Capítulo: 01/03

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Seis horas depois

— Ok, próxima pergunta. O lugar mais estranho que você já fez sexo?
— Ele sussurra.

Eu sorrio.

— Você não pode me perguntar isso.

— Sim, eu posso. Eu apenas fiz.

— É rude.

— Quem disse? — Ele olha em volta. — É apenas uma pergunta, e ninguém está ouvindo.

Chris e eu conversamos, sussurramos e rimos durante todo o voo.

— Hmm. — Eu penso alto. — Essa é difícil.

— Por quê?

— Estou um pouco na seca no momento. Eu mal consigo me lembrar de sexo.

— Quanto tempo? — Ele faz uma careta.

— Oh. — Olho para o teto enquanto penso. — Eu não faço sexo há... dezoito meses.

Seu rosto cai em horror.

— O quê?

— É patético, não é? — Eu estremeço.

— Muito. Você precisa melhorar o seu jogo. São estatísticas muito ruins, de fato.

— Eu sei. — Eu rio. Caramba... estamos tão bêbados. — Por que estou lhe dizendo todas essas coisas? — Eu sussurro. — Você é apenas um cara aleatório que conheci em um avião.

— Que por acaso está muito interessado no assunto.

— Por que isso?

Ele se inclina e sussurra para mim, para que as comissárias de bordo não possam nos ouvir.

— Eu não entendo como alguém tão gostosa quanto você não é fodida três vezes por dia.

Eu o encaro enquanto sinto um formigamento até os dedos dos pés. Pare com isso. Esse cara é velho demais para mim e não é meu tipo.

Seus olhos caem para os meus lábios e o ar entre nós estala com eletricidade.

— Quanto tempo você vai ficar em New York? — Ele pergunta.

Eu assisto sua língua sair e lamber seu lábio inferior em câmera lenta. Eu quase posso sentir isso entre as minhas...

— Só à tarde. Tenho minha entrevista às dezoito horas e depois pego o último voo— sussurro.

— Você pode mudar seu voo?

Por quê?

— Não.

Ele sorri enquanto me observa, e é óbvio que ele está imaginando alguma coisa.

— O quê? — Eu sorrio.

— Eu gostaria que estivéssemos em um jato particular.

— Por quê?

Seus olhos caem nos meus lábios mais uma vez.

— Porque eu quebraria sua seca e iniciaria você no Miles-High Club. Eu tenho uma visão de subir em cima dele, aqui e agora.

— É Mile-High Club... não Miles— eu sussurro.

— Não... é o Miles. — Ele sorri quando seus olhos escurecem. — Confie em mim, é Miles.

Algo dentro de mim se estala, e de repente eu quero dizer algo louco e fora do comum.

Inclinando para frente eu sussurro em seu ouvido:

— Sabe, eu nunca transei com um estranho antes.

Ele respira profundamente enquanto seus olhos seguram os meus.

— Você quer transar com um estranho? — Ele murmura enquanto a excitação vibra entre nós.

Eu olho para ele. Isso é tão incomum para mim.

Esse homem me faz...

— Não seja tímida, — ele sussurra.
— Diga-me, se estivéssemos sozinhos agora... — Ele faz uma pausa enquanto escolhe suas palavras. — O que você me daria, Dulce?

Meus olhos procuram os dele, e talvez seja o álcool ou a falta de sexo ou o fato de que eu sei que nunca mais o verei... ou talvez eu seja apenas uma puta total.

— Eu, — eu respiro. — Eu me entregaria a você.

Nossos olhos travam e, como se esquecêssemos onde estamos, ele se inclina para a frente e segura meu rosto na sua mão. Seus olhos são tão azuis e uma onda de excitação passa por mim com seu toque.

Eu quero esse homem.

Eu quero esse homem, todo... até a última gota.

— Toalha quente? — Jessica, a comissária de bordo pergunta.

Nós pulamos para trás um do outro, envergonhados. O que eles devem pensar de nós? Eles têm nos observado flertar descaradamente durante toda a viagem.

— Obrigada, — eu gaguejo enquanto pego a toalha dela.

— Há uma tempestade de neve em New York, e vamos circular por um tempo para ver se conseguimos pousar, — diz ela.

— O que acontece se não pudermos? — Chris pergunta.

— Vamos voar para Boston e ter uma escala de emergência para a noite. Você será acomodado em um hotel, é claro. Saberemos nos próximos dez minutos. Vou mantê-los atualizados.

— Obrigado.

Ela vai para o outro lado do avião e fica fora do alcance da voz, e Chris se inclina e sussurra:

— Espero que congele a porra toda em New York. Nervos dançam no meu estômago.

— Por que isso?

— Eu tenho planos para nós, — ele sussurra sombriamente.

Eu o encaro enquanto meu cérebro falha. Eu tenho provocado como uma profissional, mas eu realmente não sou esse tipo de garota. É fácil ser corajosa e safada quando não há chance de que algo acontecer. Eu começo a transpirar. Por que fiquei tão bêbada? Por que eu contei a ele sobre minha seca?

Isso deveria ser mantido em segredo, tola.

— Outra bebida? — Chris sussurra.

— Eu não posso — eu tenho uma entrevista de emprego esta tarde.

— Isso não vai acontecer.

— Não diga isso, — eu gaguejo. — Eu quero este trabalho.

— Boa noite, passageiros; este é o capitão falando. — Uma voz surge no alto-falante e eu fecho meus olhos.

Merda.

— Devido a uma tempestade de neve em New York, estaremos voando para Boston hoje à noite e ficaremos lá. Voltaremos a New York de manhã cedo. Desculpe por qualquer inconveniente que isso tenha causado, mas a segurança é nossa prioridade.

Meus olhos encontram os de Chris, e ele me dá um sorriso lento e sexy e levanta a sobrancelha.

Oh, não.

Amor Extranjero (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora