S/n Kriston Point of view
________________Me sento a frente de Bruno e Henri, os dois pareciam absorver tudo o que eu havia falado.
— Eu... Eu vou ter que conversar com ela, tomar alguma medida. A primeira vai ser te deixar morar em um dos meus apartamentos. A segunda é tentar resolver isso — Meu pai se levanta mexendo em seus cabelos.
— Eu falei que ela é louca das ideias — Minha tia aparece enquanto segurava uma xícara de café e me entrega.
— Vai amenizar a ressaca.
— Quando o pai disse que ela bateu nele, eu não achei que era verdade. Tipo, eu sei que a Celine é descontrolada. Mas não a esse ponto — Olho para meu pai, que tinha uma marca vermelha em seu rosto.
— Foi absurdo. Eu não acredito que eu tive que brigar com a minha própria esposa porque ela não queria deixar meus filhos viverem — Minha tia balança a cabeça negando.
— Agora ela tá ameaçando a namorada da S/a — Junto as sobrancelhas.
— Epa, Epa, eu não tô namorando com ninguém não. Deus me livre — Digo me defendendo. Aliás, eu nunca quis e nunca pensei na possibilidade de namorar alguém. Sem dor de cabeça.
— Mas também, com o exemplo que tem dentro de casa. Até parece que vai querer namorar. Bruno? Qual foi a última vez que vocês transaram? — Henri tapa os ouvidos e eu arregalo os olhos.
— Já... Tem uns aninhos viu — Tapo o ouvido apenas na tentativa de não escutar nada. Então a campainha toca. Minha tia arruma o roupão e logo vai abrir a porta.
— Eu quero todo mundo em casa agora — Minha mãe parecia calma, como se nada tivesse acontecido.
— Ah, mas não vão mesmo. Sua louca? Se tá achando que vai vir na minha casa, depois de ter surrado meu irmão e minha sobrinha? Você tem que ser internada — A mulher do lado de fora cruza os braços.
— Igual sua filha? Não, obrigada.
— Vou arrebentar sua cara — Logo minha tia vai em direção da minha mãe que se joga no chão.
— Ela quer me matar! Socorro.
— Celine! Para com isso — Meu pai corre até às duas e levanta a mulher do chão.
Nesse momento eu e Henri nos olhamos chocados com aquilo.
— Mais um dia normal na família Kriston...
— Vamos pra casa, eu preciso te comunicar certas coisas — Meu pai puxa o braço da mulher com força. Olhando para mim e Henri, então começamos a caminhar para fora da casa. Minha tia beija minha testa e faz o mesmo com meu irmão.
— Qualquer coisa, me liguem, que eu mato essa piranha — Ela soa como uma vingadora.
Assim que já estávamos dentro do carro. Minha mãe coloca uma música, fazendo aquele clima todo ficar estranho.
— Celine, desliga isso.
— Porque amor? — Fico atenta a cada movimento da mulher.
— Agora é amor né? Fique ciente Celine, nem eu e nem meus filhos vamos ficar debaixo do mesmo teto que você — Meu pai diz fazendo a mulher ficar calada.
Tempo depois já estávamos em casa, provavelmente agora já seria em torno das 4 da manhã.
— Vamos conversar antes de dormir — Meu pai entra na sala de jantar. Minha mãe parecia estar no automático.
— Eu... Não consigo nem pensar, aproveitando que todos estamos reunidos. Vou pedir o divórcio. — Me sento na cadeira observando meu irmão fazer o mesmo, enquanto minha mãe estava calada.
— E isso não é de agora não tá? Eu só tô guardando, achando que você vai mudar esses pensamentos ridículos. Você é uma idiota Celine, só pensa em si mesma — Engulo seco sentindo a mão de Henri na minhas costas.
— Não vai deixar eu nem ao menos me defender? Eu mudo! Eu prometo! Eu... Vou reconhecer meu erro — Henri negava levemente com a cabeça.
— Como que eu vou acreditar em você? — Ela não responde. Apenas abaixa a cabeça.
— Já sei. Eu não vou pedir o divórcio, vou te dar mais uma chance — No fundo eu sabia que eles se amavam. Bruno e Celine já estavam juntos a 28 anos, meu pai queria que minha mãe fosse normal. E eu sabia que minha mãe gostava dele por perto sempre.
— A S/n vai ir embora de casa. Não achei que ela está escolhendo isso, ela vai morar no meu apartamento novo. Eu iria alugar ele, mas já que você colocou a gente nessa situação, eu quem vai tomar as decisões a partir de hoje. Você tem que entender, que é agente motivacional da S/N, não dona dela — Celine me olha como se não tivesse outra opção.
— Amanhã, eu irei leva-la ao treino, você vai ficar encarregada de arrumar as coisas dela. Quero que seja tudo de uma forma justa, e não adianta, você bateu em minha cara, e bateu na cara da sua filha. Deveríamos ganhar ao menos um pedido de desculpas — Henri ri.
— Olha mamãe. Se você conseguir mostrar que mudou, eu trago seu neto pra você conhecer — Olhamos para meu irmão. Menos meu pai.
— Filho? Que filho!? — Pergunto indignada.
— Eu e a Dani somos pais a uma semana. Resolvi esconder porque eu sabia que a louca da mãe já ia querer brigar com minha namorada. Então pra eu não me estressar, fazer meu filho e a Dani passar por isso. Resolvi não falar nada — Eu não estava nenhum pouco brava com ele. Dava toda a razão do mundo.
— Filho? Eu já sou avô?
— Caio Vivez Kriston.
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Demorei pra atualizar, mas tô providenciando o próximo cap, bjs de luz.
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Duelo - Flávia Saraiva/You
FanfictionDuas ginastas competem a anos para saber quem era a melhor do grupo, só não imaginavam que o duelo, terminaria em outra coisa