Capítulo 32

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Posso dizer que sou uma pessoa bastante
precavida. Gosto de estar sempre preparado
para qualquer tipo de situação. Algumas pessoas até chamariam de paranóia, mas eu chamo de precaução.

Eu tinha terminado a monitoria e precisava voltar para casa sozinha. Já eram sete horas e estava escurecendo.

Esses dias em que eu tenho que voltar sozinho  quando já tinha escurecido me aterrorizavam.

Eu caminhava em estado de alerta, prestando
atenção em qualquer barulho ao meu redor. Não tinham muitos alunos a essa hora na faculdade e coisas ruim poderiam acontecer com um garoto andando sozinho.

Nesse momento a Seung e o Chan devem estar
saindo para o encontro deles. Hoje cedo, Chan
veio me pedir ajuda com a roupa para usar. Foi
engraçado. Ele estava muito nervoso. Espero que tudo saia bem.

Escuto um carro próximo de onde eu me
encontrava. Ele estava andando devagar, como
se estivesse me acompanhando. Fico nervoso e
olho em volta discretanente, não tem ninguém por perto mas já estava próximo da saída.

O carro buzina e eu continuo caminhando sem
olhar para trás. Francamente, que tipo de cara
ainda acha que buzinar para um garoto na rua é legal? Especialmente a essa hora da noite.

O motorista buzina mais vezes e eu começo a
caminhar mais rápido.

Se isso continuasse eu juro que sairía correndo.

- Hanji! - Uma voz conhecida me chama e eu olho
para trás curioso.

- Minho? - digo surpreso e me aproximo do carro.

Não acredito que me assustei atoa.

- Por que não me chamou logo? Achei que era um maluco me seguindo! - falo tentando me acalmar. Ainda sentia meus batimentos acelerados.

- Só queria saber se você quer uma carona para casa - diz com os ombros encolhidos e eu suspiro.

- Depois dessa eu aceito sim - dou a volta e entro no carro. - Vai ficar me devendo um milhão de caronas pelo susto - coloco o cinto e ele da a partida do carro.

- Me desculpa... - ele diz sem jeito e eu bufo.

- Nunca, em nenhuma circunstância, fique
buzinando para alguém na rua. Isso é irritante e assustador, principalmente a noite - o repreendo.

- Sinto muito, eu não sabia - Minho diz visivelmente incomodado. - Isso é uma merda, não é? - pergunta sem me olhar.

- O que? - questiono olhando para o seu perfil.

Ele estava bonito. Usava uma camisa social azul clara, provavelmente estava voltando do estágio. Mas o cabelo estava bagunçado, eu preferia assim.

- Você ter medo de andar na rua a noite - ele
responde e eu volto minha atenção na conversa. - Quer dizer, você deve ter passado por uma situação que a ensinou a sentir medo de homens na rua ou dos idiotas que buzinam. Isso é uma merda. Sinto muito por ter que passar por isso. - ele desabafa irritado e eu sorrio por finalmente um homem entender a situação.

- É uma droga mesmo - digo. - Mas fico feliz que tenha entendido a situação.

Ele suspira e me encara quando o semáforo fecha.

- O que estava fazendo na faculdade? Não tinha estágio hoje a tarde? - pergunto para mudar de assunto.

- Vim pegar meu celular. Tinha esquecido na
biblioteca - diz e eu abro um sorriso.

- Esqueceu seu celular de novo? - o provoco
lembrando do dia em que nos conhecemos - Precisa ser menos distraído.

- É que eu estou passando muito tempo com você - ele diz e em finjo me ofender.

The Proposal | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora