Amor Extranjero (Adaptação)

Capítulo: 02/03

Doze meses depois

Eu expiro e coloco minha mão sobre o meu coração enquanto estou na calçada e olho para o arranha-céu de vidro a minha frente. Meu telefone toca, e o nome Mamãe acende na tela.

— Olá, mamãe. — Eu sorrio. Eu tenho uma visão da minha linda mãe. Ela tem um penteado loiro perfeito e uma pele impecável, está sempre imaculadamente vestida. Se eu conseguir parecer metade do que ela é na sua idade, vencerei na vida. Eu já sinto falta dela.

— Oh, querida, só liguei para desejar boa sorte.

— Obrigada. — Eu bato meu pé no chão, incapaz de ficar parada. — Estou tão nervosa que vomitei esta manhã.

— Eles vão te amar, querida.

— Oh Deus. — Eu expiro pesadamente. — Acredito que sim. Levei seis malditas entrevistas para conseguir este emprego, e tive que me mudar para o outro lado do país para conseguir isso. — Meu rosto muda para uma expressão de medo. — Eu fiz a coisa certa, mamãe?

— Sim, amor, este trabalho é o seu sonho e, além disso, você precisava se afastar de Robbie. Ficar distante dele fará bem a você.

Eu reviro meus olhos.

— Mamãe, não traga Robbie para isso.

— Querida, você está namorando um homem que está desempregado e mora na garagem dos pais dele. Não entendo o que você vê nele.

— Ele está procurando um emprego no momento. — Eu suspiro.

— Então, se ele não tem nada surgindo aqui, por que ele não se mudaria para New York com você?

— Ele não gosta de New York. É muito agitada para ele.

— Oh, Dulcr, você pode ouvir as desculpas que você dá para esse homem? Se ele te amasse, ele estaria aí apoiando o seu sonho, já que ele não tem nenhum para si mesmo.

Expiro pesadamente. Eu mesma tenho pensado nessas coisas, mas de jeito nenhum eu admitiria isso para alguém.

— Você está me ligando para me estressar sobre Robbie, ou você está me ligando para me desejar boa sorte? — Eu falo.

— Estou ligando para desejar boa sorte. Boa sorte, querida. Vá e mostre a eles do que você é feita.

Eu balanço nervosamente no local enquanto olho para a torre do edifício acima de mim.

— Obrigada.

— Eu ligo para você hoje à noite para um relatório completo.

— OK. — Eu sorrio. — Eu vou entrar.

— Vá pegá-los, tigresa. — Ela desliga.

Olho para o prédio e para as letras douradas chiques sobre as grandes portas duplas da frente.

MILES MEDIA

Eu expiro e abaixo meus ombros.

— Certo. Você consegue fazer isso.

Esta é a oportunidade de todas as oportunidades. A Miles Media é um império, o maior conglomerado de mídia dos Estados Unidos e um dos maiores do mundo, com mais de dois mil funcionários baseados apenas em New York. Meu fascínio pelo jornalismo começou na oitava série, quando testemunhei um acidente de carro no caminho da escola para casa. Como eu era a única testemunha, tive que dar uma declaração à polícia e, então quando descobriram que o carro era roubado, o jornal local veio e me entrevistou. Eu me senti como uma estrela do rock naquele dia, e o brilho nunca diminuiu. Fui à faculdade para estudar jornalismo e fiz estágios com as melhores empresas dos Estados Unidos. Mas era na Miles Media que eu tinha o coração definido. Suas histórias são as melhores, acima de todo o resto; o que nenhuma outra empresa de mídia poderia fazer. Candidatei-me a todos os cargos que surgiram há três anos e só recentemente recebi um retorno de chamada. E mesmo assim, fui a seis entrevistas antes de me oferecerem o emprego, e Deus, não me deixe estragar tudo.