Capítulo: 22/04

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Eu me reclino na parte de trás da minha limusine enquanto me preparo para o que estou prestes a fazer

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Eu me reclino na parte de trás da minha limusine enquanto me preparo para o que estou prestes a fazer.

— Você tem certeza disso? — Alan pergunta enquanto abre a porta.

— Sim. É o que é. Não estou mais me escondendo — digo enquanto saio do carro. Olho para a placa do Departamento de Polícia de New York acima da porta e atravesso.

O policial na recepção sorri.

— Posso te ajudar, senhor?

— Sim, meu nome é Christopher Miles e eu gostaria de me entregar.

O rosto do policial vacila.

— Você está sendo procurado?

— Estive envolvido em uma briga com um homem chamado Gabriel Ferrara e depois fui parar no hospital. Até ontem à noite, eu não sabia que vocês estavam me procurando.
Peço desculpas por demorar tanto para chegar aqui.

O policial sorri.

— Obrigado por vir. — Ele abre uma porta ao lado da recepção. — Por favor, venha por aqui.

Cinco horas depois estou na calçada do lado de fora do edifício Ferrara e olho para os andares superiores. Eu disco um número que tenho há anos, mas nunca usei.

— Gabriel Ferrara, — a voz profunda responde.

— É Christopher Miles. Estou na frente do seu prédio. Desça aqui agora.

Desligo e inspiro profundamente.

Recosto na minha limusine.

Depois de passar as últimas cinco horas na delegacia, não estou com vontade de esperar por esse idiota, mas preciso dizer o que tenho a dizer ou isso vai continuar remoendo dentro de mim.

Eu disse à polícia que meu soco em Ferrara foi legítima defesa e que eles precisavam verificar as imagens de segurança.

Não tenho certeza se isso vai colar, mas vai me dar algum tempo. A polícia estava na verdade bem com isso e me disseram que viram quando ele jogou o cigarro em mim primeiro, eu provavelmente serei acusado por agressão simples e terei um vínculo de bom comportamento.

Eu posso lidar com isso.

Gabriel Ferrara aparece pela porta da frente ladeado por quatro seguranças.
Seu olho está preto e sua bochecha inchada. Eu sorrio ao ver seu rosto fodido.

— Você parece uma merda.

— Sim, bem, um louco me atacou, — ele murmura secamente.

Dou um passo à frente quando minha raiva reaparece.

— Eu sei o que você está fazendo.

Ele olha para mim.

— Você não me assusta. É ridículo como você se tornou insignificante.

Ele revira os olhos.

— Vá se foder, Miles.

— Se você acha que o seu comportamento criminoso secreto pode derrubar a Miles Media, você deve pensar de novo, — zombei.

Ele estreita os olhos.

— A Miles Media é líder no mercado há trinta anos e continuaremos a dominar. Diga-me, seu pai sabe o quão baixo você foi?

Ele levanta o queixo em desafio.

— Comportamento criminoso? Do que diabos você está falando? Começar aquela briga e fugir deixou você delirante.

— Você sabe exatamente do que estou falando.

Nós nos encaramos; o ódio paira no ar como uma poluição venenosa.

— Eu sei o que você está fazendo, — eu sussurro.

Seus olhos seguram os meus.

— E assim que eu provar, vou acabar com a sua bunda no tribunal.

— Eu gostaria de ver você tentar.

Eu o encaro enquanto me lembro de como foi bom acertar esse filho da puta.

— Sua maçã do rosto está quebrada?

Ele olha para mim, e eu sei que está.

— Deixe-me dizer uma coisa, desrespeite Dulce Foster novamente e da próxima vez... não vou apenas quebrar sua cara. Eu vou matar você — eu digo.

Ele levanta a sobrancelha como se estivesse surpreso com a minha declaração.

— Isso é uma ameaça, Miles?

— Essa é a porra de uma promessa,
— eu rosno. — Deixe-a fora disso.

Eu me viro e entro na minha limusine, enquanto nos afastamos, observo Gabriel Ferrara invadir o seu prédio ladeado por seus seguranças.

O dia em que eu derrubar esse imbecil será uma doce vitória.

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Corro pela rua no escuro. É apenas meia noite. Eu não venho aqui há um tempo, e por algum motivo, hoje à noite eu precisava vir.

No prédio do apartamento da Dulce.

Conto as janelas até chegar ao apartamento dela e fico olhando para lá.

O que ela está fazendo?

Ela está sentindo a minha falta tanto quanto eu sinto a dela?

Eu me imagino tocando a campainha e pedindo para subir, nós nos abraçaríamos e eu me sentiria feliz... como eu costumava me sentir.

Mas então me lembro da dor que senti na semana passada, quando ela mentiu para mim, dá sensação de estar fora de controle que tenho sempre que estou perto dela.

A maneira como meus inimigos a usaram para me atingir, a maneira como ela deu a munição de bandeja para eles.

E eu sei que nada poderia me desfazer... a não ser ela.

Ela é minha única fraqueza.

E fraqueza é algo que não posso me dar ao luxo de ter.

Nem agora, nem nunca.

Eu fico olhando o apartamento dela por um longo tempo, e depois com o coração pesado, viro e começo a corrida para casa.

Eu nunca estive tão sozinho.

Amor Extranjero (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora