Ansiedade

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Flávia Saraiva Point Of View

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Havia se passado um dia inteiro e, agora, eu estava com minha família, assistindo a um filme na televisão. Estava tentando relaxar depois de um treino intenso, quando meu celular começou a vibrar insistentemente sobre a mesa de centro. Peguei o aparelho e vi o nome de Julia na tela.

— Alô...

— FLAVIA!!!! A S/N TÁ INDO PRO HOSPITAL, EU TO COM ELA! — Julia gritava do outro lado da linha, sua voz carregada de pânico.

Levantei-me do sofá tão rápido que assustei meus pais.

— O quê? O que aconteceu? — perguntei, minha voz tremendo de preocupação.

Minha mãe também se levantou, a preocupação evidente em seu rosto, temendo que fosse algo com alguém da nossa família.

— Não sei, eu cheguei na casa dela pra buscar minha bolsa, e ela tava caída no chão do ginásio — Julia explicou, mas eu fiquei algum tempo sem saber o que dizer, cada palavra dela parecia um golpe.

— Já ligou pro pai dela? — perguntei, saindo da sala às pressas, com minha mãe me seguindo de perto.

— Não, vem aqui pro hospital. Eu vou ter que ir com ela, quando você chegar, a gente liga — Julia respondeu, a urgência em sua voz me impulsionando a agir.

— Estou a caminho — disse, desligando o telefone.

Minha mãe me olhou com uma expressão séria, tentando entender a situação.

— O que foi? — perguntou, já sabendo que algo grave tinha acontecido.

— A S/N se machucou, a Julia pediu pra eu ir com ela no hospital — expliquei rapidamente, vendo um olhar malicioso surgir no rosto da minha mãe.

— Iiih, Fabia. Tá me olhando assim por quê? — perguntei, irritada com sua reação.

— Toda preocupadinha com S/N, mas vai lá, filha. Só cuidado com a cobra da mãe dela — ela respondeu, balançando a cabeça.

Ignorei seu comentário e saí de casa, dirigindo o mais rápido que podia até o hospital. Meu coração estava acelerado, e a preocupação com S/N parecia uma pedra no meu peito.

Quando cheguei ao hospital, a ambulância que trazia S/N e Julia acabava de estacionar. Julia saiu correndo do automóvel, ajudando os médicos a moverem S/N em uma maca. Fui ao encontro delas, minha mente um turbilhão de emoções.

— Flávia, precisamos esperar do lado de fora — disse Julia, sua voz um misto de preocupação e urgência.

Assenti e nos dirigimos para a sala de espera. A atmosfera era tensa, e o tempo parecia se arrastar. Peguei o celular de S/N e comecei a procurar o número de Bruno. Quando finalmente encontrei, liguei imediatamente.

— Alô? — a voz de Bruno atendeu, soando preocupada.

— Oi, aqui é Flávia. A S/N teve um acidente, ela está no hospital — expliquei rapidamente, sentindo meu coração apertar ao ouvir o suspiro preocupado do outro lado da linha.

— Estou a caminho — ele respondeu, desligando abruptamente.

Julia e eu nos abraçamos, tentando encontrar algum conforto na presença uma da outra. Em questão de minutos, que pareceram uma eternidade, Henri, e Bruno chegaram, visivelmente abalados. Henri falava ao telefone com sua esposa, tentando explicar a situação.

— Eu sei, amor. Estou aqui no hospital. Sim, a Flávia, meu pai e a Julia estão aqui também. Não, ainda não sabemos de nada — Henri falava rapidamente, a preocupação estampada em seu rosto.

Duelo - Flávia Saraiva/YouOnde histórias criam vida. Descubra agora