46 - Uma Rapidinha

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~Pov Richard~

O jantar com meus pais tinha sido exatamente o que eu esperava: uma mistura de momentos descontraídos e aquele toque de tensão que sempre paira no ar quando se apresenta alguém importante para a família. 

Livia, por outro lado, parecia incrivelmente à vontade. Ela sorriu, conversou com eles, e até conseguiu fazer minha mãe dar uma risada alta quando contou a história das nossas aventuras em Noronha. Vê-la tão confortável me trouxe uma paz que eu não entendia, mas havia algo a mais ali, algo que eu sabia que a incomodava, embora não falasse.

Subimos para o quarto, e o silêncio nos acompanhou até eu fechar a porta. Senti a necessidade de me aproximar dela, de sentir que, apesar de todas as incertezas, ela ainda era minha naquele momento. 

A puxei para perto, minhas mãos firmes em sua cintura, e a beijei como se minha vida dependesse daquilo. Campos correspondeu de imediato, o calor do seu corpo se misturando ao meu, e por um momento, eu pensei que a tensão que se acumulou durante um momento do jantar, finalmente encontraria um escape.

Mas, como sempre, minha namorada tinha o controle. 

Ela se afastou de repente, uma mão pressionando meu peito, criando uma barreira entre nós. 

- Richard, calma. - ela disse, um sorriso brincando em seus lábios - Eu não vou transar com você na casa dos seus pais.

Dei um suspiro, revirando os olhos de propósito. 

- Sério? Nem se fizermos bem baixinho? Ninguém vai ouvir, prometo.

Ela riu, balançando a cabeça. 

- Não, não vai rolar. - afirmou, ainda sorrindo, mas seu tom era definitivo - Agora vai. Para de graça e se comporta.

- Tá bom, tá bom. - resmunguei, desistindo. 

Fui até a cama e me joguei nela, observando enquanto minha mulher pegava suas roupas para se trocar. Eu não conseguia desviar o olhar. 

A maneira como o vestido escorregou por sua pele, revelando os pequenos detalhes que eu já conhecia tão bem e, no entanto, ainda me surpreendiam. Ela colocou o babydoll lilás e, por um momento, me perguntei como era possível alguém ser tão irresistível. 

Assim que terminou, ela se aproximou e se deitou ao meu lado, e eu não perdi tempo em puxá-la para os meus braços, sentindo seu corpo encaixar perfeitamente no meu.

Ficamos assim por um tempo, até que Livia soltou um suspiro e começou a falar. 

- Sua família é maravilhosa, sabia? - ela disse, apoiando a cabeça no meu peito e desenhando pequenos circulos em minha camisa com a ponta dos dedos - Eu gostei tanto da sua mãe. Ela é tão acolhedora e carinhosa. Acho que... me fez sentir um pouco menos nervosa.

Eu sorri, acariciando os cabelos dela. 

- Sabia que ela gostou muito de você, né? Ficou falando o tempo todo sobre como você é linda e simpática. Disse até que eu finalmente fiz uma escolha decente na vida. - acrescentei, dando uma risada.

Ela riu junto, e senti o som suave vibrar contra o meu peito. 

- Bom, eu tentei causar uma boa impressão. - respondeu, levantando o rosto para me encarar - Mas, e você? Achou que eles pegaram leve comigo?

Meu Eterno Camisa 27 | Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora