Capítulo: 01/02

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Duas horas depois, sento e olho pela janela. Meu filme acabou, mas o cheiro dele não. Está me cercando, me provocando com coisas que eu não deveria estar pensando.

Como ele cheira tão bem?

Sem saber o que fazer sem parecer constrangedor, decido tirar uma soneca, tentar dormir durante as próximas horas, mas primeiro preciso ir ao banheiro. Eu levanto.

— Licença.

Ele move as pernas um pouco, mas não o suficiente para eu passar, e tenho que me inclinar sobre ele para passar.

Tropeço e caio e ponho a mão na coxa dele; é grande e dura ao meu toque.

— Sinto muito, — eu gaguejo, envergonhada.

— Tudo bem. — Ele sorri para mim.
— Mais do que bem.

Eu o encaro por um momento. Hã?

— Existe um motivo para a minha loucura.

Eu franzo a testa. O que isso significa?

Eu passo por ele e vou ao banheiro, depois ando e estico minhas pernas um pouco enquanto penso sobre essa afirmação. Estou perplexa

— não consigo nada.

— O que você quis dizer com isso? — Eu pergunto quando caio de volta ao meu lugar.

— Nada.

— Você me deu o assento na janela para que eu tivesse que passar por cima de você?

Ele inclina a cabeça para o lado.

— Não, eu te dei o assento da janela porque você queria. Passar por mim era apenas um bônus adicional.

Eu o encaro enquanto luto para responder. Estou imaginando isso? Caras ricos mais velhos geralmente não falam comigo assim... em absoluto.

— Você está flertando comigo, Chris? — Eu pergunto.

Ele me dá um sorriso lento e sexy.

— Eu não sei. Estou?

— Eu te perguntei primeiro e não responda minha pergunta com outra pergunta.

Ele sorri enquanto volta sua atenção para a tela da televisão.

— É provavelmente aqui que você deve começar a flertar de volta... Dulce.

Sinto minhas bochechas corarem de vergonha enquanto tento esconder meu sorriso estúpido.

— Eu não flerto. Ou eu quero um homem ou não — anuncio.

— É assim mesmo? — Ele diz como se estivesse fascinado. — E quanto tempo depois de conhecer um homem você toma essa decisão?

— Instantaneamente, — eu minto.

Isso não é verdade, mas vou fingir.

Fingir confiança é minha superpotência.

— Realmente? — Ele sussurra quando a aeromoça passa por nós. — Com licença, podemos ter mais dois champanhes, por favor? — Ele pergunta a ela.

— Claro, senhor. Seus olhos voltam para encontrar os meus.

— Bem, conte. Qual foi sua primeira impressão sobre mim?

Finjo procurar Jessica, a comissária de bordo.

— Você pode precisar de algo mais forte para beber para ouvir isso, Chris. Você não vai gostar.

Ele ri alto e eu me pego sorrindo amplamente enquanto o observo.

— O que é engraçado? — Eu pergunto.

Amor Extranjero (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora