57 - Sorriso Bobo

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~Pov Richard~

O Palmeiras voltou para o campo com uma energia renovada.

A torcida estava animada, e o som dos gritos e palmas ajudava a impulsionar nossa moral. Eu me posicionei novamente, com a mesma determinação que sempre levava ao campo. A sensação de estar de volta à ação, de sentir a grama sob os pés e o peso da bola, era quase terapêutica.

Nos primeiros minutos do segundo tempo, o time adversário parecia mais agressivo. As jogadas eram rápidas e intensas, e eu me vi mais uma vez no centro das ações, correndo de um lado para o outro. A dor na cabeça parecia se misturar com a adrenalina, fazendo com que eu me sentisse mais alerta e focado.

Em um determinado momento, recebi um passe de Goméz e me preparei para um chute. No entanto, antes que eu pudesse completar o movimento, um jogador do outro time veio com uma entrada dura. A bola foi desviada, e eu acabei caindo com força, mais uma vez.

A dor explodiu em meu corpo, e eu caí no chão, novamente, tentando recuperar o fôlego. O árbitro rapidamente parou o jogo, e o médico veio correndo para me ajudar. Eu podia sentir o lábio sangrando de novo, e a visão de Livia na beira do campo, com a expressão de preocupação estampada no rosto, fez o coração acelerar ainda mais.

- Rios, você tá bem? - Estevão perguntou, agachando-se ao meu lado com a voz cheia de preocupação.

- Tô... só um pouco dolorido. - respondi, tentando manter a calma enquanto o médico examinava o corte.

- Tá ficando preocupante. Já é a segunda vez que isso acontece, é motivo pra vermelho... - Piquerez comentou.

- Eu vou ficar bem. - garanti, tentando dar um sorriso, mesmo que o lábio machucado não ajudasse - Só preciso terminar o jogo.

O médico fez uma última verificação e me deu uma leve batida no ombro.

- Está tudo bem, mas você tem que ficar atento. Se sentir alguma coisa estranha, alguma tontura ou dor na cabeça, avise imediatamente.

Concordei, me levantando e olhando para Livia, que estava na lateral do campo com um olhar alarmado.

- Eu tô bem, te prometo. - falei articulando bem, torcendo para que ela fizesse algum tipo de leitura labial.

O olhar dela suavizou, e então, mandei um beijo e fiz um coração para ela. Ela sorriu boba, e retribuiu o beijo no ar.

O Palmeiras estava pressionando o time adversário, e a batalha em campo estava cada vez mais intensa. Cada movimento, cada passe, cada chute se tornava uma luta para se manter no controle e aproveitar as oportunidades.

Com o time adversário recuado, consegui me posicionar na área e recebi um passe perfeito de Rony. Com a bola no pé e uma visão clara do gol, tomei a decisão de chutar.

- Vai, Rios! - ouvi alguém gritar da arquibancada, a voz era um impulso a mais para seguir em frente.

Com uma finalização precisa, acertei a bola que foi direto para o fundo das redes. Gritei em celebração, sentindo uma onda de alívio e triunfo.

O time adversário começou a pressionar novamente, mas o Palmeiras se manteve firme na defesa. Cada jogador estava empenhado em garantir a vitória, e o segundo tempo parecia ser o momento que precisávamos para provar nossa força.

Quando o apito final soou, a vitória foi nossa. O estádio explodiu em celebração, e eu me vi cercado pelos companheiros de time, todos comemorando a conquista.

O cansaço era evidente em cada movimento, mas a sensação de realização e a alegria da vitória compensavam qualquer dor. Livia estava na beira do campo, seus olhos brilhando de orgulho e alívio.

Meu Eterno Camisa 27 | Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora