença fazia eu me sentir bem.
Em contraste, eu evitava ao máximo Malfoy e seu grupo, pois estava realmente receosa do que poderia acontecer se nos cruzássemos.
Seguimos nosso caminho para a primeira aula do dia, que seria sobre Cuidados com Criaturas Mágicas. Hagrid era o novo professor, e eu estava animada com isso.
Assim que chegamos à área onde seria a aula, avistei Draco, que estava comendo uma maçã verde. Confesso que ele é bonito, mas hoje ele está mais do que o normal.
- Nossa, eu amei que Hagrid é nosso novo professor. - comentei com Hermione assim que paramos. - Acho o jeito dele de falar muito engraçado...
Fui interrompida por uma voz sarcástica.
- Ah, sim, muito engraçado. Meu Deus, esse lugar foi para a boca dos cachorros. Espere só até meu pai saber que Dumbledore colocou esse idiota para dar aulas. - Era a voz de Draco.
Falar mal de mim era uma coisa, mas falar mal de Hagrid? Eu não sou muito próxima dele, mas tenho certeza de que ele faria de tudo para defender um aluno.
- Cale a boca, Malfoy. - respondi sem receio. Afinal, eu estava no meio da escola onde ele não poderia passar dos limites.
Draco jogou sua mochila nas mãos de Goyle e soltou um sorriso ladino, começando a se aproximar de mim lentamente, com uma expressão divertida que me deixava inquieta.
Ele chegou muito perto, mais do que era necessário, e de repente, seu sorriso desapareceu, dando lugar a uma expressão que eu diria ser de preocupação.
- Estão ouvindo? Essas vozes. - ele disse inclinando-se e apontando para trás de mim.
Olhei para trás, tentando encontrar algo que justificasse sua pergunta, mas não havia nada ali.
Quando voltei a olhar para Draco, percebi que ele e seu grupo estavam todos com os capuzes puxados sobre as cabeças, formando um coro de:
- "Ohhh" - entre risadas.
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Revirei os olhos, sentindo a frustração crescer dentro de mim. Hermione lançou uma careta feia para eles e me puxou para que saíssemos de perto deles.
- Vamos, não vale a pena. - disse Hermione.
Nos juntamos a Harry e Ron para assistir à aula.
「CORTE DE TEMPO」
As aulas já tinham terminado e a noite começou a cair, trazendo uma sensação de tranquilidade que contrastava com a inquietação que eu sentia por dentro.
Onde estava Cedric? Não o vi o dia todo, e até Hermione comentou que sua ausência era estranha. Isso só aumentou minha preocupação.
Depois de um tempo, Hermione decidiu ir para a sala comunal da Grifinória, me incentivando a procurar por Cedric. Ela me garantiu que tudo ficaria bem.
Com um suspiro, coloquei um pé na frente do outro decidida a encontrá-lo.
Vaguei pelos corredores do castelo, passando por salas de aula vazias e escadas que pareciam mudar de lugar a cada passo que eu dava. Finalmente, decidi que ele poderia estar perto do campo de Quadribol, onde costumava passar o tempo livre.
Ele estava treinando para um torneio que teria no próximo ano.
Quando cheguei no campo, vi uma figura encostada na parede do vestiário. Era Cedric. Meu coração acelerou ao vê-lo, mas ao me aproximar percebi que algo estava diferente.
Ele não estava como costumava ser, cheio de energia e sorrisos. Seu olhar estava distante, quase vazio, e a expressão em seu rosto era séria.
- Cedric? - chamei hesitante.
Ele virou-se lentamente, e o que vi me fez sentir um frio na espinha. Havia uma dureza em sua voz que eu nunca tinha ouvido antes.
- O que você está fazendo aqui? - ele respondeu, sem emoção. - Não está claro que eu não quero mais nada com você?
As palavras dele me atingiram como um soco no estômago. Eu sabia que algo estava errado, mas não esperava que ele se afastasse de mim assim, de forma tão brusca. O Cedric que eu conhecia, o garoto gentil e atencioso, parecia ter desaparecido.
- O que aconteceu? - perguntei, tentando conter a voz trêmula. - Estávamos tão bem...
- Bem? - ele interrompeu, com um riso amargo. - Você realmente acha que estava tudo bem? Você não percebe o que está acontecendo? Eu não posso me envolver com você agora. É complicado demais. Você é apenas uma garotinha.
Eu forcei um sorriso, tentando esconder a dor. Eu não conseguia acreditar que ele estava falando sério.
- Cedric, por favor... - comecei, mas ele me interrompeu novamente.
- Não, apenas... não. Eu preciso de espaço. Não posso ficar aqui me preocupando com você quando há coisas maiores em jogo.
Senti meu coração despedaçar ao ouvir suas palavras. O que havia acontecido com aquele garoto que sempre me apoiou? O que tinha mudado entre nós?
Algo dentro dele havia mudado, e eu não sabia como ajudar.
Com a dor crescendo em meu peito, afastei-me lentamente, sem saber o que dizer. Comecei a andar pelos corredores. As poucas risadas e conversas ao redor pareciam tão distantes, como se eu estivesse em um sonho do qual não conseguia acordar.
Voltei para a sala comunal, como se eu estivesse carregando o mundo nas costas.
A sala comunal estava completamente vazia, exceto por um garoto que estava sentado em um dos sofás de couro verde.
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