41 - Boba nem Inocente

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~Pov Richard~

O barulho da água do chuveiro caía sobre mim, misturando-se aos gritos de euforia que ainda ecoavam pelo vestiário. 

Eu mal podia acreditar que havíamos vencido. Tínhamos conquistado o título do Brasileirão, e meu gol selou a vitória.

Passei a mão pelos cabelos molhados e desliguei o chuveiro, tomando uma respiração profunda para tentar me acalmar. Após me vestir e sair do vestiário, fui em direção à festa de comemoração que a diretoria havia organizado.

A atmosfera era eletrizante, com música alta, luzes piscando e pessoas já festejando como se não houvesse amanhã. Eu mal entrei e já fui cercado por colegas de time, membros da comissão técnica, até mesmo alguns torcedores sortudos que tinham conseguido convite.

- Parabéns, Rios! Que golaço, cara! - ouvi de um lado, enquanto um torcedor mais jovem segurava minha mão em um aperto firme.

- Você é o cara! - gritou outro, me puxando para um abraço caloroso.

Dei risada, tentando absorver o carinho que estava recebendo de todos. Era um momento que eu sonhei durante toda a minha vida.

- Vamos lá, campeão! Um brinde! - um dos meus companheiros de equipe, Murilo, me entregou um copo cheio de energético, e brindamos com um sorriso.

Mal encostei a bebida nos lábios, e meu celular vibrou no bolso. Peguei o aparelho e vi a mensagem que esperava. 

"Cheguei. Onde você tá?"

Olhei ao redor, e então a vi. Porra, como eu vi.

Campos estava parada perto da entrada, e o mundo ao meu redor simplesmente desapareceu. 

O vestido tubinho preto que ela usava abraçava cada curva do seu corpo, valorizando cada detalhe que eu adorava. O cabelo que normalmente variava entre cachos e ondas suaves, agora estava liso, caía sobre os ombros. A maquiagem escura destacava ainda mais aqueles olhos que me deixavam hipnotizado. Ela estava linda. Não. Ela estava absolutamente perfeita. Tive que me forçar a respirar, porque só de olhar para ela meu coração acelerou.

Caminhei em direção a ela, sem desviar o olhar. Quando parei em frente, quase perdi o fôlego de novo. 

- Você está... deslumbrante . - eu disse, sentindo minha voz rouca - Uma deusa.

Ela corou, um sorriso tímido mas também travesso brincando nos lábios enquanto mordia de leve o canto da boca. 

- Obrigada. - respondeu, com um brilho nos olhos - Tudo isso é pra você, só pra você.

Senti um arrepio percorrer minha espinha. Cada palavra dela parecia uma provocação, uma tentação. 

- Que sorte minha, então. - sussurrei, sem conseguir desviar o olhar dela. Meu corpo inteiro parecia responder a ela, e eu mal conseguia me controlar.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, Livia piscou e se afastou, indo em direção à Gaby. Me deixou ali, parado, tentando me recompor. Meu Deus, que mulher.

Fiquei observando-a por um tempo, enquanto ela conversava e ria. Não conseguia desviar os olhos, não importava quantas pessoas falassem comigo. O jeito como o vestido se moldava ao corpo, como cada movimento dela era um convite... Eu estava perdido.

Em um momento, meus olhos desceram, e me peguei olhando para a bunda dela. Não me importei. Como eu poderia evitar? Ela estava simplesmente perfeita. Mordi o lábio, tentando me controlar, mas tudo o que queria era atravessar o salão e agarrá-la ali mesmo.

Continuei tentando participar da festa, porém minha cabeça estava longe. Meus amigos falavam comigo, mas eu mal conseguia prestar atenção. E então, a vi na pista de dança. 

A música alta, as luzes piscando, e ela... Ela se movia como se fosse a única pessoa no lugar. Os quadris balançavam no ritmo da música, o corpo ondulando de uma forma que me deixou louco.

Merda.

Levantei-me sem pensar duas vezes e caminhei em direção a ela. Quando me aproximei, Livia me notou, mas em vez de parar, continuou dançando, me provocando. Aqueles olhos me encaravam como se soubessem exatamente o que estavam fazendo, como se ela quisesse me ver perder o controle.

Minhas mãos foram direto para a cintura dela, puxando-a contra mim. O calor do corpo dela contra o meu, o cheiro dela... tudo me fazia querer mais. 

- Você sabe exatamente o que está fazendo comigo, não sabe? - eu sussurrei no ouvido dela, tentando manter minha voz firme.

- Não faço ideia do que você está falando, Montoya. - ela retrucou, um sorrisinho insolente nos lábios, continuando a se mover contra mim. Os quadris dela se esfregando nos meus de uma maneira que me deixou mais excitado.

- Mentira. - murmurei, rindo - Você sabe sim, Campos. Não é boba e muito menos inocente.

Ela riu também, e a sensação daquela risada me fez arrepiar. O que diabos está acontecendo comigo?

- Ok. Talvez eu saiba. - admitiu, provocante, deslizando as mãos pelos meus braços, subindo até meus ombros - Mas e você, o que vai fazer a respeito?

A provocação na voz dela foi a gota d'água. 

Peguei a mão da morena e a puxei, sem me importar com as pessoas ao redor. Ela não resistiu, apenas me seguiu com aquele sorriso malicioso que me deixava louco. Eu a levei até um canto mais escuro, mais afastado, onde ninguém nos incomodaria.

Pressionei Livia contra a parede, as mãos apoiadas dos dois lados do corpo dela, puxando-a para mim, sem dar chance para ela escapar. 

- Você gosta de brincar comigo, não é? - perguntei, os olhos fixos nos dela.

Ela me encarou, um brilho desafiador no olhar. 

- E se eu gostar? - sussurrou, inclinando-se para mais perto, os lábios quase tocando os meus. 

Eu não respondi. Não com palavras, pelo menos. Em vez disso, capturei os lábios dela nos meus, um beijo cheio de urgência e desejo. 

Ela correspondeu com a mesma intensidade, os braços envolvendo meu pescoço enquanto nossas línguas se encontravam em um ritmo selvagem. Eu senti as mãos dela deslizarem pelo meu peito, e minha própria mão não foi inocente, explorava o corpo dela, deslizando pelas costas, subindo até a nuca, buscando por mais contato.

Quando senti que não estava perto o suficiente, uma das minhas mãos desceu até a bunda dela, levantando a barra do vestido e apertando com firmeza. Ouvi Livia arfar contra os meus lábios, o que só me fez querer mais.

- Você é inacreditável, sabia disso? - murmurei entre um beijo e outro.

- Eu sei. - ela respondeu, sem fôlego, com um sorriso de satisfação - Mas você me adora.

- Te adoro? - perguntei, rindo, encostando a testa na dela - Eu sou louco por você.

Ela me puxou para mais perto, os lábios voltando a encontrar os meus, e eu soube naquele momento que, se continuássemos ali, as coisas iam sair do controle.

- Campos... - murmurei, sentindo minha respiração acelerada - Acho que é melhor nós irmos embora.

Ela assentiu, os olhos brilhando de forma travessa. 

- Então me leva. - respondeu, maliciosa, mordendo meu lábio inferior antes de sorrir. Aquilo foi o estopim.

Peguei a mão dela, entrelaçando nossos dedos, e voltei para a parte principal da festa.

Nos despedimos rapidamente dos nossos amigos, e pude sentir os olhares curiosos deles, mas nada mais importava. Minha noite estava prestes a se tornar perfeita.

Eita que o fogo no rabo resolveu marcar presença!

Entramos nos 20 capítulos finais...

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Meu Eterno Camisa 27 | Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora