Epílogo

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Minha vida tem ficado cada vez mais patética.
Agora mesmo eu estava do lado de fora do meu prédio me perguntando para onde eu vou. Chan está no apartamento preparando tudo para o pedido de Seung, e Seung está prestes a chegar. Eu não iria ficar lá, é claro. Essa situação é muito intima e eles precisam de espaço. No entanto, eu não faço ideia de onde ir.

Caminho sem rumo e chego em uma pracinha,
tinha muito tempo que eu não vinha aqui. Quando eu me mudei, costumava vir para espairecer e refletir mas acabei me esquecendo desse lugar Tenho uma idéia e decido ligar para o Min.

- Alô? - Ele atende.

- Oi, Minho. Está ocupado? - Pergunto.

- Não, por que? - Diz desconfiado.

- Pode me encontrar na pracinha perto do meu
prédio? Depois te explico tudo. - Digo.

- Tudo bem, já chego aí. - Ele concorda e desliga.

Enquanto espero, começo a observar em vota.
Não havia muito gente, apenas alguns pais com filhos e um casal de idosos. A pracinha já estava enfeitada para o natal, cheia de luzinhas e enfeites brilhantes. Hoje está nevando e estão todos com bastante roupas de frio. Ver isso foi um choque pois eu não tinha notado o tempo passar. Como poderíamos estar tão perto do Natal? lsso era uma loucura.

Vejo um balanço desocupado e me sento ali. O
rangido do ferro já gasto me faz recordar minha infância e eu sorrio.

Sou despertado dos meus pensamentos quando sinto um empurrão nas costas e meu corpo voa para frente. Olho para trás e vejo Minho com um sorriso divertido no rosto.

- Você me assustou. - Eu digo rindo.

- Não consegui resistir. - Ele diz e toma o lugar no balanço ao meu lado. - Por que está aqui? - Ele questiona.

- Não posso ficar no meu apartamento hoje.- Respondo e ele franzeo cenho.

- Como não?

- Hoje o Chan vai pedir o Seung em namoro. Resumo. Não queria me aprofundar muito nesse assunto, näo foi para isso que chamei ele. - Fui escolher a aliança. - Digo.

- E onde vai passar a noite? - Pergunta.

- Talvez naquele banco bem ali. - Eu aponto
para um banco próximo e Minho solta uma
gargalhada.

- Pode ficar no meu apartamento. - Ele oferece.

- Não quero me aproveitar da sua boa vontade, Min. - Digo.

- Eu não vou dormir direito se não souber que você está seguro. - Ele diz e me encara esperando uma resposta.

- Tudo bem. - Eu me rendo. Não era como se eu
tivesse outras opções além do banco na praça. - Obrigada.

- Não tem que agradecer, eu sou seu amigo, não sou? - Ele diz e eu afirmo sorrindo. - Além disso, eu devo meu emprego à você, tenho uma dívida eterna.

Volto a olhar para frente. O vento gelado estava sendo muito reconfortante e eu me sentia bem. Fecho os olhos e apenas sinto a brisa balançar o meu cabelo.

- Já notou como o tempo passou rápido?-
Pergunto retoricamente e ele permanece em
silêncio. - Olhe em volta, as pessoas já estão se preparando para o Natal.

- Isso te incomoda? - Ele pergunta.

Abro os olhos e volto a encará-lo. Sua expressão está suave e seus olhos parecem mais escuros.

- Se me incomoda que o tempo está passando? - Digo. - Não. O que me incomoda é que eu tenho quase 23 anos e minha vida está passando. O tempo não para enquanto eu durmo ou estudo, ele passa e eu não estou fazendo nada que valha a pena. Os meus dias são entediantes e eu não faço nada fora do comum. Minha vida é patética. - Concluo.

The Proposal | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora