- Alô? Quem está falando? - uma voz suave diz.
Respiro fundo, pronto pra explicar o que aconteceu.
- Oi, meu nome é Han Jisung. Encontrei esse celular na cafeteria e guardei para devolver ao dono - digo nervoso, não gosto de falar no telefone, principalmente com estranhos.
- Eu sou o dono do celular, usei o telefone de um amigo para ligar. Você poderia me encontrar para devolver o celular? Ainda está na faculdade?
- Estou sim, podemos nos encontrar na cafeteria - sugiro.
- Pode ser, te vejo em 10 minutos - ele diz.
Antes que eu possa responder, ele encerra a chamada. Continuo encarando o celular até começar a escutar a voz de Seung me enchendo de perguntas:
- Você pode me explicar tudo isso? Quando aconteceu? - Ele diz com olhar confuso.
- Não tem muito o que explicar, aconteceu exatamente o que você ouviu. Eu estava na cafeteria, encontrei esse celular no caixa e guardei para devolver ao dono - explico sem entrar em detalhes.
- Mas por que você guardou se poderia deixar com o atendente caso o dono voltasse para pegar? - pergunta desconfiado.
É claro que eu guardei o celular porque tem uma pequena possibilidade de ser do garoto que eu vi hoje de manhã, confesso. Mas eu não quero demonstrar tanto interesse, Seungmin ficaria animado e imaginaria muitas coisas.
Então apenas digo:
- Não sei, eu estava com pressa, fiz a primeira coisa que passou pela cabeça.
Isso também não era mentira.
Ele dá de ombros e volta a comer. Não deve ter acreditado em nada.
Termino meu almoço e me despeço de Seungmin, caminhando até a cafeteria para me encontrar com estranho bonito.
O que será que ele cursava? Tinha cara de fotógrafo.
Perdidao nos meus pensamentos, chego no local marcado e percebo que não sabia como encontraria o dono do celular. Eu não sei se é mesmo garoto que eu vi, pode ser outra pessoa.
E como era mesmo o nome dele? Eu não me lembro e acho que nem perguntei.
Não acredito que eu consigo ser tão burro!
Fico parado em frente a cafeteria feito uma idiota até que escuto alguém me chamar:
- Han Jisung? - diz um garoto se aproximando e, para minha sorte, era o mesmo que eu tinha visto hoje de manhã.
Era ainda mais bonito de perto.
- Sou eu, e você deve ser o dono do celular, não é? - digo sorrindo timidamente tentando soar simpático.
- Sim, eu fiquei desesperado quando não o encontrei.
Ele era muito alto, tinha cabelos catanhos e lindos olhos escuros. Sem contar o sorriso que encantaria qualquer um. E eu também tinha notado um sotaque que não consegui identificar de onde era.
- Posso imaginar seu desespero, se eu perdesse meu celular provavelmente surtaria - digo e ele sorri.
- Obrigado por ter guardado - agradece e eu sorrio tímido ao perceber seus olhos analisando cada parte do meu rosto.
- Eu vi ele ali largado no balcão da cafeteria quando fui pagar a conta e imaginei que fosse seu já que tinha acabado de sair - explico.
Ele parece pensar em algo e, então, sua boca forma um sorriso malicioso e seus olhos se apertam, com se fosse insinuar algo.
- Parece que prestou muita atenção em mim - diz e eu sinto todo o sangue do meu corpo ir para as minhas bochechas.
Como ele se atreve a insinuar isso sem nem me conhecer direito?
Eu sei que ele estava - completamente - certo. De fato, eu estava prestando mais atenção nele do que eu deveria, mas também não dava o direito dele jogar isso na minha cara.
Que arrogante.
Não sabia se estava com vergonha ou irritado.
- Não se ache, eu observo todo mundo - digo dando de ombros tentando disfarçar meu constrangimento por ter sido flagrado.
- Tem certeza? - ele se aproxima mais e eu dou um passo para trás, mantendo certa distância. - Pelo o que eu vi, você faz mais o tipo distraído.
- Parece que prestou muita atenção em mim - repito sua fala e ele desvia seus olhos de mim, sorrindo de lado de um jeito adorável.
Que droga de homem bonito.
- Me pegou - diz ele e eu arqueio a sobrancelha. - Pelo menos eu admito.
Reviro os olhos e pego o celular dele na minha bolsa com pressa.
Precisava sair dali logo. A presença daquele garoto estava me fazendo sentir muitas coisas. E eu ainda não sabia se eram boas ou ruins.
- Tento fazer uma boa ação e guardo o celular que um estranho esqueceu na cafeteria para devolver e ainda temho que ouvir essas insinuações. Boa, Han Jisung, hoje é seu dia de sorte - digo mais para mim que para ele.
O garoto me encara e ri do meu pequeno monólogo, pegando seu celular de volta em seguida.
- Obrigado, de novo - ele diz guardando o aparelho no bolso. - À propósito, meu nome é Minho.
Ele estende a mão e eu encaro, decidindo o que fazer.
- Seja educado e aperte a minha mão, Hanji - ele usa meu apelido e eu franzo a testa.
Aperto sua mão.
- Hanii, sério? Acabou de me conhecer e acha pode usar meu apelido? - implico e ele sorri.
- Algo me diz que vamos nos encontrar mais vezes - fala como se soubesse de algo que eu não sei.
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The Proposal | Minsung
FanfictionHan Jisung leva uma vida monótona que consiste em ir apenas da casa para a faculdade e da faculdade para casa. Mas com casamento de seu irmão mais novo se aproximando, Jisung fica desesperado em busca de um par. Então conhece Lee Minho por acidente...