Capítulo: 11/02

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Entro no café e me sento ao lado da janela, olho para a limusine que espera do lado de fora da Miles Media do outro lado da rua. Foi uma semana longa e hoje foi especialmente chato.

É quinta-feira, dia de massagem.

Tenho uma visão de Christopher coberto de óleo sobre a mesa e outra mulher passeando as mãos sobre o corpo dele; meu estômago aperta quando o imagino com tanta clareza. Minha mente está sendo má comigo e me mostrando o pior cenário pornô da história.

Chris... sendo tocado por outra mulher.

Ela está vestida enquanto o massageia? Eles falam? Eles riem como nós?

Eu preciso parar com isso; é tão destrutivo. Eu quero um homem que nem existe.

O motorista abre a porta da frente do prédio e eu assisto em câmera lenta enquanto Christopher Miles sai, terno azul-marinho, postura perfeita, cabelos escuros... emanando poder.

Todo mundo para o que está fazendo e o vê entrar na traseira da limusine. O motorista fecha a porta, o carro lentamente se afasta e desaparece na rua.

Olho para meu sanduíche de presunto e queijo, meu jantar. Desânimo me enche. Acabei de perder o meu apetite.

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São três horas da sexta-feira e eu encaro a história falsa na minha frente. Ha... que piada. Mudei-me para New York para inventar notícias falsas para um imbecil e sua empresa de mídia imbecil... e seus irmãos imbecis.

Aperto as teclas do meu computador com força.

Babaca, babaca... maldito babaca.

Estudei tanto nos meus anos de faculdade. Meus pais ficaram tão orgulhosos. Quando eles me ofereceram a chance de fazer isso, pensei que seria emocionante e uma chance de provar meu valor. Talvez não?

— No final, — ouço alguém dizer.

Olho para cima e vejo um homem com um grande saco de papel marrom.

— Uber Eats para Dulce Foster.

— O quê? — Olho em volta, envergonhada. — Eu não pedi nada.

Ele lê a nota.

— Aqui diz isso... — Ele faz uma pausa enquanto lê e franze a testa como se estivesse confuso. — Diz aqui que essa entrega do Uber Eats é de qualidade comprovada e segura para o consumo humano.

Eu o encaro e pego o saco de suas mãos.

Ele aperta os olhos enquanto continua a ler a nota.

— Isso não faz sentido...

— O que não faz?

— Açúcar para adoçar você.

Abro a sacola para encontrar um enorme cheesecake de maracujá, olho para a câmera e sorrio.

Ele está brincando?

— Quem enviou isso? — Eu pergunto.

— Diz aqui, o remetente é um Sr. Cara Legal.

Eu o encaro sem expressão.

— Sr. Cara Legal?

— Sim, estranho, hein?

— Obrigada. — Eu tento o meu melhor para não sorrir.

Eu sei que ele está assistindo.

Molly e Aaron espiam dentro da sacola.

— Legal, — Aaron grita. — Eu vou pegar os pratos. — Ele vai para a cozinha da nossa equipe.

— Graças a Deus pelo cheesecake, — Molly canta emocionada.

OK... ele deu o primeiro passo. O que eu faço?

Pego meu telefone e mando uma mensagem para ele.

Caro Sr. Cara Legal Obrigada.

Embora você precise saber: Eu já sou doce suficiente!


Aperto enviar e espero. Uma resposta retorna.

Eu não tenho dúvidas. Posso levá-la para jantar hoje à noite?

Eu me sento em minha cadeira, surpresa com o pedido dele. Esta é uma situação sem vitória. Ele quer que uma amiga de foda se junte ao seu harém e eu o quero só para mim.

Eu escrevo de volta.

Acho que nós dois dissemos tudo o que precisávamos no domingo de manhã.

Deus... por que ele não pode simplesmente ser normal?

Uma resposta retorna.

Eu tenho uma proposta para você.


Olho a mensagem, mas não respondo.

Uma proposta? O que ele quer? Que eu seja sua nova massagista?

Sinto minha raiva borbulhar só de pensar nela. Dez minutos depois, outro texto entra.

Ouça-me, por favor.


Por favor. Ele disse por favor. Ugh, ok. Eu respondo.

Está bem.

Eu espero.

Vou buscá-la às sete.

— Aqui vamos nós, — diz Aaron enquanto me passa um prato com a maior fatia do cheesecake que eu já vi. Ele passa um pedaço para Molly e depois se senta com o dele.

— Isso é delicioso pra caralho, — Molly murmura com a boca cheia.

Aaron geme em apreciação.

— Oh, merda, orgasmo com comida.

Eu dou uma mordida enquanto me concentro muito em não sorrir demais, apenas no caso dele estar assistindo.

Boa jogada, Sr. Miles... boa jogada.

Amor Extranjero (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora