Dangerous love - Jeon Jungkook

Capítulo 25

Bem cedo ouvi risadas e uma voz desconhecida, Jungkook foi o primeiro a levantar. Sentei na cama encarando a porta em minha frente, ainda sonolenta e com os cabelos bagunçados, ando até o banheiro, retorno e vou até a porta, giro a maçaneta para abri-lá, mas algo me impede.

- Não acredito que ele fez isso. - Revirei os olhos ao ter certeza de que Jungkook me trancou no quarto.

Irritada, bato com força na porta. Ela que logo foi aberta por um homem alto e muito bonito.

- Tudo bem? - Ele perguntou.

Apenas o encarei sem dizer nada, estava hipnotizada por ele. Porém, nada que superasse Jungkook, ele sim é insuperável.

- S/n. - A voz grave de Jungkook me despertou do transe em que me encontrava.

Olhei para o mais velho que me fuzilava com o olhar, seus olhos desciam pelo meu corpo de forma incrédula. Só aí percebi que usava apenas uma camisola bem colocada no corpo, com um decote nos seios.

Jungkook imediatamente passou pelo homem, entrou no quarto me empurrando levemente para trás e fechou a porta.

- Por que esse alvoroço todo? - Perguntei e Jeon reforçou seu olhar incrédulo.

- Se troca. - Ele ordena.

- Não antes de me dizer por que me trancou aqui?

Jungkook me enrolou até onde pôde.

- Você por acaso está inseguro?

- Inseguro por que?

- Por causa do seu amigo. Ele é um homem interessante. - Digo o provocando. - Ele é chinês não é?

- Não interessa, e não, eu não estou inseguro. Apenas não confio no Jackson quando o assunto se trata de mulheres. - Ele diz irritado.

- Hum.

- Vai se trocar pra gente ir tomar o café da manhã. - Diz saindo.

Adoro quando ele fica irritado. Coloquei uma roupa confortável e fresca, após me arrumar desci pra tomar café. Lá estava o possessivo e seu amigo nada confiável, cumprimentei Jackson com um aperto de mãos e um sorriso fraco, sentei ao lado de Jungkook.

Os meninos se reuniram com a gente.

- Você é a famosa S/n, então. - Ele sorriu de forma sugestiva.

- Famosa?

- Sim, Jungkook me falou muito sobre você dias atrás.

Nem parece que ele tava com medo do amigo dar em cima de mim.

- Ah, foi mesmo?

Jackson assentiu.

- Sabe, olhando bem pra você. - Me encara profundamente. - Você me lembra alguém.

- Quem? - Perguntei.

- Uma garota que conheci meses atrás em uma viagem de negócios aqui, ela se chama Soyeon. É médica cirurgiã em Seul.

Soyeon? Isso só pode ser coincidência.

- A S/n tem uma irmã chamada Soyeon. - Taegyung diz. - E ela é médica também.

- Sério? - Jackson voltou a me olhar, assenti ainda surpresa. - Que coincidência.

- Você tem foto? - Perguntei.

- Tenho sim. - Ele me mostrou a foto em seu celular. - Nos conhecemos em um aplicativo de relacionamento.

Era mesmo a minha irmã, não sabia que ela gostava desse tipo de homem.

- Sua irmã é muito indecisa, saimos duas vezes e no terceiro encontro marcado, ela me deu um fora. - Sorriu sem graça. - Porém, ainda trocamos mensagens.

- Ela tá bem?

- Está sim, disse que estava voltando pra Busan para morar com os pais, pois perderam uma filha e estavam sofrendo m... - Ele para de falar.

Jungkook balançou a cabeça em negação para Jackson. Ele certamente não sabe que sou eu.

Eu estava ótima antes de saber que meus pais estão sofrendo. Me deu um embrulho no estômago e não consegui comer mais nada, levantei em silêncio e subi as escadas indo para o quarto.

Sentei na cama e deixei as lágrimas escaparem. Jungkook entrou no quarto com um olhar preocupado, veio até mim e sentou ao meu lado, me abraçou forte e acariciou meu cabelo.

- Não gosto de ver você chorando, me sinto mal por não poder fazer nada. - Apertou um pouco mais o abraço.

Me aconchego em seu abraço.

- O que posso fazer por você? Faço qualquer coisa. - Ele diz.

- Me deixaria ir até meus pais e contar tudo? Deve existir uma maneira de... - Ele se afasta.

- Eu não posso fazer isso, desculpa.

- Você disse que faria qualquer coisa, por que não pode fazer isso?

- Estarei colocando a sua vida em risco. - Limpa minhas lágrimas. - Não me peça isso outra vez, já sabe a minha resposta.

- Jungkook, por favor. - Implorei. - Prefiro morrer de uma vez por todas do que deixar meus pais sofrendo.

- Não fala isso, não está pensando direito. Se morrer de verdade, seus pais irão sofrer de novo, é isso que você quer?

Neguei.

- Então por favor, não insista. - Ele me puxou para outro braço.