and I get the feeling that you'll never need me again

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Depois de muito conversar, finalmente todos concordaram em ir para a praia. O sol ainda brilhava alto no céu, então nos preparamos para aproveitar o resto da tarde. Fui com Triz, Luana e Luma, deixando as outras pessoas para trás. Gabriela tentava se entrosar com elas, especialmente com Luana e Luma, mas elas não estavam muito abertas à conversa, embora fossem educadas e simpáticas.

Eu estava ao lado de Triz, que estava super animada, e Luana e Luma, que pareciam estar na mesma vibe. O grupo estava dividido entre os que estavam mais entrosados com Gabriela e os que pareciam estar tentando se adaptar à nova dinâmica. Lucas e Gabriela estavam sempre juntinhos, rindo e conversando com as amigas dela. Lucas parecia completamente diferente do que eu me lembrava, mais carinhoso e envolvido do que o habitual.

Enquanto conversávamos e nos preparávamos, percebi que Lucas e Gabriela estavam constantemente se tocando, sussurrando um para o outro. Isso me deixou um pouco desconfortável, um sentimento que eu tentei esconder. Em vez de me deixar abater, me concentrei em me divertir e manter a conversa fluída com Triz e as outras.

Com o passar do dia e a aproximação do anoitecer, a ideia de acender uma fogueira ganhou força. A energia estava mudando, e a expectativa de algo mais descontraído parecia promissora. Todos se reuniram ao redor da fogueira, e logo Lucas e Marcelo estavam tocando violão. A melodia das músicas se misturava com as risadas, criando uma atmosfera acolhedora.

Luana começou a cantarolar algumas músicas, e eu me juntei timidamente ao coro. A voz dela era doce e envolvente, e eu senti um certo conforto em meio à música e ao calor da fogueira. Triz estava ao meu lado, me animando para cantar mais alto, e eu tentei me soltar um pouco mais. A noite estava se tornando mágica, e eu me vi absorvendo o momento.

"É ótimo poder relaxar assim," eu disse para Triz enquanto acompanhava o ritmo da música.

Ela sorriu e respondeu: "Com certeza! E a vista aqui é incrível."

As conversas e as músicas continuaram a fluir, e o clima leve ajudava a dissipar qualquer tensão que eu ainda pudesse sentir. Apesar do dia ter começado um pouco complicado, eu estava começando a me sentir mais integrada e menos afetada pelas dinâmicas entre Lucas e Gabriela. A noite estava terminando melhor do que eu havia imaginado, e eu estava pronta para aproveitar ao máximo o que restava da viagem.

Na manhã seguinte, todos acordaram cedo. O sol estava apenas começando a iluminar o céu quando eu desci para a cozinha. O aroma do café fresco já estava no ar, e encontrei Zero, Calango e Lucas ocupados preparando o café da manhã. "Bom dia, pessoal," eu disse, tentando esconder o sono na minha voz.

Lucas sorriu ao me ver e me chamou: "Ei, Verônica, vem cá." O tom de sua voz era amistoso, mas eu senti um frio na espinha. Com um leve desconforto, me aproximei dele.

"Tem algo que eu possa fazer para ajudar?" perguntei, tentando parecer natural.

Lucas me olhou com um sorriso brincalhão e disse: "Você pode fazer aquele pão com ovo que só você sabe preparar? Só você faz do jeito certo."

Eu ri. "Claro, eu faço para você." Peguei os ingredientes na geladeira e comecei a preparar o pão com ovo. Enquanto mexia na panela, senti a presença de Zero ao meu lado.

"Se não for incômodo, eu também gostaria de um pão com ovo," Zero disse, quase me abraçando por trás com um tom descontraído.

"Sem problemas," eu respondi, com um sorriso. "Eu faço para você também."

Enquanto eu estava ocupada com os pães, Lucas e Calango estavam cortando frutas para uma salada. Zero, com um olhar curioso, se aproximou ainda mais, com uma expressão de interesse. "Eu nunca aprendi a cozinhar nada," ele comentou.

Tão Perto | Lucas InutilismoOnde histórias criam vida. Descubra agora