Capitulo Vinte

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Camila


Aquelas pessoas olhavam para mim como se eu fosse uma inimiga, uma intrusa, uma peça sobrando no tabuleiro. Na maioria das vezes não entendia o que eles sussurravam pelos cantos, mas a julgar por suas expressões obviamente não seria nada de bom.

Afastei-me dos demais e fui até o jardim tomar um ar. A noite estava clara, e a brisa suave parecia acalmar meus nervos. Enquanto caminhava entre as flores, notei uma figura familiar na penumbra. Era Aslan, já estava lá, parecendo tão perdido quanto eu.

— Você também está fugindo? — ele perguntou, com um sorriso cansado.

Hesitei por um momento antes de responder.

— Também? — me aproximei — É a sua família lá dentro. Não entendo por que estaria querendo se esconder.

Ele riu, um som leve que pareceu romper a tensão no ar.

— Família... — Aslan fez uma pausa, olhando para o céu estrelado. — Às vezes, acho que são os maiores estranhos que conhecemos.

— Acho melhor eu voltar. — suspirei.

— Não precisa pisar em ovos comigo, Camila, apesar do que meu primo possa ter dito — Aslam passou a mão pelos cabelos. — Eu não sou aquele com quem deve se preocupar.

— Do que está falando?

Sem dizer mais nada, Aslan se afastou, deixando-me sozinha no jardim. Fiquei ali por alguns minutos, observando as estrelas, tentando absorver o'que suas poucas palavras queriam dizer. Quando decidi voltar para dentro de casa, senti uma presença atrás de mim.

— O que pensa que está fazendo? — a voz fria de Elif me fez virar imediatamente.

— Eu estava apenas tomando um ar. — respondi, tentando manter a compostura.

Elif se aproximou com um olhar furioso.

— Ah, claro. Tomando um ar enquanto tenta seduzir mais um dos homens da minha família. — Ela riu, um som cheio de desprezo. — Primeiro Kerim, agora Aslan. Que mulherzinha mais vulgar você é.

— Do que está falando?

— Oque acabou de ouvir. — ela se aproximou me olhando dos pés a cabeça — Acha mesmo que esse vestido e joias irão mudar algumas coisa em você? — Senti o líquido gelado escorrer pelo meu corpo quando ela esvaziou sua taça sobre mim.

— Você não passa de uma prostituta barata.

Aquilo foi a gota d'água. Tentei manter a calma, mas suas palavras eram como veneno. Antes que pudesse pensar duas vezes, a palma da minha mão encontrou seu rosto com um estalo alto.

Elif levou a mão ao rosto, incrédula.

— Como ousa? — ela sibilou.

Elif me olhou com ódio puro, mas antes que pudesse responder, as portas da casa se abriram e outras pessoas começaram a sair, atraídas pelo som da discussão.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ouvi passos firmes se aproximando. O Sr. Aksoy surgiu na entrada do jardim, seus olhos estreitando-se ao nos ver ali.

— O que está acontecendo aqui? — Sua voz era fria e autoritária, carregada com o peso de quem estava acostumado a ser obedecido sem questionamentos.

|Contratada para amarOnde histórias criam vida. Descubra agora