Verônica e Lucas, amigos inseparáveis, compartilham uma conexão única desde o momento em que se conheceram. Ao longo dos anos, sua relação evolui entre altos e baixos, com memórias compartilhadas, momentos inesquecíveis e decisões difíceis. O que co...
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Eu estava imersa no meu trabalho, os olhos fixos na tela do computador enquanto o cursor piscava impaciente. O calor do verão em janeiro estava insuportável, e o ventilador no canto do quarto parecia mais um adereço decorativo do que uma ajuda real. O cliente estava reclamando da ilustração que eu havia mandado, alegando que ainda precisava de ajustes, mesmo sabendo que eu estava ciente disso. Bufava irritada e xingava baixinho, desejando que a situação acabasse logo.
Foi quando ouvi a voz de Lucas, meio descontraída, na porta do quarto. Levantei os olhos, visivelmente irritada.
"Oi, Vero. Tudo bem?" Ele parecia mais relaxado do que eu poderia imaginar.
"Não, Lucas. Não tá tudo bem," respondi com um tom frio. "Tô com um cliente me enchendo o saco, então... você pode me deixar sozinha?"
Ele fez uma careta e, sem perder a animação, disse: "Já sei o que você precisa! Uma pausa pra sair comigo. O que acha? A gente vai dar uma volta, respirar um ar fresco..."
Fechei os olhos por um momento, esfregando as têmporas com as pontas dos dedos. A última coisa que eu queria era sair, especialmente com o calor insuportável lá fora.
"Lucas, de verdade... não tô no clima. Só preciso terminar isso aqui. Vai, me deixa, por favor."
Lucas suspirou dramaticamente, mas continuou insistindo. "Certeza? A gente pode ir ao barzinho ali perto, comer alguma coisa... um drink, quem sabe? Vai te fazer bem."
"Lucas, eu já falei que não. Por favor, só me deixa terminar aqui." A irritação na minha voz era evidente, como se qualquer insistência pudesse me fazer explodir.
Foi quando Marcelo entrou no quarto com uma autoridade que fez o clima mudar instantaneamente.
"Verônica, levanta daí agora! Vai se trocar que a gente tá te esperando na sala," ele ordenou, sem espaço para discussão.
Eu o olhei com uma expressão de surpresa, ainda tentando processar o que estava acontecendo.
"Como é?"
Marcelo cruzou os braços e me olhou com uma expressão firme. "Você ouviu. Tira essa cara amarrada, troca de roupa e vem com a gente. Hoje você não tem escolha."
Olhei para Lucas, procurando algum tipo de apoio ou explicação, mas ele só deu um sorriso travesso e encolheu os ombros. "Ele que mandou," ele disse, antes de sair do quarto com Marcelo.
Bufei, derrotada. Sabia que, quando Lucas e Marcelo se juntavam, era praticamente impossível escapar. Me levantei devagar, sentindo o calor sufocante do dia. "Eu não acredito nisso..." murmurei para mim mesma enquanto ia até o armário, procurando uma roupa mais leve.
Me levantei, sentindo o calor sufocante do dia e escolhi um vestido curto de alças finas, azul marinho com bolinhas brancas. Era leve e confortável, o que parecia apropriado para a situação. Calcei meu all star, que estava bem gasto de tantas batalhas, peguei meu celular e saí do quarto.
