Capítulo 17

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- Dirija mais devagar, Minho. Se continuar assim nós não vamos chegar vivos. - O repreendo pela terceira vez.

- Para de ser careta. Estou dirigindo na velocidade certa. - Ele responde.

- Só se for para você. - Reviro os olhos.

A sensação é que eu estou em uma montanha
russa. Minho dirige como um louco. Mas não adiantar falar nada porque cada vez que eu o
repreendo parece que ele aumenta ainda mais a velocidade.

- Posso ligar uma música? - Pergunto. O silêncio é muito incômodo.

- Fique a vontade. Conecto meu celular no rádio do carro e procuro uma música na minha playlist. Assim que o som invade o carro me sinto mais relaxado.

- Você não tem cara de quem escuta wave to earth. - Ele comenta sorrindo. - Parece mais um daqueles garotos que escutam Ed Sheeran.

- Eu escuto Ed Sheeran. Tenho um gosto musical muito diversificado, ok?

Eu começo a olhar as minhas redes sociais, só para dar uma atualizada. Sem perceber, estou
cantarolando a música que toca. Minho me acompanha e juntos fazemos um coro desafinado de peach eyes.

- Até que você não canta tão mal. - Ele diz quando a música termina.

- Pena que eu não posso dizer o mesmo. - Respondo rindo e ele me olha inconformado mas também ri.

E assim passamos o resto do caminho, cantando e rindo. Até que foi divertido. Quando chegamos na cidade passo o endereço da casa e não demoramos muito para encontrá-la.

- Nossa, você não me disse que era tipo uma mansão. Olha só o tamanho disso! - Minho diz encarando impressionado a entrada da "casa".

- Eu falei que o pai do Hyunjin é super rico. E vendo assim parece grande, mas quando metade da família estiver aqui você não vai dizer o mesmo.

Descemos do carro para pegar as malas, ou melhor, a minha mala. Minho trouxe só uma mochila.

- É sério isso? Quanta roupa cabe ai dentro? - Pergunto apontando para a mochila.
- O suficiente. Diferente de você, eu não trouxe meu guarda - roupa inteiro. - Reviro os olhos.

- Que engraçadinho. Vai, me ajuda aqui. - Digo enquanto caminho até ele arrastando a minha mala. Porém, a rodinha prende na calçada e eu tropeço, derrubando a mala e caindo para frente. Por sorte, Minho me segura e eu não vou de cara no chão. Era só o que me faltava.

- Hanji! Que bom que chegou, querido. Vejo que trouxe seu namorado.

Nós viramos nossas cabeças para olhar a pessoa que acabou de falar. Era minha tia que estava parada nos encarando e sorrindo. Olho para Minho que ainda me segurava. Estavamos bem perto. Que situação comprometedora. Quem visse essa cena de fora realmente pensaria que somos um casal se abraçando. Provavelmente foi o que a minha tia pensou.

- Oi tia! - Digo enquanto me afasto de Minho, um pouco constrangido. - Esse é o Minho,
meu...

- Namorado. - Ele conclui.

Eu ia dizer meu amigo.

- Nã... - Eu digo mas novamente sou interrompido, dessa vez pela minha mãe.

- Filho! Que saudades, você está lindo. - Ela diz me abraçando empolgada.

- Você viu, Pri? Ji trouxe o namorado dele. - Minha tia diz e eu juro, os olhos da minha mãe brilharam.

- Namorado, filho? Eu sabia que você estava me escondendo isso. Fico muito feliz por tê-lo trazido. - Ela diz animada e se volta para Minho. - Olá, eu sou a Chong. Prazer em te conhecer...?

- Minho. Prazer em te conhecer também. - Ele sorri de um jeito muito encantador e minha mãe se derrete. Ele tinha que ser tão bonito?

- Mãe, ele não é me...

- Vamos, Ji. Só faltava você chegar, todo mundo está te esperando. Espera até eles conhecerem o Minho! - Ela diz me arrastando para dentro.

Olho para Minho que tem um sorrisinho divertido no rosto enquanto eu o encaro
desesperado.

Encontro os meus outros parentes e parentes do Hyunjin lá dentro. Só não vejo meu irmão.

- Gente, o Hanji chegou. - Minha mãe anuncia.

Algumas pessoas vem nos cumprimentar e minha mãe apresenta Minho como meu namorado para todos. E sempre que tento explicar alguém me corta então acabo desistindo.

- Mãe, você pode nos mostrar onde vamos ficar?- Pergunto. Preciso ficar a sós com Minho para que possamos esclarecer essa situação toda.

- Claro, Filho. Me sigam.

Subimos a escada e passamos por um corredor com uma infinidade absurda de portas. Quero só ver como eu vou me lembrar qual é meu quarto. Já consigo me imaginar entrando no quarto errado várias vezes.

- É esse aqui. - Ela diz abrindo a porta.

Legal, vamos dividir o quarto. Isso não podia ficar melhor.

- Obrigada mãe, nós vamos arrumar as coisas aqui e já descemos. - Eu digo.

- Tudo bem. Espero vocês lá embaixo. - Ela fala e sai.

Olho para Minho que permanece calado.

- Por que você não me ajudou a explicar que não é meu namorado? Agora todos acham que estamos juntos. - Digo nervoso enquanto tiro as minhas coisas da mala.

- Eu tive uma ideia. - Ele fala pensativo e se senta na cama.

- Que ideia? - Pergunto e me sento ao seu lado.

- Podemos fingir que somos namorados.

Eu solto uma gargalhada e o encaro como se fosse maluco.

- Você está brincando, não está? Por que faríamos isso?

- Pensa bem, você mesmo me disse que a sua mãe vive te enchendo dizendo que precisa de um namorado. E que esse casamento era a chance perfeita para ela te jogar em cima de todos os caras solteiros que ela conhece.

Penso. Ele tem um pouco de razão, confesso. Mas mentir para minha família? Acho que não posso fazer isso.

- Tudo bem, você está certo. Mas isso não vai funcionar. Não posso mentir para todos. - Respondo.

- De certa forma, você não começou a mentira. Foi sua tia que inventou tudo, nós só não vamos desmentir.

- Eu sou um péssimo mentiroso. - Confesso.

- Não vai ser tão difícil fingir que está apaixonado por mim. - Ele se aproxima.

- Claro, porque você é irresistível. - Afasto seu
rosto com a minha mão e me levanto.

- Você sabe que é verdade. Ele pisca.

-Ok, eu vou fazer isso. Mas tenho uma dúvida. O que você vai ganhar com isso? - Pergunto curioso.

lém de me divertir com essa situação? Não sei. Vou pensar em um jeito de você me compensar

The Proposal | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora