Capítulo: 04/02

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São cinco e meia e acabamos de sair do trabalho e estamos de pé na calçada do lado de fora do prédio da Miles Media enquanto decidimos onde jantar. É a coisa mais estranha; é
como se, junto com esse trabalho, eu recebesse três amigos e opções ilimitadas. Toda noite é sábado à noite em New York.

Somos todos de idades diferentes, com estilos de vida diferentes, mas de alguma forma nos damos bem. Ava tem um encontro e não vem conosco, mas Aaron e Molly estão ao meu lado.

— O que você sente vontade de comer? — Molly diz enquanto percorre o telefone.

— Algo cheio de calorias e gorduroso. Paul não me ligou. — Aaron suspira.
— Larguei-o de mão.

— Oh Deus, você vai dar um fora nele? — Molly bufa com um rolar de olhos. — Eu tenho certeza de que ele está saindo com outra pessoa e além disso, ele está longe de ser suficientemente sexy para você.

A porta da frente do prédio é aberta por um homem de terno preto, e nós três nós viramos. Christopher Miles sai com outro homem. Os dois estão conversando profundamente e alheios a qualquer outra pessoa.

— Quem é esse com ele? — Eu sussurro.

— Esse é um de seus irmãos, Tristan Miles. Ele é responsável por aquisições globais— Aaron sussurra enquanto seus olhos ficam colados a eles. — Juro por Deus, esses homens são tão gostosos que é insuportável.

Entre eles existe um ar carismático, a postura deles é o epítome do poder.
Todos ao seu redor param e olham.
Ternos caros sob medida, bonitos como o inferno, cultos e ricos.

Engulo o nó na garganta enquanto assisto em silêncio.

Em câmera lenta, eles saem e entram na parte traseira da limusine preta que espera. O motorista fecha a porta e observamos enquanto ela se afasta.

Eu me viro para meus novos amigos.

— Eu realmente preciso falar com alguém.

— Sobre o quê? — Aaron faz uma careta.

— Vocês dois podem manter um segredo? — Eu sussurro.

Eles trocam olhares.

— Sim, claro que podemos.

— Vamos ao bar. — Suspiro enquanto passo meus braços pelos deles e começo a arrastá-los para atravessar a estrada. — Vocês não vão acreditar no que tenho para contar.

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Molly chega com nossas bebidas em uma bandeja e cai em seu assento.

— Então, diga. Ele te deu uma carta de advertência?

Eu saboreio minha margarita.

— Hmm, isso é bom. — Franzo a testa enquanto inspeciono o líquido amarelo gelado.

Aaron bebe o dele.

— Eca, eu odeio esse barman. — Ele estremece.

— Você vai parar de choramingar? — Molly resmunga. — É como sair com a porra dos meus filhos.

— Esta bebida é muito forte, — ele engasga. — Notei que você não pegou uma.

A atenção de Molly volta para mim.

— Enfim, qual é esse segredo?

Eu olho para eles. Deus, eu nem sei se devo dizer algo a alguém, mas preciso de alguém com quem conversar.

— Prometam que não dirão nada a ninguém. Nem mesmo Ava— eu digo.

— Sim. — Ambos reviram os olhos.

Amor Extranjero (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora