46 - Interrupção

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~Pov Livia~

Já de volta a minha sala, meu dia seguiu normal, mas, vez ou outra, eu pegava meus pensamentos desviando para o jantar. A ideia de passar mais tempo com Richard, longe do ambiente de trabalho, me fazia sorrir.

Após acabar meu expediente, encontrei com Rios no estacionamento, e fomos para sua casa.

O apartamento estava imerso em uma luz suave, com a playlist tranquila que ele colocara enchendo o ambiente. Sentada no sofá, eu o observava enquanto mexia no celular, tentando decidir o que pedir. A preguiça de cozinhar tinha vencido, e a escolha óbvia foi comida chinesa.

- Acho que já pedi o suficiente pra gente. - ele disse, largando o celular e se jogando no sofá ao meu lado - Agora só falta esperar.

- Que bom que você não exagerou dessa vez. - brinquei, lembrando da última vez que ele pediu comida e o entregador trouxe quase um banquete inteiro.

Ele soltou uma risada, inclinando-se ligeiramente em minha direção.

- Sem exageros hoje, promessa. - ele sorriu daquele jeito tranquilo que sempre me fazia relaxar.

Enquanto esperávamos pela comida, contamos como tinha sido o dia. Richard falou sobre o treino puxado e as provocações no vestiário, enquanto eu mencionei o trabalho no CT e o quanto eu ainda estava me ajustando a essa nova dinâmica entre nós dois.

- Você é bem mais famosa agora, né? - ele brincou, me olhando de canto, com aquele brilho de provocação nos olhos - Eu diria que a repercussão do nosso namoro foi... interessante.

- Ah, claro! Famosa por causa de um jogadorzinho... - provoquei de volta, cutucando o braço dele. Ele revirou os olhos, rindo.

- Jogadorzinho? Se liga, Livia. Vou ter que te lembrar o quão bom eu sou em... várias áreas? - inclinou-se para mais perto, o tom de voz mais baixo, carregado de insinuações.

- Ah, é mesmo? - dei uma risadinha sarcástica, mas a proximidade dele e o calor que emanava do corpo já estavam me distraindo - Estou curiosa...

O sorriso dele se alargou, e Richard tomou a iniciativa.

O beijo começou calmo, nossos lábios se tocando lentamente, mas logo evoluiu para algo mais excitante, como normalmente vinha acontecendo com a gente. Ele me puxou para mais perto e, sem perceber, me vi deitada no sofá, com o peso confortável do corpo dele sobre o meu.

As mãos dele começaram a vagar pelo meu corpo, deslizando devagar, como se ele quisesse memorizar cada detalhe. Quando os lábios do Colombiano desceram para a minha mandíbula, e depois para a clavícula, senti meu corpo inteiro arrepiar. Instintivamente, meus dedos se enredaram nos cabelos dele.

O jogador suspirou contra a minha pele, e eu pude sentir o quanto ele estava envolvido naquilo.

Cada beijo que ele deixava fazia com que a tensão entre nós dois crescesse ainda mais. Eu sabia que estávamos caminhando para algo inevitável... até que o som agudo do interfone preencheu o apartamento.

Richard parou, respirando pesado e frustrado. Ele fechou os olhos por um segundo, como se estivesse tentando processar o que acabara de interromper a gente. Eu, por outro lado, comecei a rir, incapaz de conter o humor da situação.

- Eu não acredito... - ele murmurou, levantando-se com uma expressão derrotada - É sério isso?

- Parece que a comida chegou. - disse, ainda rindo, enquanto ele se afastava bravo.

Ele caminhou até o interfone, pegou o aparelho e falou rapidamente com o porteiro. Quando desligou, se virou para mim com uma expressão de desapontamento.

Meu Eterno Camisa 27 | Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora