"Nammot" significa água benta, também é um nome próprio
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- Si - Melada chamou sua amiga íntima assim que saiu com o carro do estacionamento. Prae estava indo com Thos em outro carro, dirigindo-se ao local onde o corpo foi encontrado - O que você e Prae estavam conversando agora há pouco? Estavam fofocando sobre mim? - Ela perguntou com um tom meio brincalhão.
- Quem iria querer se meter nos assuntos de vocês duas? Vocês já se reencontraram e ainda não resolveram as coisas. Eu, como a mediadora, estou no meio de uma situação complicada. Vocês duas são teimosas demais!
- Nem todo mundo fala demais como você - retrucou Melada, sem conseguir evitar - Se algo que você diz é útil, por que dizer?
- Você é tipo um caramelo amargo, sabia? - Sirin comentou - Doce... mas com um final amargo. Não sei como Prae continua voltando para isso. Mesmo depois do término, vocês continuam nesse ciclo
- Não fale assim, pode prejudicar a imagem dela - respondeu Melada, enquanto Sirin fazia uma careta e bufava para a amiga - Você sabe de alguma coisa que Prae está escondendo de mim, Si?
- Não é da minha conta. Mesmo que eu quisesse muito falar, não posso - disse Sirin, encerrando a conversa fazendo um gesto como se estivesse fechando um zíper na boca.
- Então isso significa que você sabe. Desde quando?
- Psicólogos não revelam informações de seus clientes. Desculpe, mas não posso
- Vocês todos sabem, e eu sou a única que está no escuro. Que grande amiga - Melada respondeu com sarcasmo - No final, você é amiga de quem?
- Amiga de todos - Sirin respondeu com um tom divertido, mas logo sua voz ficou mais séria. - Mas tem uma coisa que eu sei com certeza - Sua voz ficou mais firme - Prae te ama muito, Mel - Melada suspirou ao ouvir isso
- Ela tem agido estranhamente desde que eu voltei
- Estranha como?
- É como se algo estivesse pesando em sua mente. Ela chora escondida com frequência, parece distraída. Eu tento fazê-la falar, mas ela não diz nada. Parece estar sempre preocupada. Seu olhar mudou, já não é tão confiante e determinada como antes - Um longo suspiro de preocupação escapou de Sirin.
- Mel, deixa eu te dizer uma coisa - Sirin continuou, respirando fundo como se estivesse se preparando para um discurso longo - Você não precisa sempre desempenhar o papel de negociadora. Eu pensei que depois de tirar um tempo desse trabalho, você pararia de ser tão rígida e agiria como uma pessoa comum de vez em quando. Às vezes, na frente dela, ser apenas a P'Mel já seria o suficiente. Esse seu hábito de interrogar com perguntas indiretas e tentar sondar com questões abertas, guarde isso para o trabalho. Prae já foi policial, ela sabe, ela estudou investigação e trabalha com isso há muito tempo. Às vezes, ela não sabe em que modo você está quando está falando com ela. Quando ela falar... apenas escute, sem julgá-la. Isso não faz parte do seu trabalho, você não está em serviço
- Eu sou mesmo assim? - Melada perguntou, com surpresa evidente em sua voz.
- Sim - Sirin respondeu com uma voz firme e direta - Pare com esse hábito de sempre voltar a perguntar. Não me surpreende que vocês tenham terminado, mas fico surpresa que tenham ficado juntas por quatro, cinco anos, porque parecia que vocês nunca se entendiam - Sirin continuou a lançar uma enxurrada de críticas à amiga.
- Não comece a me criticar, Sirin. Só perguntei uma coisa e você já começa a disparar. Por isso que você não consegue encontrar um namorado, quem aguentaria sua boca?
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Jogo de amor e negociação
Mistero / ThrillerA história da Dra. Melada, uma negociadora que tenta salvar a vida de vítimas em uma situação de refém e tem que se meter em problemas com uma agente especial que não é qualquer agente especial, é sua ex-namorada, mas diz que não quer ser mais do qu...