Capítulo: 02/02

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Chris sorri sexualmente para mim enquanto eu estou nua na cama. Ele está vestido e sua bolsa está pronta e junto à porta.

— Eu tenho que ir.

Eu faço uma cara triste e estendo os braços.

— Não, não me deixe, — eu provoco com uma voz chorosa.

Ele ri quando se inclina e me pega em seus braços uma última vez. Não estamos no mesmo avião de volta a New York hoje de manhã; o voo dele sai cedo e o meu sai tarde. Ele me beija suavemente.

— Que noite, — ele sussurra.

Eu sorrio quando sua cabeça cai na curva do meu pescoço, seus dentes mordendo a minha clavícula.

— Eu não vou andar por um mês, na verdade, um ano, — murmuro secamente.

Ele abaixa e morde meu mamilo com força, eu pulo. Então ele volta e seus olhos encontram os meus.

Eu seguro seu rosto bonito.

— Eu tive uma noite incrível.

Ele sorri suavemente.

— Eu também.

Estendo a mão e ponho o dedo no enorme chupão no pescoço dele, e os dedos dele também vão.

— Que porra você estava pensando?

— Eu não tenho ideia do que aconteceu comigo. — Eu rio. — Seu pau era bom demais, me transformou em um animal.

Ele me morde novamente.

— Como eu devo entrar em um avião com um chupão enorme no meu pescoço? — Ele repreende. — Se você soubesse quantas reuniões importantes tenho esta semana, Dulce...

Nós dois rimos, e então o rosto dele cai enquanto ele me observa. Não estou brincando — não quero que ele me deixe.

Esse homem é tudo o que não estou procurando, mas de alguma forma está marcando cada ponto.

E se eu nunca mais o ver?

Como devo sair de uma noite como essa, apagá-la do meu banco de memória e fingir que nunca aconteceu? Fecho os olhos com nojo de mim mesma. É por isso que eu não faço o tipo de uma noite. Não sou o tipo de pessoa que faz sexo com estranhos — não é quem eu sou. Eu nunca serei essa pessoa.

Eu odeio que ele seja.

— Na verdade, tenho um cachecol na minha bolsa. Você quer? — Eu pergunto.

— Sim, — ele retruca.

Eu saio da cama, vou para a minha mala e começo a remexer nela. Ele aproveita a oportunidade e fica atrás de mim e agarra meus ossos do quadril nus em suas mãos e me bombeia com os seus quadris. Eu levanto e me viro para encará-lo.

— Eu nem estou brincando agora — fique mais uma noite.

Ele passa o dedo pelo meu rosto e segura minha mandíbula na mão enquanto nossos olhos travam.

— Eu não posso, — ele sussurra, seus olhos procurando os meus... com algo não dito.

Ele tem alguém em casa? É por isso que ele não pediu meu número? Preocupação me preenche. Não fui feita para essa porcaria de uma noite.

Eu dou as costas para ele, pego o cachecol e o entrego. É creme e caxemira, e está rubricado.

D.F.

O grupo de tênis da minha mãe me deu de presente quando terminei a faculdade. Eu realmente amei... mas tudo bem.

Ele franze a testa enquanto olha para as letras bordadas, eu pego o cachecol dele e o envolvo em volta do pescoço para cobrir o enorme machucado roxo. Eu sorrio quando olho para ele. Eu nem sabia como dar um chupão. Eu devo ter estado realmente no momento.

— O que o F significa? — Ele pergunta.

— Fuck bunny. (Coelhinha safada)
— Eu sorrio para cobrir minha decepção.

Não quero que ele saiba que seu último comentário me chateou.

Ele ri e me agarra em seus braços e me leva de volta para a cama.

— Que descrição apropriada. — Ele pega minha perna e a envolve em sua cintura, e nós compartilhamos um último beijo prolongado. — Adeus, minha linda fuck bunny, — ele sussurra.

Eu corro meus dedos pelo cabelo dele enquanto encaro seu rosto lindo.

— Adeus, Blue eyes. (Olhos azuis)

Ele pega o lenço e inspira profundamente.

— Isso cheira a você.

— Coloque-o toda vez que você se masturbar. — Eu sorrio docemente.
— Imagine que sou eu fazendo todo o trabalho.

Seus olhos brilham de excitação.

— Você sabe, para alguém que não faz sexo há dezoito meses, você é uma maníaca sexual.

Eu rio.

— Voltarei à minha seca agora. É seguro lá... e eu posso andar sem ajuda.

Seu rosto cai, e eu sinto que ele quer dizer alguma coisa, mas está se segurando.

— Você vai perder o seu avião. — Eu finjo um sorriso.

Nós nos beijamos mais uma vez, e eu o abraço forte, e Deus, ele é realmente incrível.

Ele se levanta e, com um último olhar persistente para mim deitada nua na cama, ele se vira e sai.

Sorrio tristemente para a porta pela qual ele acabou de sair.

— Sim, claro, você pode ter o meu número, — eu sussurro no silêncio.

Mas ele não queria.

Ele se foi.

Amor Extranjero (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora