012

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APOLLO
Rio de janeiro

Busquei o lanche e acordei Gabriela, que tinha desmaiado em cima de mim.

— Ajeita essa cara, doida, tá igual um zumbi — sento na cama, do lado dela.

— Me deixa — ela coça o olho — tô com o sono todo desregulado, onde eu encosto eu durmo — ela pega o hambúrguer dela.

— Por que não dorme cedo?

— Não consigo, parece que perco meu dia todo — dá uma mordida monstra no hambúrguer, fiquei até assustado.

Tô começando a achar que o Neo deixa essa menina em cativeiro, não é possível

— Gabriela? Tá passando fome?

Ela me olha estranho, com a boca cheia, e nega com a cabeça

— Por quê?

— Achei que tava, comeu o hambúrguer quase todo numa mordida só, boca do Pennywise

— Tô com fome — ela sorri sem graça — vai comer teu hambúrguer e me deixa comer o meu em paz

— Tá bom, vou deixar você no seu romance com o hambúrguer — rio e começo a comer meu hambúrguer.

Coloco em esposa de mentirinha pra gente assistir, e nós comemos em silêncio até ela acabar de comer e ficar olhando pro meu hambúrguer

— Ah Gabriela, nem fudendo — começo a rir dela — tu comeu essa porra em um segundo e tá querendo o meu ainda?

— Tu achou que eu tava brincando quando eu falei que tava com fome? — ela começa a rir junto.

— Pega garota, só não come tudo — dou o hambúrguer pra ela, que assente, e logo em seguida dá uma mordida de tubarão no meu hambúrguer — tá com o caralho, Gabi? — olho desacreditado pra ela, que começa a rir com a boca cheia de comida — Não, come tudo logo, tô ficando preocupado já. — falo olhando preocupado pra ela, que não tava conseguindo parar de rir — Gabriela, você vai engasgar, bebe o refrigerante, muleka.

Ela consegue parar de rir e bebe o refrigerante dela. Tava toda vermelha, de tanto que riu, puta que pariu essa garota é uma comédia mesmo, tô com dor no maxilar de tanto que ri.

— Vou comer batata, pode comer seu hambúrguer — ela ri e me dá o meu hambúrguer.

— Mandou metade dele pra dentro, aí é mole — eu rio e continuo comendo.

— Para de me julgar, nem foi desse tanto — ela pega a porção de batata pra comer. — aí tô ficando meio cheia já.

— Ah, cê jura? Achei que ia ter que comer o hotel todo pra te encher — zombo dela, que me dá o dedo do meio.

— To achando que o sexo mesmo vai ficar pra outro dia, sou capaz de vomitar de tão cheia — ela deita na cama.

Numa hora dessas, sexo era o que eu tava menos ligando, me diverti pra caralho já

— Me admira se você conseguir levantar da cama, monstra — acabo o hambúrguer e vou comer as batatas.

— Para com isso — ela dá risada— vai pra praia amanhã?

— Eu vou, tu vai?

— Nunca que vou perder uma oportunidade de ir pra praia, ainda mais te ver sem camisa — ela sorri pra mim.

— Para de ser tarada por um dia, mano — rio, negando com a cabeça.

— Eu sou tarada? Não acho — sorri, fingindo inocência

PONTO FRACO, apollo mcOnde histórias criam vida. Descubra agora