A simplicity on the podium (Primeira Temporada Concluída)

Chapitre 33

A escola de ginástica estava cheia de crianças, todas com uma energia incontrolável. O ambiente, quase um reflexo do que Rebeca sentia dentro de si, era animado e cheio de movimento. Para ela, era difícil lidar com a ideia de deixar Théo seguir em frente e crescer. Mas sabia que, às vezes, era necessário. Afinal, a ginástica poderia ser uma maneira de ele canalizar tudo aquilo que ele sentia, suas inseguranças e sua sede por desafios.

Théo estava hesitante, mas a curiosidade estava estampada em seu rosto. Ele adorava explorar o novo, mas o medo do desconhecido o fazia hesitar, uma reação natural para alguém de sua idade. A mãe sabia disso e, por mais que quisesse protegê-lo, entendia que o primeiro passo em qualquer jornada era o mais difícil.

A escola de ginástica, com seus espelhos e equipamentos, parecia quase intimidante para Théo. Mas ali, ele estava começando a descobrir que seu corpo podia fazer coisas que ele nem imaginava. Cada salto, cada movimento, era como uma pequena vitória para ele. A professora observava atentamente, avaliando o potencial de cada aluno, mas Rebeca sabia que o mais importante não era a perfeição técnica. Era o quanto Théo estava disposto a aprender, a cair e levantar, a se superar.

Por mais que ela tentasse disfarçar, Rebeca estava nervosa, cheia de expectativas. Ela sabia que aquele era um marco, um ponto de virada na vida do filho. A ginástica não era apenas sobre aprender a realizar piruetas ou saltos complexos. Era sobre o processo. O esforço. O crescimento pessoal.

Enquanto Théo se concentrava nas primeiras lições, ela se permitiu observar a sala e os outros alunos. Muitos estavam tão envolvidos no que faziam que o tempo parecia passar despercebido. Rebeca sorriu para si mesma, lembrando-se de quando ela mesma, jovem, tentava se encaixar em um mundo que parecia tão grande. Ela via algo similar em Théo, uma sensação de busca, de querer encontrar seu próprio caminho.

Mas, no final das contas, o que mais importava para ela era saber que ele estava ali, fazendo algo que realmente amava. Ele estava aprendendo a se desafiar, a ir além dos seus limites, e ela sabia que isso o tornaria mais forte, mais confiante. Para Rebeca, isso era o suficiente.

Mamãe Simone, mamãe Rebeca, não vão!— Théo chora, vendo elas irem embora, enquanto abraça a professora.

— Vai ficar tudo bem, meu amor, elas vão voltar logo,— disse a professora, acariciando suavemente o cabelo de Théo enquanto o abraçava com ternura.

— Olha, professora, o que eu sei fazer!—Théo executa todos os movimentos na barra com habilidade, antes de descer e correr para ficar com seus colegas.

— Vai ficar tudo bem, meu amor, elas vão voltar logo— disse a professora, acariciando suavemente o cabelo de Théo enquanto o abraçava com ternura.

–Professora fofa theo gostou da aula até amanhã tia–Theo fala sorrindo

Theo caminha ao lado de Flávia, a escola agora ficando para trás. O som das vozes dos outros alunos se mistura com o barulho das ruas, mas Theo está distante. Ele sente a leveza de finalmente poder sair do ambiente apertado e silencioso, mas também há uma sensação estranha de transição. O que ele viveu ali parece, de alguma forma, mais distante agora. A rotina das aulas, os amigos, os desafios do dia a dia — tudo se mistura, tornando-se apenas mais um pedaço da sua história, uma história que ele está começando a escrever de uma forma diferente.

Flávia, ao seu lado, parece estar conversando, mas ele mal escuta as palavras. Seus pensamentos são um emaranhado de emoções. Ele quer falar, quer compartilhar algo, mas não sabe como. A sensação de cansaço do dia também parece ficar com ele, pesando seus ombros. Ele olha para a rua movimentada e tenta encontrar um momento de silêncio em sua mente, mas tudo que consegue ouvir é a batida acelerada do seu coração.