Ele olha para mim, sem palavras.
Alan abaixa a cabeça quando não aguenta mais segurar sua risada.Christopher olha para mim... horrorizado.
Eu rio alto com o olhar em seu rosto. Coloco a picape na vaga, pulo e começo a jogar nossas malas na traseira.
— Você não pode estar falando sério, — gagueja Christopher.
— Muito sério.
Seus olhos examinam a caminhonete velha e surrada.
— Este carro não é sequer dirigível.
— Não é um carro, é uma caminhonete. — Eu sorrio enquanto fecho a parte traseira. — O nome dela é Bessie.
Christopher coloca as mãos nos quadris. Seus olhos se voltam para Alan, que está gargalhando.
— Isso não é engraçado, Alan, — ele retruca. — Eu não acampo Dulce. Certamente você saberia disso. O que na terra de Deus faria você pensar nesse tipo de punição? Isso não está
me relaxando nem um pouco. Eu posso sentir minha pressão arterial aumentando a cada segundo.Alan abaixa a cabeça e realmente começa a rir.
— Perdoe-me, chefe, mas esta é a coisa mais engraçada que eu já vi.
Posso tirar uma foto para Tris? — Ele pergunta.— Absolutamente não, — Christopher bufa. — Cale a boca ou eu vou fazer você vir conosco.
Alan morde o lábio inferior para parar de rir.
— Por que precisamos ir nesse... — Ele faz uma pausa enquanto procura a palavra certa. — Pedaço de lixo?
— Porque estamos ficando off-line por uns dias.
— Dulce Foster, isso não é ficar off-line. Esta é uma receita para a morte instantânea.
Eu me afundo no assento e faço uma cara chorosa.
— Você prometeu. São três dias, Christopher, e depois volto e eu vou me mudar para o seu apartamento.
Ele coloca as mãos nos quadris e revira os olhos, ele sabe que eu o tenho. Ele prometeu.
Pressiono a buzina, ele se aproxima do lado do motorista e abre a porta.
— O que você está fazendo? — Eu franzo a testa.
— Dirigindo.
— Você sabe como dirigir com o câmbio na coluna de direção?
— O quê? — Ele faz uma careta.
Aponto para a alavanca de câmbio no volante.
Ele faz uma careta.
— Isso é ao menos permitido de se ter na estrada?
Eu rio.
— Sim.
— Então saia. Estou dirigindo. — Ele me puxa do carro, vou até o lado do passageiro e entro.
Ele entra e analisa a marcha com um olhar de pura concentração no rosto.
Alan e eu rimos um para o outro enquanto esperamos que ele resolva isso.— Ok, entendi, — responde Christopher Miles, o maníaco por controle.
— Vamos, — eu canto. — Toque a buzina para o Alan.
Christopher olha para mim sem expressão e eu faço um sinal de “toque a buzina” que costumava fazer quando passava por caminhões quando criança.
— Dulce, eu não sei o que isso significa, mas é uma maneira infalível de se enfiar no porta-malas.
Alan começa a rir de novo e eu pulo no banco de emoção.
— Tchau, Alan, — eu digo.
Ele acena.
Christopher para e fala para Alan pela janela aberta.
— Deixe seu telefone ligado. Vamos precisar que você nos pegue na beira da estrada em aproximadamente vinte e sete quilômetros quando quebrarmos.
Alan e eu rimos de novo, e quando Alan acena, Christopher tira a caminhonete da vaga.
Chegamos aos portões de segurança, e ele está muito alto e não pode passar o cartão.
— Foda-se esse pedaço de lixo, — ele murmura baixinho enquanto estaciona o carro e sai para abrir os portões. Ele passa o cartão e os portões se abrem lentamente. Ele pula de volta e acelera a caminhonete, o carro continua pulando pela entrada da garagem ao som de engrenagens esmagando.
— Porra. — Ele estremece. — Quem é o dono desse pedaço de merda, afinal? — Ele pergunta quando entramos no tráfego de New York.
— Michael, marido de Molly.
Seus olhos se voltam para mim.
— Esse não é o idiota que usou Viagra e você teve que levá-lo ao pronto-socorro?
— Sim, é ele. — Sorrio.
— Que figura, — ele murmura enquanto dirige. — Ok, para aonde estamos indo?
Abro o mapa no meu telefone.
— OK... precisamos entrar na interestadual.
Ele olha para mim interrogativo.
— Estamos indo para o High Point State Park, Nova Jersey.
— O quê? — Ele faz uma careta. — O que caralhos tem lá?
— Eu. — Eu sorrio enquanto me inclino e beijo o lado do seu rosto.
— Nada além de mim.Ele sorri enquanto mantém os olhos na estrada e desliza a mão para a minha coxa e a aperta.
— Sorte que você é minha coisa favorita no mundo, não é?
Um enorme sorriso radiante estampa meu rosto. Ele está realmente fazendo isso.
— Com certeza. — Eu me inclino e começo a beijá-lo por todo o rosto.
Ele faz uma careta.
— Pare. Já é difícil o suficiente dirigir Bitchy como ela é.
— O nome dela é Bessie, não Bitchy.
Ele sorri.
— Vamos ver se ela nos leva para casa inteiros primeiro, certo?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Extranjero (Adaptação)
Roman d'amour- Sinopse - Recebi um upgrade para a primeira classe em um voo de Londres para New York. A comida, champanhe e serviço foram impecáveis. O homem de olhos azuis sentado ao meu lado, melhor ainda. Ele era suave e inteligente. Conversamos e rimos...