Jogo de amor e negociação

Capítulo 16

Aviso sobre o capítulo

Este capítulo contém conteúdo explícito, incluindo, mas não se limitando a, assassinato, uso de violência, diversas formas de morte, descrições detalhadas e potencialmente perturbadoras das causas de morte.

Recomenda-se a discrição na leitura deste material, especialmente para menores de 18 anos. A decisão de permitir que menores acessem este conteúdo deve ser tomada com cautela.

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- Doutora Melada, por favor, venha até a sala de reuniões menor - disse Prae Mintara, enquanto abria a porta do escritório. Ela entrou com uma pasta na mão e uma bandeja com duas xícaras de café, uma para ela mesma e, claro, para a chefe da equipe.

- Me dê três minutos - Melada respondeu rapidamente, reunindo apressadamente os documentos que tinha recebido de Kan. Ela havia começado a revisar apenas algumas páginas quando foi interrompida. E, como de costume, surgiu um imprevisto.

Melada rapidamente juntou os papéis de forma desorganizada e os enfiou na pasta, antes de jogá-la na gaveta inferior da sua mesa. Em seguida, meio correndo, meio andando, ela se dirigiu à pequena sala de reuniões que Prae havia mencionado. Ao abrir a porta, viu que todos já estavam esperando.

- Desculpem-me - disse ela, antes de se sentar apressadamente em outra cadeira de trabalho em frente à mesa de reuniões redonda. Então, olhou para a frente da sala, onde Prae Mintara já estava aguardando.

- Respirem fundo, todos - a oficial disse, enquanto levantava o controle remoto.

Prae Mintara apontou o controle remoto para a tela de TV de 52 polegadas que estava posicionada à frente.

- Droga - exclamou Thos, assim que Prae começou a apertar os botões do controle. Som virou o rosto, desviando o olhar da televisão, enquanto Kan observava a tela com a boca aberta de espanto.

Na tela da TV, apareceu o vídeo de um homem vestido com roupas que cobriam completamente seu corpo, ocultando o rosto. Ele usava luvas grossas e pretas e estava atirando em reféns com uma pistola, os acertando na parte de trás da cabeça. Em seguida, os corpos caíam um a um no chão, num total de cinco pessoas. O vídeo não tinha som, era apenas uma gravação capturada por uma câmera. Pela qualidade das imagens, parecia ter sido gravado por um telefone celular.

- Quem enviou isso? - perguntou Melada.

- A polícia - respondeu Prae Mintara - Alguém enviou o link para eles cerca de meia hora atrás, e eles nos repassaram a informação - Ela pausou o vídeo com o controle remoto antes que o último refém fosse atingido - É de um caso antigo, de cerca de dez meses atrás. O caso ainda não foi resolvido e o criminoso não foi capturado

- Eu imagino que, neste momento, não seja mais um caso antigo, certo?

- Exatamente, chefe - respondeu Prae, enquanto pressionava o controle novamente. Na tela, surgiu outro vídeo semelhante. Nove reféns estavam sentados no chão dentro de um prédio, todos com sacos cobrindo suas cabeças. Um deles foi baleado e caiu no chão, mas os outros não apareceram no vídeo.

Um dos reféns foi baleado logo em seguida, mas era possível que alguns ainda estivessem vivos. Melada lançou um olhar para a data de upload que aparecia no canto inferior da tela. Ela suspirou profundamente ao ver que o vídeo havia sido carregado na noite anterior.

- Os reféns que restaram podem ainda estar vivos - disse a doutora.

- A polícia pensa da mesma forma - respondeu Prae - Por isso, querem nossa ajuda para localizá-los - Foi postado em um site público - continuou Prae, antes de ficar em silêncio por alguns segundos, refletindo - Foi ele quem enviou o link - Um caso de paranoia extrema -acrescentou - Talvez ele também sofra de algum tipo de delírio, a julgar pelo fato de ter coberto a cabeça das vítimas com sacos