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APOLLO
São Paulo

Tava suave na casa do Rio de jaNeo, Gabriela não tinha dado às caras desde que eu cheguei, só ficou enfurnada no quarto. E eu dou glória a Deus por isso

— Aí mano, vou ter que colar ali na casa do doidão pra resolver uns bagulho da minha música — Neo levanta e pega a carteira e o celular — mas fica aí, que quando eu voltar, nós chama o Bask, tua irmã e a Alice pra nós amassar um lanche, falou?

— Tranquilo, mano — assinto — te espero aqui.

— Beleza, valeu aí, já volto — ele dá um tapa fraco na minha nuca e sai de casa.

Eu rezo pra Deus para que a Gabriela não saia do quarto e me veja aqui sozinho, porque eu tenho certeza que não sai coisa boa disso aí

Mas foi dito e feito, ouço uma porta abrir e logo em seguida ela aparece no corredor, com um short curto do Flamengo e um top preto

Respiro devagar e fico imóvel, como se estivesse um leão na minha frente e eu estivesse tentando fazer com que ele não me notasse

O que não deu certo, já que ela me percebe e franze o cenho

— Cadê o Neo? — ela vem na minha direção e para na minha frente.

Resisto a tentação de não olhar pro corpo bastante exposto dela, e olho para o seu rosto

— Foi resolver um bagulho da música dele, falou que era rápido

— Ah, e te deixou aqui sozinho? Tadinho — ela faz bico e senta do meu lado — faço companhia pra você

— Eu tava bem sozinho, mas a casa é sua né — limpo a garganta e dou um sorrisinho falso

Ela revira os olhos e ri.

— Mas já que nós tá sozinho, a gente pode aproveitar — ela tenta me beijar, mas eu consigo desviar.

— Calma aí, Gabriela, para com isso — me afasto dela.

— Porra — ela bufa e cruza os braços, irritada — para de resistir, Apollo, que inferno.

— Para você de ficar me atentando, mano — olho indignado por ela ter se irritado

— Não é possível que você faz esse doce todo só porque eu sou irmã do Neo — ela nega com a cabeça e fica um pouco em silêncio — Ainda tá pensando na Triz?

Ela fala do nada, só joga a bomba e eu franzi o cenho, confuso.

— Que? Da onde tu tirou isso?

Ela dá de ombros e se ajeita no sofá, não ficando mais virada de frente pra mim, mas agora de frente para a televisão.

— Lugar nenhum — ela mexe no cabelo, incomodada — mas você sabe que me quer e fica negando, eu sei que meu irmão é um motivo, mas não acho que seja o único pra resistir tanto. Até porque, meu irmão não ia poder fazer nada, não ia acabar amizade contigo só por isso

Estranho ver ela assim, de guarda abaixada, já que desde a primeira vez que a gente ficou ela tá sempre com uma carta na manga pra me provocar

— Olha, Gabriela — suspiro e ela me olha — vou ser sincero contigo, é um pouco por causa do meu antigo relacionamento, mas não porque eu ainda gosto da minha ex, mas sim porque eu não quero outro relacionamento.

— Não tô falando pra você me pedir em casamento, Apollo — ela me olha sério.

— Tô ligado que não mano, mas tu é nova, nós nem fica e tu já me deixa maluco Gabriela, imagina se eu te der essa liberdade? Tu acaba comigo.

— Eu te deixo maluco porque você também me deixa maluca, cara. Você tá se prendendo atoa por motivo besta — ela senta mais perto de mim de novo e eu suspiro.

— Não sei, Gabriela, sinto que isso vai dar errado — apoio meus cotovelos no joelho e meu rosto nas mãos.

— Você não tem bola de cristal, o que pode dar errado? A gente só vai ficar — ela faz carinho no meu cabelo.

Eu devo estar muito doido pra tá caindo na ladainha dessa diaba, mas fazer o que né? O mundo é dos malucos e eu vou tá caindo no canto da sereia com muita felicidade

— Tá fazendo minha cabeça já, manipuladora, já tá me fazendo mudar minhas ideias, seloko parça, cê é mó traiçoeira — Levanto a cabeça, e olho pra ele rindo.

Ela ri também e segura meu rosto, pra me dar um selinho.

— Cala a boca, muleke do carai

— Tu que é mina do carai — eu puxo ela pra um beijo.

Porra, isso pode dar muito errado pra caralho, mas pelo menos vai ser gostoso

A gente para o beijo com o barulho da chave na porta, e ela vai rápido para o outro lado do sofá, fingindo estar mexendo no celular e eu faço o mesmo

— Voltei caralho — Neo vem até a gente, olhando estranho para Gabriela — saiu da toca por quê?

Gabriela olha pra ele e dá o dedo do meio.

— Vai se fuder muleke, tava esperando você pra pedir alguma coisa, tô na mó larica — faz careta.

— Aham — ele assente — chama o bonde aí, pra eu pedir um lanche e nós ver um filme massa

— Aham — ele assente — chama o bonde aí, pra eu pedir um lanche e nós ver um filme massa

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Desculpa o cap pequeno gente 😭
Bjuss

PONTO FRACO, apollo mcOnde histórias criam vida. Descubra agora