A simplicity on the podium (Primeira Temporada Concluída)

Chapitre 24

Rebeca estava no hospital, já em estágio avançado de trabalho de parto. As contrações eram intensas e implacáveis, e ela se contorcia na cama, tentando encontrar alguma posição que a fizesse sentir menos dor. O médico e as enfermeiras davam instruções rápidas e precisas, mas sua mente estava focada apenas nas ondas de dor que tomavam conta de seu corpo. Simone estava ao seu lado, segurando sua mão com força, enquanto Rebeca tentava respirar fundo a cada contração.

- Jade, eu não estou aguentando mais! Por favor, chama a Simone para me ajudar, acho que vou morrer! É sério, Jade, me socorre! - Rebeca fala gemendo de dor, olhando para Jade.

- Mas só pode entrar quem está com os equipamentos. Você vai ter que esperar a sua esposa, já já ela vem, mas agora não, por favor, Rebeca, continua fazendo força. O doutor vai mais rápido, ai... - diz Jade, preocupada.

- Júlia, por favor, chama a Simone! Eu estou implorando, não seja ruim como a Jade, chama ela para mim agora! - diz Rebeca, fazendo mais força do que pode.

Simone sentou-se na sala de espera, seu corpo inquieto, correndo para lá e para cá, tentando lidar com a ansiedade. O som da porta do hospital se abrindo e fechando a fazia se levantar a cada momento, mas ninguém vinha. O tempo parecia uma eternidade. Ela queria estar ao lado de Rebeca, não podia esperar mais. Seu coração estava apertado, seu corpo em constante tensão. Ela se levantou, olhando em volta, mas ainda não sabia o que fazer. A dor de ver Rebeca naquela situação, sem poder ajudá-la, estava consumindo-a. Ela precisava estar lá, ela sabia disso. Não conseguia esperar mais.

Simone levantou-se de repente, sua mente girando. Ela caminhou de um lado para o outro, tentando aliviar a tensão nas pernas, mas a angústia a acompanhava como uma sombra. Cada passo parecia mais pesado que o anterior. Ela passava as mãos pelos cabelos, sentindo-se impotente, como se o tempo estivesse zombando dela. O medo de que algo inesperado pudesse acontecer a fazia apertar as mãos contra as coxas, como se precisasse segurar algo para não desmoronar. Não havia como controlar a situação. A ansiedade batia forte, e o pensamento de que ela não poderia proteger Rebeca a atormentava.

A sala de espera parecia cada vez mais fria, os outros pacientes e visitantes se tornando figuras distantes e irreais. Simone tentou focar em uma revista na mesa de café, mas as palavras estavam borradas, sem sentido. O único som que preenchia a sala era o leve zumbido do ventilador e o ritmo acelerado de sua respiração. A sensação de estar esperando por algo que ela não poderia controlar a fazia se sentir desconectada, como se o mundo lá fora estivesse distante e tudo o que importava estivesse ali, atrás da porta, com Rebeca.

A cada ruído vindo do corredor, seu coração disparava. Cada passo rápido fazia seu estômago revirar, seu corpo reagindo ao que não podia ver. Ela queria estar lá, ao lado de Rebeca, para segurá-la, para tranquilizá-la, mas a distância era sufocante. O peso da espera parecia aumentar, e o medo, que ela tentava controlar, transbordava a cada minuto que passava. Ela só queria que a dor de Rebeca passasse, que tudo ficasse bem, mas a incerteza se agarrava a ela como uma nuvem escura. O tempo não passava e, ao mesmo tempo, parecia se arrastar como se as horas tivessem se distorcido. Tudo o que Simone queria era a confirmação de que tudo acabaria bem.

-Estou aqui amor, faz força agora, nosso pequeno ou pequena precisa vir agora. Você está ficando pálida já, eu estou feliz com a chegada, mas por favor, faz força, Rebeca, agora - diz Simone, preocupada.

- Agora eu estou fazendo toda a força que eu posso! Ah, por favor, venha logo, pequeno ou pequena! Mamãe te ama de todas as formas, mas eu não estou aguentando! - diz Rebeca, fazendo força.

- Nasceu, mamães, nasceu um lindo menino! Parabéns para as senhoras Simone biles e Rebeca Andrade Ele nasceu com 4 quilos e 200 gramas. Parabéns, vocês são muito fortes! Isso é que é força. Podem ir para o quarto agora, e Rebeca, parabéns, guerreira! - diz o doutor, pegando o bebê no colo.