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-DIOGO!- chamei pelo homem.

-Sim, senhora.- ele aparece na porta.

-Leva esse aí, abusou da filha dele!- apontei para o homem sentado em minha poltrona.- Dá aquele tratamento especial viu- pisquei pra ele.

Diogo sorriu e puxou o homem pelo braço.

-Tem um pessoal que vai querer te conhecer.-Diogo falou.

-PERA AÍ! NÃO! POR FAVOR! LINDSAY!- o homem saiu gritando enquanto era puxado.

Olhei para o ruivo sentado em meu sofá que me olhava horrorizado.

Você deve estar se perguntando o que que foi isso né? Vou te explicar.

Me chamo Lindsay Barret, tenho 16 anos e sou uma espécie de traficante e justiceira. Na real, vamos dizer que eu sou a manda chuva disso aqui, eu mando em tudo.

Você deve achar que isso é super legal né? Não é, eu não tive infância, não tenho adolescência e vivo disso aqui.

A parte boa é poder dar um fim nesses merdas.

Mas o resto vocês vão descobrir depois.

Vamos voltar ao presente?

Dei um sorrisinho pro ruivo em minha frente.

-Acontece né?- perguntei.

-Você mata todo mundo?- ele perguntou meio inquieto.

-Eu sou justa, mato quem faz merda.- ele assentiu- é Fezco, né?- perguntei.

-Isso, falei contigo pelo telefone.

-Certo, aqui funciona da seguinte maneira, te dou as drogas, você vende ou faz o que você quiser com elas, desde que você me pague o valor combinado!- expliquei.

-Certo, eu sempre pago certinho, sem atrasos!- ele respondeu.

-Ótimo, mas lembre-se, sem dinheiro, sem a mão...

Ele arregalou os olhos.

-Tô brincando, besta!- dei uma risada.- Você é gente boa! Tem bom coração que eu já percebi, fica a vontade, te dou um mês de vantagem para pagar viu.

Ele deu sorriso.

-Muito obrigada mesmo, senhora!- ele levantou.

-Me chame de Lindsay! Sou mais nova que você!- apertamos nossas mãos.- Pode ir, o Matt te entrega a mala na saída.

Ele saiu e eu subi pra tomar um banho.

Ao sair do banho e colocar uma roupa, escutei batidas na porta.

-ENTRA!

O rosto de Pedro apareceu em minha visão, ele é responsável por cuidar da Isabella, minha "irmã" mais nova.

Acontece que eu achei ela na rua, trouxe pra casa e agora eu cuido dela, pra mim ela é minha irmã, antes que perguntem, eu não tenho pais.

-A Bella tá fazendo uma pirraça danada, ela quer doce.- ele falou.

-Deixa que eu falo com ela.

Desci até o quarto dela e a vi chorando na cama.

-Eu quero doce, Lili!- ela falou.

-Isabella, aqui não tem doce, amanhã eu compro pra você.- falei e me sentei ao seu lado.

-Mas você tem um monte de funcionários, pede pra ir lá comprar!

-Eles são funcionários de outros serviços, Isabella, espera que amanhã eu compro pra você!

Me levantei e voltei para o meu quarto, eu tinha que ver quem tava me devendo, pra quem tinha entrega e organizar tudo.

Meu refúgio improvável- AshtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora