Vicio

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S/n Kriston Point Of View
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A Chuva caia enquanto eu tentava voltar pra casa. Não havia passado em um sequer farol vermelho, com medo da polícia me parar. Imagine as manchetes:

"Super estrela da ginástica é parada pela polícia com um índice alto de te... Bebida na cabeça"

Eu estou simplesmente fodida, se fosse ao menos do lado bom, eu estava feliz e radiante, mas uma sensação me corroi assim que estou perto de casa. Eu sabia que algo estava fora do lugar, e assim que estaciono o carro, estranho as luzes da casa acesas. Pego minha bolsa entrando no ambiente como se nunca tivesse saído dali.

— Está feliz? — Estremeço ao ouvir Celine.

— Você não tem noção, só faltou o ponto final pra eu estar mais feliz ainda — Olho para ela de um modo atrevido.

— O que falta pra você? Hein?

— Gozar e você parar de me encher o saco — Aquela altura, o álcool já fazia efeito, eu jamais diria aquilo para minha própria mãe.

— E seus pais juntos? Não importa? — Já havia entendido o que ela queria dizer. Meu pai havia ido embora de casa.

— Olha só... Meu pai finalmente se tocou que você é idiota — Minha mãe vem até mim me empurrando enquanto pega meu celular. Eu ao menos sabia o que ela iria fazer.

Tento pega-lo de volta mas a mesma desbloqueia, provavelmente indo até minhas mensagens recebidas. Meu coração acelera. Ela veria uma possivel mensagem de Flavia.

— Olha, só que lindo? Bebendo, chupão? por isso que estava andando de cabeça baixa, não é? —  Me levanto olhando calmamente para a mulher.

— A vida continua sendo minha, não é? — Retruco recebendo um tapa na cara, mas vejo o arrependimento em seus olhos, assim que ela percebe que aquilo nao havia me afetado. Pego meu celular de sua mão. Ainda parecendo calma.

— Agora entende? seu proprio marido foi embora. Ainda me culpa por conta disso — Ando até a cozinha enquanto era seguida, Celine sabia muito bem que havia me tirado do serio. Mas tinha ainda mais medo da minha calmaria. Uma bomba relogio, prestes a explodir.

— Eu sou tudo o que você tem, seu eu parar com a ginastica. Você vai se tornar, só mais uma mãe, uma mãe de uma ex atleta. — Vou ate a geladeira, abrindo a porta. Me abaixo ali embusca de algo para beber.

— Ai S/n, voce é tão ingenua, você vai continuar, nao tem escolha. Pelo menos ate que eu ganhe o premio de maior incentivo familiar. E sabe porque?

Me viro de frente para ela. Enquanto segurava a garrafa de agua.

— Se você, perder, desistir, ou empatar... Eu quebro as pernas da Flavia, e ela nunca mais vai conseguir ser feliz. — Meu corpo se arrepia, eu jamais imaginava aquilo. Penso na possibilidade de denuncia-la, mas se eu fizesse aquilo, seria minha palavra contra a dela. Engulo seco ainda me permitindo olha-la. Com os dentes trincados.

— Você, só tem uma opção S/n, ou ganha, ou você ganha. E você não vai querer perder. Gosta dessa perdedora né? Pois fique sabendo, que, quem anda com porco, porco é, então se afaste dela. E apague o numero do seu celular. Se ela pedir explicaçoes. Diga que voce não esta interessada nesse mundo idiota dela. Você estava confusa. — Escuto aquilo, pensando na possibilidade de ser tudo uma brincadeira.

— Duvido que tenha a coragem de fazer isso, seria desvantagem. Eu teria que bater meu proprio record. Você nao iria ganhar nada.

— Que merda aconteceu aqui? — Henri entra na cozinha me fazendo perceber que a casa estava toda revirada.

—  Olha só. O mocinho da familia resolveu aparecer.

— Cade meu pai, Celine?

-— Seu pai foi pra casa da sua tia. — Ela diz como se nao se importasse.

— S/a, vamos. Você precisa sair de perto dessa maluca. — Minha mae tenta impedir que eu fosse junto. Então meu irmão me puxa, nos tirando dali com pressa.

— Que merda aconteceu? — Pergunta enquanto tento entrar em seu carro. Minha cabeça rodava, eu sentia todos os sintomas de uma pessoa não sóbria.

— Eu... Acho que estou gostando da minha rival, a mamãe diz que eu tenho que odia-la, mas eu quero que...

— Tabom, não precisa terminar — Ele liga o carro e logo prende o cinto em mim.

— Conversei com o pai, vamos deixar você morar sozinha — Meu coração acelera, eu sabia que todas as decisões tomadas em minha família, nunca eram deixadas de lado. Mas também sinto um alívio, seria uma maravilha. Imagina? Eu me sentir independente a primeira vez na vida? Fazer compras, pagar empregados. Me tornar independente. Uau.

— Vou morar na Cracolândia — Meu irmão olha pra mim preocupado.

— Ta bêbada.

— Não Henri, meu vício tem nome e sobrenome.

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gente do céu, eu não atualizei pq eu tô severamente bêbada skkskskskskskss e nem venham me julgar, todo mundo sabe q eu sou o cão 🍃

Mas enfim, tá curtinho só pra vocês verem o Henri sendo o maior querido da fic no próximo cap, bjs de luz.

Duelo - Flávia Saraiva/YouOnde histórias criam vida. Descubra agora