who will dry your eyes when it falls apart?

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Na manhã seguinte, acordei com uma sensação estranha

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Na manhã seguinte, acordei com uma sensação estranha. Abri os olhos e percebi que não estava no meu quarto, nem na minha cama. Estava nua, deitada na cama de Lucas. Meu coração começou a bater mais rápido e uma onda de confusão me envolveu.

"Não, não, não..." murmurei, tentando me acalmar enquanto olhava em volta. Sentia um pânico crescente. Levantei-me com pressa, procurando minhas roupas espalhadas pelo chão. Encontrei a camiseta que usei na noite anterior e a vesti, minhas mãos estavam trêmulas. A calcinha estava embaixo da cama e, ao pegá-la, a ansiedade só aumentou.

Lembrei da noite passada com clareza. Eu e Lucas... tivemos momentos intensos. Havia sido incrível, mas agora, ao pensar nisso, tudo parecia tão perturbador. A imagem de Lucas sobre mim, o prazer que compartilhamos, não saía da minha cabeça. Eu estava assustada e confusa.

Fui ao banheiro e, enquanto pisava no pedal do lixo para jogar o papel, o que vi me deu um choque: um preservativo usado. Foi como um tapa na cara. A realidade de tudo que aconteceu bateu com força. Meu peito estava apertado e a sensação de desamparo era esmagadora. O que eu deveria fazer? Lucas não estava ali. Será que ele não queria mais falar comigo? Será que tinha se arrependido?

Sentindo uma necessidade desesperada de me distrair, fui para a cozinha, tentando encontrar algo que pudesse me acalmar. Peguei um pouco de iogurte e um pedaço de pão, mas nada parecia ter gosto. O medo e a incerteza tomavam conta de mim. Eu precisava saber o que Lucas estava pensando.

Eu estava em pânico, tentando organizar meus pensamentos na cozinha, quando ouvi a porta da frente se abrindo. Meu coração disparou mais uma vez, e eu me virei, com a mente ainda turva. Da pia, vi Lucas entrando com algumas sacolas de mercado, um sorriso iluminando seu rosto.

"Bom dia, Verônica!" ele exclamou alegremente. "Fui ao mercado comprar algumas coisas para o café da manhã." Ele começou a tirar os itens das sacolas e puxou uma garrafa de suco de uva integral, com um sorriso satisfeito. "Comprei isso pra você."

Eu o observei, atônita com a naturalidade com que ele estava tratando tudo. Agradeci o suco, mas minha mente estava girando. Precisava falar com ele, mas as palavras pareciam presas na minha garganta. Pigarreei, tentando encontrar coragem.

"Lucas," comecei, a voz quase um sussurro, "não tem nada que você queira me dizer?"

Ele parou o que estava fazendo e olhou para mim, notando a tensão no meu rosto. "O que foi?" perguntou, claramente preocupado.

Suspirei, sentindo um calor crescente no rosto. "É que... nós... transamos ontem à noite."

Lucas soltou uma risada leve, surpreendendo-me com sua reação despreocupada. "Sim, nós transamos. E foi ótimo," disse ele, ainda rindo um pouco.

Fiquei incrédula. "Você está levando isso tão... naturalmente?" perguntei, a confusão estampada no rosto.

Ele notou a seriedade na minha expressão e se aproximou, tentando me acalmar. "Olha, não tem problema nenhum pra mim," disse, com um tom suave e tranquilizador. "Tudo continua igual. Não se preocupe."

Tão Perto | Lucas InutilismoOnde histórias criam vida. Descubra agora