- GABRIELA, CARALHO - ouço meu irmão gritar da sala - TA PRONTA?
- CALMA MARCELO - grito enquanto passo meu perfume, me olhando no espelho.
Com todo respeito mesmo, que delícia.
Eu estava com um corset preto, que realçava bem os meus seios, que com todo respeito? São lindos. A minha saia preta era colada e curta, e pra completar eu coloquei minha jaqueta puffer.
Adivinha a cor da jaqueta? Preta. Hoje eu tava pro all black
Pego minha bolsa e vou para a sala, onde encontro um Neo bastante estressado, com a cara mais feia possível
- Deixa de ser chato, tô pronta já, bora - eu rio da cara dele.
Ele me olha de cima a baixo e arqueia a sombrancelha
- E cadê o resto da roupa? - ele levanta
Tava reclamando do meu atraso, mas pra reclamar da minha roupa tem tempo. Vê se pode?
- Tá no seu cu, procura aí pra ver se acha. - cruzo os braços
- Tô gargalhando, ó - ele força uma gargalhada e fecha a cara - pelo amor de deus Gabriela, vai tá cheio de homem lá
- E daí? me deixa Neo, cê sabe que não sou criança e saio com a roupa que eu quiser.
Ele suspira e passa a mão no rosto.
- Ta bom, tá bom, bora logo - ele pega a chave e a gente sai de casa.
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Nós já estávamos aqui a tempo e daqui a pouco o trio do meu irmão ia subir no ringue para a semifinal do aniversário da bda
O Apollo tá aqui com a gente, mas mal olhou pra mim, provavelmente se culpando pelo que fez.
Falando em Apollo, ele levantou e foi em direção ao banheiro.
Espero um tempinho para disfarçar, e me levanto para ir atrás dele.
Abro a porta e vejo ele lavando a mão, tão desligado que nem percebeu que eu entrei. Solto uma risada e bato a porta, fazendo ele levar um susto.
- Tá fazendo o que aqui Gabriela? - ignoro ele e tranco a porta do banheiro. - Hein? Destranca isso - ele vem até mim e tenta pegar a chave, que eu rapidamente guardo dentro do meu corset.
- Pega - eu sorrio olhando para a cara de puto que ele tava.
- Para de graça, me dá logo essa chave fia - ele se afasta quando percebe que estamos um pouco próximos, me fazendo soltar um riso anasalado.
- Para você de graça, já fez coisa pior comigo e tá com medo de colocar a mão no meu peito? - dou risada e cruzo os braços.
- Você falou que ia esquecer, lembra? Foi uma vez, agora abre a porta.
