GABRIELA
São PauloAbro os olhos devagar por conta da luz forte batendo em meu rosto, e coloco as mãos no rosto.
— Que porra é essa? — sento na cama, sentindo um peso em cima de mim.
— Que porra é essa digo eu — ouço a voz do Neo e tiro a mão do rosto, lutando contra a vontade de fechar os olhos.
Olho para a cama e vejo Alice e Lívia praticamente em cima de mim, desmaiadas. Olho para cima e vejo Neo, Bask e Apollo olhando para a gente.
Porra é essa? Lembro de nada depois do beijo, e tô com uma dor de cabeça do caralho.
— Tira essa porra desse flash da minha cara antes que eu quebre sua mão e te faça engolir essa merda de celular, Marcelo do caralho — pego o celular da mão dele com o maior ódio do mundo e ouço eles rirem.
— Aí bussanha, para de falar — ouço Alice resmungar e sentar na cama, passando a mão no rosto.
— Bora Apolla, levanta — Bask puxa o pé da Lívia, que acorda no susto.
Olho pra ela, que vira na cama, afunda o rosto no travesseiro e solta um grito abafado.
— Diabo... — Neo olha indignado pra ela.
— A noite foi boa mesmo, né? Tão acabadas — Apollo ri.
Tá risonho né? Quem foi a piranha que comeu ontem? Fala, pode ir falando.
Olho feio pra ele, que franze o cenho confuso, sem entender o meu chateamento com ele. Nem eu entendo, quem dirá ele.
Só sei que tô puta, não gosto de imaginar ele com outra. E li um comentário um dia desses falando alguma coisa dele com aquela toktoker, sabe? A Ananda.
Porra, fiquei emputecida.
Aquela garota linda, gostosa, fofa. Sério, fica difícil ser segura comigo mesma.Sempre tive muitos problemas com autoestima, sérios problemas que melhoraram bastante, mas ainda existem. Óbvio que todo mundo tem algo que te deixa insatisfeito, mas sei lá, não era só a aparência.
Me sinto insegura com minha própria personalidade, me sinto chata a ponto de ser facilmente substituível.
Nunca gostei de ninguém antes, sempre foi o Apollo, ninguém antes dele e ninguém depois dele. Óbvio que eu já tive quedinha em outros garotos, mas nunca amor de verdade, gostar de verdade.
Eu sei que ele não quer um relacionamento, e eu entendo os motivos dele, mas tudo o que eu mais queria era que ele superasse isso e desse chance pra nós dois.
E morro de medo de acabar mais magoada nessa história, porque vai ser ainda pior pra superar, e eu tenho consciência disso.
— Foi ótima — Alice olha cansada pra eles — tão incomodando a gente por que mesmo?
— Que isso, amor? Incomodando? Assim você me ofende — Bask apoia as mãos na cama pra dar um selinho nela.
— Aí caralho, do meu lado não — passo a mão no rosto com força, prestes a surtar — SAI — empurro ele e desço da cama, indo para o outro lado e puxando Lívia — acorda.
— A noite foi ótima e você tá surtando assim? — Apollo provoca e eu olho com deboche pra ele.
— A noite foi ótima, a manhã de hoje tendo que olhar pra cara de vocês, tá sendo péssima.
— ih, tá putinha por quê? — Neo zomba
— Porque você me acordou com a porra de um flash na minha cara, seu arrombado — olho feio pra ele.
Lívia levanta com cara de cu e passa esbarrando em Neo, sem falar nada.
— Vai me levar? — ele olha pra ela, rindo.
— Pro inferno e te largar lá, seu demônio ruim — ela dá dedo pra ele e vai pra sala.
— Tá repreendido — Neo fala alto, como se estivesse pregando, e vai atrás dela.
Olho para Bask e Alice na cama, fingindo uma cara de nojo pra eles.
— Bora levantar, anda — ele segura as mãos dela, que levanta resmungando e vai pra sala com ele.
Então eu fico sozinha com Apollo, sem olhar pra cara dele.
— Aí parceira, vai olhar pra mim não? Virei meduso? — fala e eu olho pra ele.
— Ixi — arqueio a sombrancelha — tá carente? Tem que ficar te olhando é?
— Não precisa ficar me olhando, mas parece que tá fugindo carai — ele cruza os braços.
— fugindo de que? Acha que eu vou ter vergonha de tu só depois que tu já me viu pelada? — falo e ele ri.
Inclusive, essa blusa faz os braços dele ficar tão sei lá, só queria eles em torno do meu pescoço, sabe? Pedir demais?
— Fala baixo, quero ver se alguém ouve — nega com a cabeça — vai pra sala.
Empino o nariz e passo na frente dele, para ir pra sala, até sentir um apertão forte na minha bunda, e olhar pra trás, incrédula.
— Você tá se soltando né? — falo boquiaberta, e ele ri, se aproximando pra me dar um selinho — eu quero ver se alguém vê — brinco, dando um sorrisinho.
— Vai logo, maluca.
Nego com a cabeça e vou para a sala, onde tava o resto do pessoal tomando café.
Capítulo pequeno só porque não sei quando vou conseguir postar mais ❤️
VOCÊ ESTÁ LENDO
PONTO FRACO, apollo mc
RomanceVocê joga sujo Sabe que você é o meu ponto fraco Tenta ser feliz, mas tá fazendo errado Procurando em outro alguém o que está do seu lado