Capítulo 37

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-O que foi, Susi? –Yoko perguntou, rindo, ao ver que o amigo estava impaciente enquanto dirigia.

Aparentemente Phiangfa tinha organizado um almoço e avisara Yoko de última hora, e agora ela estava levando Susi consigo.

-Nada. Só estou indignado com alguns comentários que fazem por aí. Será que esse povo não tem mais respeito pelo namoro dos outros?

-O que foi dessa vez?

-As revistas andam dizendo que vocês estão em crise.

-Isso é totalmente ridículo, a julgar que a imprensa não sabe absolutamente nada sobre meu relacionamento com Faye, e a julgar que nós estamos no melhor momento da relação. –Yoko disse calmamente, sem se alterar. –Você deveria estar acostumado com isso, Susi... as fofocas com meu nome nunca vão cessar.

-Hunf. Isso simplesmente me irrita.

-Você não deveria ser uma estrela, definitivamente. Iria sair no tapa com metade da imprensa. –Yoko zombou do amigo.

Chegaram à casa dos pais de Yoko. Susi parou o carro na parte de trás, e a morena não entendeu.

-Porque está parando aqui?

-Variar um pouco. –Susi fez um gesto impaciente, antes de sair do carro e fazer um gesto para que ela o acompanhasse.

Yoko saiu e ela a puxou pelo braço.

-Susi! Você está estranho... o que está havendo?

-Nada. Só estou ansioso para comer a comida que sua mãe preparou. Estou faminto, você não?

Antes que Yoko respondesse, estavam chegando à parte da frente da casa. Susi a soltou na hora em que abriu a porta, e a olhou com um sorriso estranho.
Yoko não entendeu, até a porta ser aberta.
O jardim da casa estava cheio de gente. Amigos antigos de família. Familiares distantes...
Mas a única coisa que conseguiu prestar atenção, foi numa figura feminina que se aproximava dela com um sorriso... e uma pequena caixinha nas mãos.

-O que está acontecendo aqui? –Yoko sussurrou com um sorriso incrédulo.

Faye sorriu de uma forma a mostrar os dentes perfeitos. Yoko viu que Susi se juntava à Phiangfa, que estava à um canto, observando a filha com um sorriso.

-Uma pequena reunião. –Ela respondeu. –Para deixar todos cientes.

-Cientes? –Yoko murmurou, confusa.

Faye ergueu a mão e abriu a caixa. Um anel de rubís brilhava.

-De que você é minha... até o final.

Yoko sentiu que sua boca abria, em choque.

-Escolhi rubís, porque me fazem lembrar de seus olhos. –Ela acrescentou.

-Faye...

-Você aceita ser minha noiva, Yoko? –Ela perguntou em voz alta, sem tirar os olhos dela. –É você, e sempre foi você, a pessoa que eu sempre quis ter ao meu lado. Ninguém mais. Eu tive que lutar e passar pelo inferno para conseguir isto... e agora que consegui, não vou correr risco algum de perdê-la. Você sempre foi meu único amor. Meu tormento. Minha tentação. E eu quero fazer questão que o mundo saiba que você será minha, e que não é algo temporário.

Yoko sentia o coração descompassado.

-Então vamos avisar o mundo sobre isso. –Assentiu ela, tentando manter a emoção da voz de forma discreta.

O sorriso de Faye iluminou o jardim, quando as pessoas começaram a bater palmas e exclamar.

-Você aceita?

Yoko ergueu a mão para que ela colocasse o anel. Sem tirar os olhos dela.

-Para sempre... soa muito bem.

-AHÁ! Isso vai deixar a imprensa quietinha como uma cadela adestrada! –Susi gritou. –Tomem, seus imbecis!

Todos o olharam sem entender nada, inclusive Faye. Yoko foi a única que riu.

-O que...? –Faye a olhou.

-Shhh... não fala nada, só me beija. –E foi Yoko quem a calou com um beijo impetuoso e apaixonado, selando as promessas de um futuro que nunca mais seria interrompido por desencontros ou dor.
E se Chet ainda vivesse... certamente estaria sorrindo e abençoando a relação agora mesmo.


FIM

Meu TormentoOnde histórias criam vida. Descubra agora