— Sawaadee ka, Phi Si — cumprimentou Prae, caminhando em direção à pessoa que acabara de abrir a porta, com um sorriso de alegria no rosto. Ela fez uma reverência com as mãos juntas e, em seguida, Sirin, que era conhecida como Phi Si, aproximou-se para abraçá-la. — Como você está?
— Estou bem, obrigada — respondeu a mulher, que tinha quase a mesma idade da doutora Melada. Ela tinha cabelos longos e lisos, na altura dos ombros, de um preto profundo, e um rosto que transmitia gentileza. Vestia-se de maneira formal, com uma camisa de tom claro e calças pretas. Um blazer escuro estava casualmente drapejado sobre o braço — E a famosa Doutora Chocolate da nossa Prae, onde está? — Sirin, deu uma olhada ao redor da sala de trabalho, encontrando apenas Prae ali para recebê-la. — Ela me chamou para ver o caso, mas sumiu.
— Ela deve estar conversando com a equipe — respondeu rapidamente Prae. — Vamos para a sala de reuniões, Phi Mel provavelmente está lá.
— Esse caso é pesado?
— Bastante
Prae conduziu a investigadora Sirin até a pequena sala de reuniões, que era a sala de reuniões habitual, onde a equipe costumava se reunir para discutir casos, estava como Prae havia mencionado. Melada estava sentada lá, envolvida em uma conversa com Som, respondendo perguntas sobre o novo caso que haviam acabado de assumir.
— Phi Mel, a Phi Si chegou — anunciou Prae ao entrar pela porta, fazendo com que Melada se levantasse assim que ouviu. Sirin, ao entrar na sala, parou a apenas dois passos de distância de sua amiga antes de se aproximar para um abraço.
— Como você está, Mel? — perguntou Sirin de forma familiar. — Sumiu de vista, hein?
— Vou levando, como você já sabe — respondeu Melada, ajustando os óculos. — Pessoal, gostaria de apresentar a investigadora Sirin, especialista em análise de comportamento. A Phi Si vai nos ajudar com este caso.
— Sawatdee krap/ka! — disseram os três membros da equipe em uníssono, fazendo a reverência com as mãos juntas e sorrindo em cumprimento.
— Quando a Prae me ligou e disse que você estava de volta ao trabalho, admito que fiquei surpresa, Mel — comentou Sirin, virando-se para a amiga.
— Deixe isso para depois, podemos conversar mais tarde. Por favor, sente-se, Dra. Sirin — disse Melada, acenando para a ex-namorada. — Prae, acompanhe-a, por favor — antes que a convidada pudesse se acomodar, colocando o blazer preto que carregava no encosto da cadeira e pegando o copo de água que Som lhe ofereceu.
— A polícia acabou de nos enviar isto — disse Prae, enquanto apertava o controle remoto para ligar a tela da televisão na frente da sala. Som começou a distribuir pastas adicionais sobre o caso, que haviam acabado de receber.
Som distribuiu as pastas para todos enquanto a tela da televisão exibia a imagem de uma jovem deitada em uma área de mato alto à beira de uma estrada.
— Os corpos das vítimas eram todos de mulheres jovens, estudantes universitárias, com idades entre dezoito e meados dos vinte anos — começou Prae a explicar, resumindo as informações contidas nos arquivos recebidos. — Os relatórios de autópsia indicam que todas morreram da mesma causa: asfixia. Em cada corpo, há marcas de amarração nos pulsos e tornozelos, e todas sofreram abuso sexual. As duas primeiras vítimas foram estranguladas, enquanto as duas últimas apresentavam grandes quantidades de poeira e terra no nariz e na boca, sugerindo que foram pressionadas contra o solo ou tiveram a boca e o nariz tapados com algo sujo para serem sufocadas. Três das vítimas já foram identificadas; a polícia ainda está tentando identificar a última.
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Jogo de amor e negociação
Mystery / ThrillerA história da Dra. Melada, uma negociadora que tenta salvar a vida de vítimas em uma situação de refém e tem que se meter em problemas com uma agente especial que não é qualquer agente especial, é sua ex-namorada, mas diz que não quer ser mais do qu...