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Ashtray

-Não vou pedir desculpa pra ninguém!- Reclamei.

-Maninho, eu sei que eu te ensinei que o mundo não é confiável, mas não quer dizer que todo mundo não seja confiável...

Meu Deus, eu só quero paz.

-Fezco, caralho! Não vou pedir desculpa, não tenho nada a ver com isso, me deixa quieto aqui!- me exaltei.

Ele revirou o olho e saiu da sala.

Eu fiquei com peso na consciência? Fiquei, mas me recuso a pedir desculpa.

Lindsay Barret

Aquele merda me paga, como pode falar daquele jeito?!

Voltei pra casa e tinha um cara sentado na minha poltrona.

-Ae maluco, tá fazendo o que aqui?- perguntei.

Ele me olhou com indiferença.

-Aquele gigante, funcionário seu, me catou na rua e me jogou aqui.- ele falou revoltado.

-DIOGO!- Chamei pelo homem.

Ele logo apareceu.

-Ah, a senhora chegou!

-Quem é ele?- perguntei me referindo ao cara na minha poltrona.

-Foi pedido de uma cliente, é ex- marido dela que bateu e tentou matar a filha dela, de 8 anos.- ele explicou.

Me virei para o homem.

-Tentou matar a criança? - ergui as sobrancelhas.

Ele sorriu sarcástico e confirmou com a cabeça.

-Aquela menina é muito chatinha, não gosto de crianças!

Me virei para Diogo novamente.

-Ela pediu o que? Pra dar um susto ou matar logo?

-Ela queria que ele sumisse, só não disse como.- ele respondeu.

Fiz sinal pra ele levar o homem para o porão.

-PEDRO!- ele olhou pela escada.- fecha a porta do quarto de Isabella.- ele confirmou com a cabeça.

Peguei minha arma e desci pro porão.

-Sabe porque eu vou sumir contigo?- falei descendo as escadas.

Ele ergueu os olhos até mim.

-Sei não, quer me contar sua historinha?- ele falou em tom de deboche.

Sorri e me aproximei dele.

-Quando eu tinha 9 anos, meu pai também tentou me matar, e eu queria vingança! Por tudo que ele me fez passar, mas quando ele morreu, era tarde, ele já tinha matado a minha mãe. Então, eu vou fazer a vingança pela sua filha, pra ela não passar o que eu passei.- sorri novamente.

-Muito comovente sua história.- ele fingiu chorar- eu quero é que você se foda!- ele gritou.

No mesmo instante eu atirei na barriga dele.

-Quais são suas últimas palavras?- perguntei.

-Você também vai morrer, vagabunda!- ele avançou em mim.

Atirei uma última vez em seu peito.

A bala atravessa o coração que nunca conheceu o amor, e com isso, acabo com o mal que ele criou.

-Desgraçado, manchou minha blusa favorita!- olhei pra minha blusa azul.

Subi de volta para a sala quando ouvi a campainha tocar, logo fui abrir a porta.

Me deparo com Fezco e Ashtray, seus olhares desceram para a minha blusa.

-Coisa do dia a dia né?- dei um risada sem graça.- entrem! Fiquem a vontade...

Me sentei no sofá.

-A gente trouxe o dinheiro, eu sei que tínhamos mais tempo, só que vendeu bem rápido!- Fezco falou e me entregou um saquinho.

Abri e comecei a contar nota por nota, tá tudo certinho, Fezco é um cara bom pra fazer negócios.

-Tá certinho, vocês vão querer mais?- perguntei.

-A mesma quantidade de antes.

-Então tá ok, Matt te entrega lá na porta.- me levantei.

-Pera! O Ashtray quer te falar uma coisa- ele deu uma cotovelada no irmão que revirou os olhos.

-Foi mal aí, pelo o que eu falei...- ele disse sem olhar pra mim.

-Era só isso? Tá de boa.

-Uhum- ele pigarreou.- é... se você quiser ir lá "me fazer companhia" - ele fez uma voz irritantemente fina.- pode ir...

-Aham, vou sim.- sorri sarcástica.

A gente ficou um tempo em silêncio e o Fezco quebrou.

-Bom, nós vamos indo! Tchau Lindsay!- ele puxou o Ashtray em direção a porta.

Falei para o Pedro levar a Bella no parquinho e fui tomar meu humilde banho e colocar minha blusa de molho.

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Oioi gente!

Tô feliz aleatoriamente hj

Tudo bem com vocês??

Estão gostando da história? Tem alguma ideia?

Beijão 💋💋

Meu refúgio improvável- AshtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora