O ginásio estava lotado, a atmosfera eletrizante das Olimpíadas do Rio 2016 mantinha todos em suspense. Rebeca Andrade se preparava para competir no salto, ciente de que todos os olhares estavam sobre ela.
Rebeca se posicionou na linha de partida, respirou fundo e começou sua corrida. Mas, no momento em que seus pés tocaram o trampolim, sentiu uma dor aguda na perna direita. Ela aterrissou de forma desequilibrada, caindo de joelhos no chão.
— Droga! — Rebeca sussurrou, tentando se levantar, mas sentindo o joelho ceder sob seu peso.
Os treinadores correram até ela, e um silêncio preocupante tomou conta do ginásio. Rebeca tentou afastar as lágrimas de frustração, enquanto os médicos avaliavam sua condição.
— Está doendo muito? — perguntou um dos médicos, enquanto examinava seu joelho.
— Sim, está — respondeu Rebeca, com os dentes cerrados. — Mas eu não vou chorar na frente de todos.
— Precisamos levá-la para exames mais detalhados — disse o médico, sinalizando para que a levassem para fora da arena.
Enquanto era retirada em uma maca, Rebeca manteve o olhar fixo no teto, ignorando a dor física e emocional. Simone Biles, assistindo à cena, sentiu uma onda de tristeza ao ver Rebeca sair da arena.
Simone se aproximou, ainda em choque com o que havia acabado de acontecer.
— Rebeca, sinto muito — disse Simone, sua voz cheia de preocupação.
— Não precisa se preocupar comigo, Simone — respondeu Rebeca, com a voz dura, mas carregada de dor. — Eu ainda não acabei. Eu vou voltar mais forte.
Simone assentiu, respeitando a determinação de Rebeca. Ela sabia que, por trás daquela frieza, havia uma força que não podia ser subestimada.
Rebeca estava deitada na cama do hospital, o som das máquinas monitorando seu estado era a única coisa que quebrava o silêncio da sala. O joelho estava enfaixado, e a dor, embora controlada pelos analgésicos, ainda latejava de vez em quando. Ela estava imóvel, olhando para o teto, seus pensamentos presos ao momento em que tudo desmoronou.
Uma batida suave na porta chamou sua atenção. Era Simone Biles, que entrou na sala com um olhar de preocupação. Ela carregava uma pequena bolsa e tentou esconder a inquietação ao ver Rebeca deitada, tão vulnerável.
— Você tá bem? — perguntou Simone, aproximando-se lentamente.
Rebeca virou o rosto, sem responder de imediato, os olhos fixos no teto. Depois de alguns segundos, soltou um suspiro.
— O que você acha? — respondeu Rebeca, sua voz fria e distante. — Acabei de ver meu sonho ser arrancado de mim. Como você acha que estou?
Simone mordeu o lábio, sabendo que não havia resposta certa para aquela pergunta.
— Eu trouxe uma coisa pra você — disse Simone, tirando um livro da bolsa. — Achei que talvez ajudasse a passar o tempo.
Rebeca olhou de relance para o livro, mas não fez nenhum movimento para pegá-lo.
— Obrigada, mas não acho que um livro vá consertar meu joelho — retrucou Rebeca, sarcástica.
Simone não se deixou abalar. Ela colocou o livro na mesa ao lado da cama e puxou uma cadeira para sentar.
— Não vai, mas talvez ajude a manter sua mente ocupada. Sei que as coisas estão difíceis agora, mas isso não é o fim, Rebeca. Você tem tanta força, tanta determinação. Eu sei que você pode superar isso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A simplicity on the podium (Primeira Temporada Concluída)
FanfictionUma Simplicidade Para Um Pódio acompanha Rebeca Andrade em sua jornada em busca do topo do pódio. Com determinação e humildade, ela enfrenta desafios pessoais e profissionais, aprendendo que a verdadeira vitória vai além das medalhas. Ao longo do ca...