Hoje faz exatamente 80 meses que estou sem a minha amada. Dês que cheguei nessa linha do tempo eu não a vi, o que sinceramente acabou comigo. Não sei como estou vivendo sem ela, honestamente tiraria a minha própria vida se não fosse pelos meus irmãos, e o pressentimento de que eles ainda vão precisar de mim.
Não importa onde for, eu sinto que se fosse com ela seria mil vezes melhor, e não um castigo na terra. Eu já tentei entrar mais de 100 vezes naquela merda de mansão Hargreeves para poder ter a minha Angelina de volta com a ajuda do velho, mas.. eu nunca tenho resultados. Cada dia sem ela está se tornando um sufoco, como se mãos estivessem apertando cada vez mais o meu pescoço e coração, me matando aos poucos.
No momento, eu estou aqui, reunido com os Keepers, para me manter vivo e com dinheiro para o meu trabalho. Eu não podia ficar dependendo dos esforços dos meus irmãos.
– O meu nome é Gus. - Um homem barbudo dizia. - Eu procurei pela verdade a minha vida toda. E aí eu achei esse grupo. Foi como se uma lâmpada se acendesse. Pela primeira vez, falaram sobre o que eu estava passando. Eu percebi que não tinha nada de errado comigo. É essa linha do tempo, cara.
Não acredito nisso.
– Ela tá ferrada. - Ele completou. - Eu sei que eu posso vir aqui e dizer qualquer coisa. Eu posso dizer que o Sr. Hargreeves na verdade é um alienígena que tá secretamente criando uma cabala de super soldados adolescentes. E todos vocês vão saber do que eu tô falando.
Indireta?..
– E agora.. - Ele apertou firmemente a mão do homem em seu lado. - Eu tenho esperança. Porque eu sei que a purificação está chegando.
Todos começaram a bater as suas mãos, e assim, para me misturar eu também bati. Ele não estava totalmente errado.. Confesso.
– Obrigado, Gus. obrigado. - disse o homem ao meu lado, logo olhando para mim. - Mas e você? Quer compartilhar alguma coisa?
– Quero, claro. - Me ajeitei na cadeira. - Oi, meu nome é Jerome. - Eles me cumprimentaram. - Eu ainda sou novo em tudo isso. Só o que eu posso dizer é: o que vocês estão dizendo é real. Vocês não são doidos. Sei porque eu estive em outras linhas do tempo. Não parece, mas eu tenho 63 anos. Eu passei 45 anos perdido em um apocalipse do futuro. E eu me envolvi no assassinato do Kennedy. Tudo que tá acontecendo agora, eu não sei mais o que é e o que não é real. Sinto como se não pudesse confiar em ninguém depois que a minha Angel se foi. Ela literalmente ficou comigo a minha vida toda, é difícil viver sem a minha cara metade.
Eu achei um meio de soltar tudo que estava preso na garganta, o que particularmente eu não faço de maneira alguma.. Principalmente falar sobre a minha Angelina.
– Você quer ouvir uma parada seria, garoto? - O homem ao meu lado disso. - Eu vou te levar em uma reunião.
A reunião acabou, e então eu saí daquele prédio olhando para o relógio vendo que eu estava atrasado. Eu olhei para frente, vendo pessoas passando por todos os lados, conversando, brincando com seus filhos e passeando com seus cachorros.. Mas ao apertar mais meus olhos, e olhar além da multidão eu pude ver o que eu presumia que nunca mais iria ver.
Angelina.
– Angelina?.. Angelina?! - Eu corri até quem parecia a garota, e a mesma corria até mim. Eu a olhei mais de perto, com medo de que fosse apenas uma alucinação, mas não.. não era.
Ela correu até mim, pulando e se agarrando em meu colo quando me alcançou. Eu acabei caindo junto a ela com o impacto, porém não deixei de abraçar a minha garota. Tanto eu quanto ela chorava, e eu pretendia não a soltar nunca mais.
– Eu.. eu pensei que você tinha morrido, onde você estava, meu amor? Eu senti tanta sua falta, por favor, não me de mais um susto desse.. eu imploro..
Eu agarrei a sua blusa, escondendo o meu rosto encharcado de lágrimas em seu ombro. Eu sentia ela se agarrando em meu cabelo, se encolhendo em meu colo. Ela parecia assustada, ela tremia e parecia pálida.
– O que aconteceu com você? Alguém machucou você? Me diz que eu mato essa pessoa, faço ela pagar por tudo!
– Só não me solta.. fica comigo, por favor..
Eu levei a garota para o meu apartamento, deitando ela na minha cama e então acariciando o seu cabelo.
– Por favor.. - Ela disse baixo, olhando para mim e segurando a minha mão.
– O que, meu amor? Pode falar..
– Me diz que esse bigode é falso, me diz.
Ela deu uma risada, a risada na qual eu sentia tanta falta. Eu acabei dando uma risada também, tirando o bigode da minha cara. Ela suspirou dizendo que estava aliviada, o que tirou mais uma risada de mim.
– Muito obrigado.. - Eu disse a ela, segurando a sua mão.
– Pelo o que?
– Por voltar, e me trazer o sentimento da felicidade novamente. - Ela deu uma risada, porém os seus olhos foram se fechando, e ela acabou dormindo.
Eu tenho tanto para contar a ela.. tanto. Ela com certeza vai querer ver os outros quando acordar, e a festa da Grace vai ser um ótimo lugar para eles se reencontrarem. Vou dar uma boa passada em uma loja, vou comprar mimos para a minha querida Angel.
Quando eu saí do apartamento, eu não pude deixar de abrir um sorriso de orelha a orelha, saltitando feito um lunático qualquer. Entrei na loja, e então peguei um casaco de couro, que eu sabia que ela iria gostar. Uma blusa de manga longa preta com botões, peças íntimas da mesma cor e uma calça igual as aquelas que ela gostava de usar. Peguei um par de coturnos e os lencinhos que ela sempre tinha com ela. Não posso deixar ela sem suas coisinhas, seria um crime.
Peguei alguns chocolates e ingredientes, já que eu iria preparar um belo jantar para ela antes de aparecermos na festa. Ela parecia pálida de não comer.
Deixei tudo em casa e então peguei o meu celular para avisar a assistente do chefe que eu não iria, que eu estava doente. Não posso ir pra trabalho agora, não mesmo, eu tenho a minha Angel de volta, quero aproveitar cada segundo.
Deixei as roupas dela em cima da cama, e logo fui para a cozinha preparar a comida.
Após um tempo, ouvi a porta do quarto de abrir, e então um abraço por trás forte. Eu me virei para ela, olhando para a mesma completamente apaixonado.
– O que você está fazendo?.. - Ouvi ela perguntando para mim, enquanto deitava a sua cabeça em meu peito.
– Você parece pálida.. eu preparei o jantar para você. Eu sei que você também quer ver os outros, então depois de você comer, se você quiser, a gente pode ir na festa de aniversário da filha do Diego da Lila.
Ela deu um pulinho, com um sorriso grande.
– Eles.. eles..
– Sim.. e também tem gêmeos.
– Meu Deus! Eu quero muito ver eles. Cada um.
– Você vai comer antes, escutou?
Ela sorriu balançando a cabeça, e então eu vi os seus pés se levantando, e ele puxando a gola da minha blusa para um beijo. Como eu senti saudade desse beijo.. desses lábios macios. Eu quero morar no abraço dela.
Ela se sentou na mesa, e então eu a servi enquanto eu contava para ela o que tinha acontecido nesses anos. Ela chorava a cada segundo que comia, e eu não fazia diferença. Mas depois de contar, eu estava extremamente curioso para saber por onde ela estava.
– Mas.. por onde você esteve?
– Eu.. - Ela olhou para baixo. - Eu fiquei presa em um buraco de minhoca memorial. Eu estava em estado de coma sem o coma. Foi tão.. estranho e sufocante. Eu me lembrei e vivi de cada segundo da minha infância.. de novo, e de novo… eu só queria ir embora daquele inferno.
Eu me levantei, indo para perto dela e então me abaixou e pegando em sua mão, eu a beijei, acariciando a mesma.
– Eu estou com você agora, meu amor.. Vai ficar tudo bem.
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𝐀𝚙𝚘𝚌𝚊𝚕𝚒𝚙𝚜𝚎 𝙼𝚘𝚛𝚝𝚊𝚕 - 𝐅𝐢𝐯𝐞 𝐇𝐚𝐫𝐠𝐫𝐞𝐞𝐯𝐞𝐬.
Любовные романы𝐎𝐍𝐃𝐄:: 𝑨𝒏𝒈𝒆𝒍𝒊𝒏𝒂 𝑮𝒐𝒍𝒅𝒃𝒆𝒓𝒈 𝑵𝒖𝒏𝒆𝒛, uma agente da comissão com um humor para lá de duvidoso começava seu trabalho com sua primeira missão.. Ela só não esperava que essa "simples" missão era vigiar um futuro agente preso no temp...